sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A COROA DO ADVENTO


Eu Sou a Luz do mundo (Jo 12, 8).

A vela sempre teve um significado especial para o homem, sobretudo porque antes de ser descoberta a eletricidade ela era a vitória contra a escuridão da noite. À luz das velas São Jerônimo traduzia a Bíblia do grego e do hebraico para o latim, nas grutas escuras de Belém onde Jesus Cristo nasceu.
Em casa, a noite, quando falta a energia, todos correm atrás de uma vela e de um fósforo, ainda hoje.
Acender velas nos faz lembrar também a festa judaica de “Chanuká”, que celebra a retomada da Cidade de Jerusalém pelos irmãos macabeus das mãos dos gregos do rei Antíoco IV.
Antes da era cristã os pagãos celebravam em Roma a festa do deus Sol Invencível (Dies solis invicti) no  solstício de inverno, em 25 de dezembro. A Igreja sabiamente começou a celebrar o Natal de Jesus neste dia, para mostrar que Cristo é o verdadeiro Deus, o verdadeiro Sol, que traz nos seus raios a salvação. É a festa da luz que é o Cristo: “Eu Sou a Luz do mundo” (Jo 12, 8). No Natal desceu a nós a verdadeira Luz “que ilumina todo homem que vem a este mundo” (Jo 1, 9).
Na chama da vela estão presentes as forças da natureza e da vida. Cada vela marca um ano de nossa vida no bolo de aniversário. Para nós cristãos simbolizam a fé, o amor e  o trabalho realizado em prol do Reino de Deus. Velas são vidas que se imolam na liturgia do amor a Deus e ao próximo. Tudo isso foi levado para a liturgia do Advento. Com ramos de pinheiro uma coroa com quatro velas prepara os corações para a chegada do Deus Menino.
Nessas quatro semanas somos convidados a esperar Jesus que vem. É um tempo de preparação e de alegre espera do Senhor. Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Nas duas últimas, a Igreja nos faz lembrar a espera dos Profetas e de Maria pelo nascimento de Jesus.
A Coroa é o primeiro anúncio do Natal. O verde é o sinal de esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha que simboliza o amor de Deus que se manifesta de maneira suprema no nascimento do Filho de Deus humanado. A branca significa a paz que o Menino Deus veio trazer; a roxa clara (ou rosa) significa a alegria de sua chegada.

A Coroa é composta de quatro velas nos seus cantos presas aos ramos formando um círculo. O círculo não tem começo e nem fim, é símbolo da eternidade de Deus e do reinado eterno do Cristo. A cada domingo acende-se uma delas.
As quatro velas do Advento simbolizam as grandes etapas da salvação em Cristo. No primeiro domingo do Advento, acendemos a primeira vela que simboliza o perdão a Adão e Eva. Cristo desceu a Mansão dos mortos para dar-lhes o perdão. No segundo domingo, a segunda vela, acesa coma primeira, representa a fé dos Patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó, que creram na Promessa da Terra Prometida, a Canaã dos hebreus; dali nasceria o Salvador, a Luz do Mundo. A terceira vela, acessa com as duas primeiras, simboliza a alegria do rei Davi, o rei que simboliza o Messias porque reuniu sob seu reinado todas as tribos de Israel, assim como Cristo reunirá em si todos os filhos de Deus. É o domingo da alegria. Esta vela têm uma cor mais alegre, o rosa ou roxo claro. A última vela simboliza os Profetas, que anunciaram um reino de paz e de justiça que o Messias traria. É a vela branca.
Tudo isso para nos lembrar o que anunciou o Profeta: “Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes. Sobre ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de sabedoria e de entendimento, Espírito de prudência e de coragem, Espírito de ciência e de temor ao Senhor.” (Is 11,1-2).

“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz. Vós suscitais um grande regozijo, provocais uma imensa alegria; rejubilam-se diante de vós como na alegria da colheita, como exultam na partilha dos despojos. 3. Porque o jugo que pesava sobre ele, a coleira de seu ombro e a vara do feitor, vós os quebrastes, como no dia de Madiã. Porque todo calçado que se traz na batalha, e todo manto manchado de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão presa das chamas; porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz. Seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino. Ele o firmará e o manterá pelo direito e pela justiça, desde agora e para sempre. Eis o que fará o zelo do Senhor dos exércitos” (Is 9,1-6).

Elaboração de texto Selso Moraes

terça-feira, 27 de novembro de 2012

SEJA UM SERVO FIEL E PRUDENTE


Meus irmãos, essa Palavra é um ensinamento de nosso Senhor a nós, é um sermão que Ele faz aos Seus discípulos falando sobre o fim dos tempos. Nesse trecho, Ele questiona: “Quem é o servo fiel e prudente, que o Senhor encarregou do pessoal da casa para lhes dar alimento na hora certa?”

Em um contexto dramático, no qual Ele fala do fim dos tempos, de destruição, idolatria, morte, o Senhor diz que nós cristãos temos de ter uma postura diante de tudo isso, uma postura de servos fiéis e prudentes. O Senhor diz que quando Ele vier, o servo que for fiel será administrador de todos os Seus bens. Mais do que coisas, ele vai cuidar e administrar pessoas e dará o alimento na hora certa.

A Palavra Jesus, no entanto, fala também do oposto do servo fiel, ou seja, o servo mau, aquele que é imprudente e infiel, pois pensa na demora do Senhor e começa a ter atitudes imprudentes. Daí, o Senhor virá em uma hora imprevista e corrigirá esse servo mau.

Deus fala, diante da vinda do Senhor, que temos de ter a postura da prudência. E o que é prudência? O Catecismo da Igreja Católica ensina, no número 1806, que prudência é uma das quatro virtudes cardiais e acrescenta: “A prudência é a virtude que dispõe a razão prática a discernir, em qualquer circunstância nosso verdadeiro bem e a escolher os meios adequados para realizá-la. A virtude da prudência é que guia imediatamente o juízo da consciência, ela conduz as outras virtudes indicando-lhes a regra e a medida. O homem prudente decide e ordena sua conduta seguindo este juízo. Graças a esta virtude da prudência, aplicamos, sem erro, os princípios morais aos casos particulares e superamos as dúvidas sobre o bem a praticar e o mal a evitar.”

O Beato João Paulo II fala sobre a virtude da prudência: "Devemos profundo reconhecimento e gratidão aos antigos que nos já disseram muitas coisas sobre essa virtude. Até certo ponto, ensinaram-nos que o valor de um homem deve ser medido pelo metro do bem moral que realiza na sua vida. Isto é, precisamente, o que situa, no primeiro lugar, a virtude da prudência. O homem prudente, que se esforça por realizar tudo aquilo que é verdadeiramente bom, esforça-se por medir tudo, toda situação e todo seu agir pelo metro do bem moral. Por isso, ao contrário do que frequentemente se pensa, prudente não é aquele que sabe virar-se bem na vida e tirar dela o maior proveito; não, mas aquele que consegue edificar toda sua vida segundo a voz da consciência reta e as exigências da justa moral. Assim, a prudência vem a ser a chave para a realização da tarefa fundamental que cada um de nós recebeu de Deus, a perfeição do próprio homem."

Traduzindo: em todas as situações da sua vida, haverá uma medida. Como você tem medido as pessoas e as situações boas ou ruins? Você está medindo com as medidas de Deus e com a moral cristã ou você está usando as suas próprias medidas?

Hoje, o Senhor lhe pergunta: Como você tem formado a opinião nas pessoas, a partir da moral cristã ou com seus próprios conceitos? Como você tem educado seus filhos, com a Palavra de Deus ou com a sua própria opinião?

A prudência vem para ajudá-lo em todas essas situações. A virtude da prudência, quando medida a partir do bem e da moral cristã, leva você a ser providência para o outro. Na medida da sua própria vida, você toma parte nesta grande caminhada de todas as criaturas para o objetivo maior, que é o bem da criação. Você caminha para a salvação e ajuda os outros a se salvarem, assim você salva a sua própria vida.

O homem fiel e prudente salva a si mesmo, porque cuida e salva os outros, ele é a pessoa que dá o alimento na hora certa e esse alimento é a Palavra de Deus. Talvez, hoje, você esteja cansado de cuidar e esteja dizendo que precisa de cuidado, mas fique em paz, Deus tem cuidado de você.

Deus cuida de nós! E se Ele demora, é porque espera, pacientemente, pela nossa conversão para que possamos passar a ser prudentes.
O Beato João Paulo II diz que para sermos prudentes devemos orar e procurar sempre obter do Espírito Santo o dom do conselho. Esse esforço precisa da graça de Deus.

Peça a Deus esse dom, é ele quem lhe ensinará a discernir quando falar ou calar, agir ou esperar. Peça ao Senhor a graça de ser providência na vida do outro. No dia de hoje, seja prudente, cuide dos seus, fique do lado de quem você ama. Se você quer que as coisas deem certo na sua vida, acompanhe cuidadosamente. O fiel é aquele que está perto. “Feliz aquele servo que o Senhor, ao chegar, encontrar agindo assim.”

“Senhor, dê-me a graça da prudência. Eu quero, hoje, ser um servo fiel e prudente, quero ser cuidado na vida do outro. Não quero mais medir as minhas coisas a partir do meu conceito, quero medir pela Sua medida. Espírito Santo, Vós que sois a medida de Deus na minha vida, ensina-me a medir com olhar de cuidado e de amor.”

JOVEM EVANGELIZADOR

domingo, 25 de novembro de 2012

O VERDADEIRO JORGE


Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade – qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções.

Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.

Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: “O QUE É A VERDADE ?”. Jorge respondeu: “A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade.”

Como São Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Jorge sempre respondia: “Não, imperador ! Eu sou servo de um Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei”. E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação daquele jovem soldado romano.

Mais acesse:
http://reporterdecristo.com/voce-ja-ouviu-saudacao-salve-jorge/#comment-37409

DEFENSORES DA FÉ

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

GRUPO DE ORAÇÃO TEM NOVO COORDENADOR


Aconteceu no dia 20 de novembro nas dependência da Matriz
Nossa Senhora Aparecida, a eleição para o mandato de coordenador
do Grupo de Oração Rainha da Paz. Depois de um forte clamor 
do Espírito Santo o Senhor nos direciona para escuta trazendo nos Palavras
de compromisso como a causa do Evangelho para o bem de todos.
Assim fala o Senhor na moção: "Que minhas Palavras não seja fardo sobre seus ombros
mas um julgo leve ( citando Lc 1,38 "Faça-se em mim segundo a tua palavra")
Que seu 'sim' seja verdadeiro, que teu sim seja de um verdadeiro servo de Deus".
E o escolhido na maioria dos votos foi irmão Silvio 
coordenador do Ministério de Pregação.

Rogamos por intercessão da Bem Aventurada Virgem Maria que eleve
nosso clamor como incenso ao Trono do Vosso Filho e Nosso Senhor Jesus Cristo
E pedimos sua benditas Graças na vida, no caminho e na família deste irmão.

Deus te abençoe.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

JUVENTUDE SIDEROPOLITANA EM DESTAQUE

No próximo domingo, 25/11, será realizada uma Missa especial organizada pelos 
jovens de todas as comunidades da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.
A Celebração acontece às 19:00 horas na Igreja Matriz. Todo o povo de Deus está 
convidado a participar! 
Será um momento de forte louvor e adoração dos jovens a Jesus!

“A igreja será jovem, quando o jovem for igreja” (Papa João Paulo II).

Convite ministério Jovem Coração Adorador
Matriz Nossa Senhora Aparecida
Siderópolis - SC

Foto: PASCOM

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

AMIGO,UM TESOURO



Amigo fiel é escudo, guardião de nossa alma.

O Autor Sagrado eleva o amigo a um nível altíssimo quando lhe atribui o epíteto de tesouro. A Palavra de Deus diz: “Amigo fiel é poderosa proteção; que o encontrou, encontrou um tesouro” (Eclo 6,14). Interessante que o termo “tesouro” deriva do latim thesaurus, que significa também “armazenamento” ou “repositório”. Assim sendo, amigo de verdade é aquele que serve de repositório, lugar onde armazenamos nossa confiança, nossos sentimentos e afetos, até mesmo nossa própria vida. Não à toa, a Bíblia assemelha a amizade a um tesouro, pois não é fácil encontrar uma riqueza; do mesmo modo, um amigo, embora, vivamos na era da comunicação.

Nunca na história se ouviu notícias de tantos relacionamentos oriundos dos meios de comunicação, proporcionados pela técnica atual. Novas amizades são feitas a todo instante no mundo inteiro através das redes sociais, chats e sites de relacionamento. Apesar disso, a solidão é crescente no meio urbano.

De um ponto de vista ocorreu uma evolução célere, neste sentido, com a globalização. Entretanto, os laços de amizades sofrem cada vez mais em qualidade. O Escritor Sagrado não nos fala desse tipo de amizade, todavia, não podemos descartá-la, pois já é uma realidade vivenciada pelas novas gerações e, talvez no amanhã, venha a ser uma regra.

Nossas amizades devem ser bem selecionadas. Bijuterias podem até enganar, mas um dia perdem seu brilho efêmero, diferente dos tesouros e das joias raras que nunca perdem sua beleza. Com efeito, os tesouros nos enriquecem, então, isso serve como um excelente termômetro para medir nossos relacionamentos. Será que essa amizade está nos enriquecendo, fazendo de nós pessoas melhores e enobrecendo nossa vida?

Caso o amigo seja fiel, entenderá o que, já na antiguidade clássica, Aristóteles dizia: “entre a amizade e a verdade, eu prefiro a verdade”. Intuímos, pois, que a verdade liberta, e o amigo sincero sabe disso. Ele fala coisas desagradáveis a nosso ver, em nossa frente, enquanto o inimigo fala-a por trás. Contudo, seu ombro será um refúgio, suas palavras acalento para alma e sua presença um bálsamo. Porém, quando oportuno, a correção virá, nos corrigirá baseado na confiança depositada em sua pessoa. Daí provém nossa proteção neste escudo protetor da amizade que vela por nossa alma.

Este guardião possui o dom de nos acolher da maneira que somos; ele não espera que sejamos perfeitos, mas tão somente amigo. Conhece nossas fraquezas e limitações, mesmo assim abriga-nos sem preconceitos, ou seja, com o amigo podemos pensar em voz alta e continuar a tê-lo. O tempo lapidará o ouro da amizade e somente ele poderá dizer se nossa amizade é um tesouro enriquecedor ou uma bijuteria ornada com aparência bela; porém, imbuída de uma falsidade que nos deixa vulneráveis.

Rodrigo Stankevicz
Foto: RCC

domingo, 18 de novembro de 2012

SERVOS FAZEM FORMAÇÃO TEMA CARISMAS DO ESPÍRITO SANTO




Dia 13/11, aconteceu na Igreja Matriz mais um Pastoreio, encontro de formação que reúne os servos do Grupo de Oração Rainha da Paz da Renovação Carismática Católica.
Para conduzir os servos esteve presente no encontro o casal Iracema e Arnaldo Custódia, que são formadores da RCC de Criciúma. Além de abordarem sobre os Carismas, que são dons concedidos pela benevolência de Deus, o casal também enfatizou a importância da Renovação Carismática para a Igreja Católica.
“A RCC veio para tornar a nossa Igreja mais viva, a Igreja tem que buscar o pecador para o pecado não entrar na Igreja”, afirmou Iracema.

Foto: PASCOM




JESUS EXPULSA O DEMÔNIO E CURA


Jesus expulsa o demônio e cura

Padre Jhon Baptist Bashobora 
     Diretor Espiritual da RCC da Diocese de Uganda/África.


Louvado seja o Senhor!
Meus irmãos, Deus compara sua relação com o homem ao matrimônio, ou seja, o Senhor deseja que tenhamos um só coração, um vínculo de comunhão com Ele, e quem estabelece este laço é o Espírito Santo.
Mas existem algumas situações que nos impedem de termos uma verdadeira comunhão com o Senhor, para explicar bem isto, utilizo o exemplo do guarda-chuva, imaginemos que o Senhor queira derramar sobre nós a água da chuva, mas não nos deixamos nos lavar por inteiro, porque abrirmos um grande guarda-chuva. Ora, muitos de nós vivemos assim, não se abrem as bênçãos  do Senhor, são católicos, batizados, mas não assumiram ainda o senhorio do Senhor em sua vida.
Meus irmãos, precisamos abrirmos a um novo Pentecostes, este é o desejo da Igreja para nós, por isso, precisamos voltar ao Catecismo, sobretudo neste Ano da Fé. Devemos saber a razão pela qual estamos no mundo, ou seja, assumirmos que estamos neste mundo pelo fato de sermos criados imagem de Deus, somos seus filhos, por isso, somente teremos a felicidade quando “voltamos” para Deus, vivendo em plena comunhão com Ele.
Por isso, quando nos afastarmos Dele precisamos recorrermos ao sacramento da Confissão, e assim, restabelecermos nossa aliança filial, nossa comunhão com o Pai. Esta é a vontade de Deus: Que vivamos unido a Ele, de fato como homens convertidos, caso contrário, não tomaremos posse das graças que o Senhor deseja derramar em nós, por meio e através de Deus.
Queridos irmãos, o Senhor deseja que coloquemos nosso coração unido a Ele, e isto se dar por meio da fé, pois é ela quem nos permite irmos até Ele, semelhante aquele homem paralítico que entrou pelo telhado, esta deve ser nossa atitude, não podemos ter medo de entrar pelos telhados afim de encontramos com o Senhor.
Agora é a hora de abandonarmos a vida velha, e assumirmos que Jesus é o Senhor, Senhor do meu coração, pois somente Ele é o caminho, a verdade e a vida. Em nosso batismo nos tornamos membros do corpo de Cristo, nele participamos do sacerdócio de Cristo, quanto mais assumimos esta verdade de fé, mais caminharemos unidos ao Senhor, e seremos santos.
O inimigo sabendo disso faz de tudo para que esqueçamos esta realidade, mas ele não tem força em nossa vida, a não ser que damos a ele esta liberdade. Meus irmãos, fomos lavados pelo sangue de Jesus, e quando vamos a Santa Missa e rezamos: “Venha a nós o Vosso Reino,
que Seja Feita a Tua Vontade”, nos colocamos inteiramente a disposição, assumimos o seu senhorio em nossa vida.
Quando rezamos em nome de Jesus o céu se abre, Ele escuta a nossa oração, pois foi Ele mesmo quem nos ensinou a rezar. Desta forma, por sermos discípulos do Senhor, Ele quer usar de nós para sermos canais de seus milagres, de sua vontade, inclusive para a vida de muitos. Precisamos desta fé e caminhar na certeza que Jesus habita em nós, que somos um povo sacerdotal, somos profetas e reis.
No Evangelho de São Lucas (Lc 9, 37 ss) vimos os discípulos assustados com um menino que estava possuído pelo demônio , mas Jesus falou com eles: “Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei convosco e vos aturarei? Traze cá teu filho.”
Meus irmãos, somos templos do Espírito Santo, o Senhor quer realizar milagres por meio de nós, quer libertar muitos através de nós, por isso, não podemos temer, sabemos que em nosso mundo existem muitas situações que querem tirar de nós a coragem, mas se estivermos unidos a Ele, nada poderá tirar de nós a coragem.
Hoje o Senhor quer te salvar, quer estabelecer em você a aliança filial, pois deseja acima de tudo que você assumo o seu senhorio em sua vida.
Tome posse do amor do Senhor por você, e viva em profunda comunhão com Ele.

Elaboração de texto: Selso Moraes 


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

APÓSTOLOS DE ONTEM E DE AGORA

VERDADEIROS HOMENS DE DEUS


Quem ler e prestar atenção na biografia dos primeiros apóstolos de Jesus e seus companheiros, encontrará homens pobres que entenderam que deveriam ser pobres. Não levaram vantagem pessoal alguma da sua adesão ao Cristo, exceto as vantagens da missão e da espiritualidade. Ganharam o seu cento por um de paz e de felicidade. Mas deixaram tudo para segui-lo. Não gozavam de conforto e de status. Promoviam os outros e preocupavam-se com os pobres, as viúvas e os deserdados.

Uma leitura mais atenta mostra um jovem rico que desejou seguir Jesus, mas não teve capacidade de fazê-lo, porque tinha muitos bens e não conseguiria viver sem eles. Jesus não o condenou, apenas disse que é difícil esse tipo de pessoa entender o reino dos céus. Se aprofundarmos nossas leituras, veremos um homem chamado Barnabé que não era dos doze, mas foi considerado apóstolo pelo volume de serviços que prestou à Igreja. Tanto que, na liturgia dos católicos, a missa em memória de São Barnabé é a missa dos apóstolos e a prece litúrgica o chama de apóstolo.

A Igreja não teve apenas doze apóstolos, houve outros, mas todos eram pobres. Não enriqueceram com a sua pregação. Hoje, 2000 anos depois, encontramos inúmeros, incontáveis apóstolos e discípulos de Jesus que não enriqueceram e não pretendem enriquecer com a pregação do Evangelho. Não lhes entra na cabeça enriquecer com o exercício de levar a palavra de Deus. O que entra no caixa é para todos. Tiram seu sustento da sua pregação e nada mais do que isso. São milhões. Felizmente, a imensa maioria.

Mas, no decurso dos séculos, houve sempre a história deste ou daquele pregador que enriqueceu com o título de evangelizador e com a sua pregação, a ponto de ter palácios, quintas e até pequenos burgos no seu próprio nome. Os proventos iam para ele e seus parentes.

Repete-se hoje o que aconteceu na baixa e alta idade média: homens que se declaram apóstolos e servidores do povo e que aceitam o título de “homens de Deus” e que pregam e praticam altíssima compensação monetária pelo seu altíssimo e dedicado trabalho. Voltamos ao confronto entre o pregador pobre, sem ambições financeiras e o pregador que enriqueceu anunciando o Evangelho.

 O debate durará enquanto existirem Igrejas e pregadores e os fiéis terão que decidir se concordam ou se discordam e a qual deles darão mais crédito. Se valerem as bem aventuranças propostas por Jesus, a vida que os apóstolos viveram e a vida que Jesus viveu, os fieis de todas as Igrejas terão o que questionar. E todos os pregadores terão o que explicar, porque pecado todo mundo tem. E a coisa mais fácil do mundo é mostrar que o outro é incoerente em outra coisa e, então, tudo fica por isso mesmo.

Se devemos questionar os que enriqueceram à custa da política, precisamos questionar os que ficaram ricos à custa do púlpito. Se não fizermos isso por medo das consequências, a história nos acusará por termos permitido a vitória do marketing e das finanças sobre a fé. 

Por Padre Zezinho
Elaboração de texto e imagem: Selso Moraes


sábado, 10 de novembro de 2012

O FUNDAMENTO DO LOUVOR EM VOZ ALTA

O  LOUVOR  EM  ALTA  VOZ

A fundamentação deste estilo oração e a diferença
entre louvor  e adoração


Em 1975 o Papa Paulo VI, disse no Congresso Carismático: “Esta Renovação deve rejuvenescer o mundo, trazer-lhe de volta uma espiritualidade, reabrir seus lábios fechados à oração e a boca aos cantos, à alegria, aos hinos e ao testemunho… Os que não pertencem ao seu Movimento devem unir-se a vocês para também se nutrirem do entusiasmo e energia espiritual com que devemos viver nossa religião. Pois hoje, ou se vive a própria fé com devoção, profundidade, energia e alegria, ou a fé morrerá!” (L´Osservatore Romano, 29-5-75). 

Realizando estas palavras do Papa a principal característica das reuniões carismáticas é, de fato, a “oração de louvor”, feita por todos os presentes em voz alta e alegre, e usando os dons carismáticos. Mas, ao contrário das palavras do Papa, aqueles que não pertencem ao “movimento” (sacerdotes inclusive) em geral não se sentem à vontade nesse gênero de oração, imaginando que é “protestante”, ou “pentecostal”, e não oração católica! 


O FUNDAMENTO DO LOUVOR EM VOZ ALTA
O preconceito surge muitas vezes de ignorância e mal entendidos, de modo que seria bom esclarecer essa “oração de louvor”, examinando as Escrituras e tradição católica. Em seguida vamos obedecer a Jesus e de boa vontade; “nos tornamos como crianças” (Mt 18,3) para descobrir o poder do Espírito em ação na Igreja de hoje! Será útil consultar o verbo “louvar”. Um dicionário dirá que significa “expressar apreciação, admiração, aprovação da pessoa ou de seus atos”. Duas coisas, portanto, são necessárias para o louvor – uma, sentimentos interiores positivos; duas, que esses pensamentos/sentimentos interiores sejam expressos de maneira visível/audível! Louvar silenciosamente é uma contradição em termos! 

De onde a Bíblia nos incita a louvar a: 

Deus em voz alta - (SI 27,6; 42,4; 47,1; 66,1,8; 95,1; 98,4 )
de mãos erguidas - (SI 63,4; 134,2)
com palmas - (SI 47,1)
com instrumentos musicais - (SI 98,5; 150,3-5)
até com danças - (SI 149,3; 150,4). 

Quanto mais expressamos a nossa apreciação de maneiras genuinamente humanas, melhor o louvor. E a razão que nos permite tanta liberdade e espontaneidade.

A DIFERENÇA ENTRE LOUVAR E ADORAR

“O Senhor ama seu povo” (SI 149,4). Ele não se ofende (como alguns seres humanos), mas “tem prazer” (SI 147,11) no louvor de seus filhos. Por outro lado, “adorar” é o oposto, em estilo, da oração de louvor, pois adorar significa “interiorizar a nossa reverência e apreciação de Deus”, encontrá-lo, “na caverna do coração”, seguir o Salmo: “estar calado e saber que sou Deus” (SI 46,10). Donde quanto mais profundo o silêncio, mais profunda a adoração (contanto que não se tenha adormecido, é claro!) Louvor e adoração se acham, portanto, interligados, mas são diferentes tipos de oração. São como os dois lados de uma moeda. Ambos são bons e até necessários para dar autenticidade à oração e para torná-la verdadeiramente cristã – pois a graça de Cristo tornou-nos um povo sacerdotal e profético! Se a pessoa apenas louvasse externamente, sem adorar, correria o risco de ser hipócrita, dizendo algo que não sente de fato. Então as palavras de Jesus podem aplicar-se a essas pessoas: “Este povo me honra com os lábios, mas o coração está longe de mim!” (Mt 15,8). Por outro lado, um extremo que evite o louvor e se contente apenas com a adoração nega a dimensão profética da nossa vocação; o próprio Jesus disse que se seus discípulos fossem impedidos de louvá-lo, “as próprias pedras gritarão” (Lc 19,40).

Por: Padre Fio de Mascarenhas
Elaboração de texto: Selso Moraes
Coordenador Grupo de Oração Rainha da Paz.