sábado, 28 de setembro de 2013

PESSOAS CHEIAS DE DEUS


     É PRECISO TER COERÊNCIA: PESSOAS AVIVADAS, "CHEIAS" DE DEUS SÃO AQUELAS
    QUE TRANSMITEM EM SUAS VIDAS A PRESENÇA DIVINA. PESSOAS QUE RENUNCIAM
ÀS OBRAS DAS TREVAS E BUSCAM ANDAR CONFORME O ESPÍRITO SANTO.
DEIXAM-SE GUIAR POR ELE A CADA DIA, EM CADA SITUAÇÃO. SÃO TESTEMUNHAS
DA VIDA NOVA EM CRISTO.

"No princípio Deus criou todas as coisas, criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança"
Criou-os na santidade, para viverem na santidade, numa comunhão perfeita com o criador, vivendo plenamente em Deus e Deus vivendo neles.
"Seduzido pelo Maligno desde o começo da história, o homem abusou da sua liberdade.
sucumbiu a tentação e cometeu o mal. Conserva o desejo do bem, mas a sua natureza está ferida
pelo pecado original. O homem ficou com a inclinação para o mal e sujeito ao erro: o homem pois se encontra dividido em si mesmo. E assim, toda a vida humana, quer singular ou coletiva, apresenta-se como uma luta, e quão dramática, entre o bem e o mal, entre a luz e a as trevas" ( CIC 1707 ).
Desde esse acontecimento que feriu a dignidade humana, Deus estabeleceu um plano de salvação para resgatar o homem mediante a aceitação de Jesus Cristo como seu único e verdadeiro Senhor, para que a dignidade original fosse estabelecida na sua vida. O meio pelo qual a dignidade humana e restabelecida se dá pelo sacramento do Batismo. Pela graça batismal, a pessoa é regenerada. Deus na sua infinita misericórdia, devolve ao homem a dignidade original e, e cumulando de bençãos, a faz participante da graça Divina.
"O Espírito Santo, que é Deus juntamente com Pai e o Filho, nos renova pelo batismo; e do nosso estado de imperfeição, reintegra-nos na beleza primitiva. Torna-nos de tal forma repletos de sua graça, que não podemos admitir em nós qualquer coisa que não podemos admitir em nós qualquer coisa que não deva ser desejada. Além disso, liberta-nos do pecado e da morte. E de terrenos que somos, quer dizer, feitos do pó da terra, nos faz espirituais, participantes da glória divina, filhos e herdeiros de Deus Pai.
Pela graça de Deus, somos restaurados e chamados a viver uma vida nova, tal como são Paulo nos exorta: "Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo"( 2Co 5,17 ).
O que se espera então de um homem novo, que está em Cristo?
Espera-se que tenha sua vida pautada pela vida de Cristo, "sendo cumpridores da Palavra e não apenas ouvintes"( Tg 1,22 ). Que seja um homem íntegro, honesto, virtuoso, "que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores"( Sl 1,1 ). Numa palavra, uma pessoa cheia de Deus.
 Porém, na maioria das vezes, a graça recebida no Batismo fica escondida, e, ao invés de viver a vida nova que nos foi conquistada pelos méritos de Cristo, o homem se afasta d'Ele e decide pelo caminho da pérdição mergulhando no pecado e consequentemente vivendo longe de Deus.
Novamente, Deus, em sua infinita misericórdia, vem "em socorro da fraqueza humana" e unicamente por amor conduz o homem a uma experiência revigorante, que faz a sua vida reverdecer, enchendo-o de esperança: " Para a árvore (homem) há esperança cortada, pode reverdecer e os seus ramos brotam. Quando sua raiz tiver envelhecido na terra e seu tronco estiver morto no solo, ao contato com a água, reverdece e distenderá ramos como uma planta nova" ( Jo 14,8-9 ). Essa experiência revigorante, que traz uma nova esperança e trans forma a vida do homem, se chama Batismo no Espírito Santo, experiência que é sem dúvida alguma o divisor de águas da vida de um homem. "O Batismo no Espírito Santo é uma experiência transformadora de vida com o amor de Deus derramado no coração da pessoa pelo Espírito Santo, recebida através de sua submissão ao Senhorio de Jesus Cristo. Ele atualiza o Batismo e o Crisma sacramentais, aprofunda a comunhão com Deus e com os outros cristãos, reaviva o fervor evangelístico e equipa a pessoa com carismas para o serviço e a missão".
O Batismo no Espírito Santo leva o homem a uma tomada de consciência de quem ele é, num processo de autoconhecimento, ou seja, conhecendo suas limitações, submetendo-as ao Espírito e, assim, tendo toda a sua vida, o seu temperamento, as suas ações controladas pelo Espírito.
O homem entra, então, num verdadeiro processo de conversão, pois, "passou o que era velho; eis que tudo se fez novo".
Dessa forma, o que se espera de homens novos, pessoas cheias de Deus? São Paulo responde: Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito "(Gl 5,25).
A orientação do evangelho é clara, "pelos frutos conhecereis a árvore" (Mt 7,15-20). " E o Fruto do Espírito é a caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança"(Gl 5,22).
UMA PESSOA CHEIA DE DEUS É MA PESSOA QUE SE DEIXA CONDUZIR PELO ESPÍRITO SANTO. NÃO NOS CANSEMOS DE PEDIR: VEM, ESPÍRITO SANTO! 

Pe. Nilso Motta
Grupo de Oração Kenosis - Osasco - SP

PADRE OSVALDIR FAZ PREGAÇÃO NO GRUPO ORAÇÃO RAINHA DA PAZ

"O espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor consagrou-me pela unção; enviou-me a levar a boa nova aos humildes, curar os corações doloridos, anunciar aos cativos a redenção, e aos prisioneiros a liberdade; proclamar um ano de graças da parte do Senhor, e um dia de vingança de nosso Deus; consolar todos os aflitos."
Is 61, 1-2

Neste dia 19 de setembro no Grupo de Oração Rainha da Paz, da Renovação Carismática Católica, contou com a presença do Padre Osvaldir Mendes.

Foi uma noite bastante especial, pois se tratava da primeira participação do sacerdote recém chegado a nossa paróquia e sua primeira participação no grupo, sendo que o mesmo realizou uma linda pregação abordando o tema “Sabedoria e Palavra de Deus no ambiente familiar”.
que nos tocou profundamente, momentos de reflexão e de risos impulsionados pela sinceridade e otimismo do pregador. Que nos proporciona a rever nosso interior e deixar que a Sabedoria de Deus tome sentido e curso de nossas vidas e do cotidiano familiar, pois realizar planos por nós mesmo pode ter um futuro frustrante não baseado no alicerce da fé e na confiança que devíamos depositar na Sabedoria de Deus 

AGRADECEMOS ETERNAMENTE A PADRE OSVALDIR PELA CONFIANÇA DEPOSITADO A DEUS PELO GRUPO DE ORAÇÃO RAINHA DA PAZ.


Complemento de texto: Selso Moraes

sábado, 21 de setembro de 2013

VIDAS QUE HORAM NOSSO SENHOR


"TOMA CONSCIÊNCIA, Ó CRISTÃO, DA TUA DIGNIDADE. E JÁ QUE PARTICIPAS
DA NATUREZA DIVINA, NÃO TE VOLTES AOS ERROS DE ANTES POR UM
COMPORTAMENTO INDIGNO DE TUA CONDIÇÃO. LEMBRA-TE DE QUE
CABEÇA E DE QUE CORPO ÉS MEMBRO. RECORDA-TE QUE FOSTES ARRANCADO DO PODER DAS TREVAS E LEVADO PARA O REINO DE DEUS. PELO SACRAMENTO DO BATISMO, TE TORNASTE TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO. NÃO EXPULSES COM MÁS 
AÇÕES TÃO GRANDE HÓSPEDE, NÃO CAIAS SOB O JULGO DO DEMÔNIO
PORQUE O PREÇO DA TUA SALVAÇÃO É O SANGUE DE CRISTO."

Essa exortação, feita por São Leão Magno, Papa e doutor da Igreja ( século V ), se encaixa perfeitamente
com nossa missão. Desejamos, de todo coração, que as reflexões contidas neste texto a seguir cheguem ao seu Grupo de Oração e que possam gerar frutos a partir de autoavaliação tanto individuais como comunitárias. Estamos vivendo dignamente nossa condição de cristãos? Você vai notas que somos levados
a refletir sobre nossas ações. Pela nossas atitudes, as pessoas nos conhecem como discípulos de
Cristo? Temos dado um bom testemunho de nossa fé? Oxalá, possamos dizer que sim, porque
não há outra opção para nós. Se quisermos ser  cristãos autênticos, temos de viver como Jesus ensinou.
Ponto final.
O mundo carece de nosso testemunho evangélico. Pessoas que falam, podem dizer que até temos
bastante e faz tempo. Basta que recordemos uma advertência de outro santo: Antônio de Pádua.
Em um de seus sermões ele lembrava que a linguagem é viva quando são as obras que falam:
"Cessem portanto, as palavras e falem as obras. De palavras estamos cheios, mas de obras vazios".
Obviamente que o santo, grande pregador que foi, não pretendia que as pessoas parassem de anunciar.
Na sequência do sermão, ele logo elucida isso: "Diz São Gregório: "Há uma norma para o pregador:
que faça aquilo que prega', Em vão pregará os ensinamentos da lei, se destrói a doutrina com obras".
Tratava-se de uma exortação aos cristãos para que vivessem que proclamavam.
Sim, é preciso que pratiquemos o que falamos e também o que ouvimos em nossos Grupos
nos eventos que participamos.
os mesmos braços que se erguem em louvor a Deus devem ser usados para auxiliar o irmão
que necessita. Dos mesmos lábios que exaltam o Senhor devem sair palavras de bênçãos para
o próximo. Falar sobre amor é fácil, mas viver? Amar, acolher o outro, perdoar, abençoar e não
amaldiçoar? Promover a paz no meio em que se está?
Francisco, nosso Papa, de forma clara, com palavras simples a cada homilia, a cada mensagem, tem nos orientado nesse sentido, a sermos cristãos, de fato.
Então, que falem as obras a fim de que vivamos com dignidade, sem entristecer o Grande Hóspede de nossa alma. Sem esquecer qual foi o preço que Jesus pagou pela nossa salvação.
Somos chamados a perfeição. Difícil? Impossível, se formos tentar sozinhos. Então clamemos
Renovação Carismática Católica, mais uma vez, sobre nossas vidas, nossos Grupos de Oração: "Veni Creator Spiritus" Vem,vem, vem, Espírito Santo! É Ele que nos faz testemunhas vivas
do Senhor Jesus.

Lúcia Volcan Zolin
Coord. Nacional da Comissão de Comunicação
Grupo de Oração Divina Misericórdia

Adaptação de texto: Selso Moraes
Edição Revista Renovação N° 81



 

COMO UM SERVO BOM E FIÉL

Sabemos que Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade! (Cf. 1 Tm 2, 4) Mas estamos no mundo e com todos os riscos à salvação, envolvidos pelo terrível mistério do pecado. "Eu não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Consagra-os pela verdade: a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao mundo" (Jo 17,15-18). Em tempos recentes, o Santo Padre, o Papa Francisco, continuando um processo iniciado pelo seu predecessor, tem sinalizado com uma série de medidas a realização de reformas administrativas na Igreja. Trata-se de confrontar com o Evangelho, cada dia com maiores exigências, a prática dos cristãos e dos organismos de governo da Igreja. Por outro lado, pelo mundo inteiro cresce a consciência dos valores éticos a serem reconhecidos e respeitados no trato com a coisa pública. Em nosso país, pelo menos a sensibilidade da sociedade se torna mais aguçada, para reagir diante da corrupção e dos desmandos existentes nos vários níveis de poder. Aumentado o escândalo, a vigilância se torna mais atenta.
     As parábolas de Jesus são tiradas dos fatos cotidianos ou da natureza, para lançar luz sobre os acontecimentos e suscitar novas decisões nas pessoas. No Evangelho de São Lucas, recheado de sensibilidade pelos mais pobres, ganham relevo algumas delas, cuja atualidade se torna um verdadeiro presente de Deus para o nosso tempo. Um administrador ladino (Lc 16, 1-13) deve prestar contas de sua administração e, de acordo com os devedores de seu patrão, oferece-lhes um desconto extra. Hoje tais acordos são milionários, com dinheiro que atravessa fronteiras para ser "lavado" ou entidades fictícias. E envolvem altas esferas dos poderes das diversas nações do mundo! Sabemos ainda que a esperteza dos interesses econômicos pode até ser justificada em nome do grande valor da paz. Não é de pouca monta o que corre pelo mundo com a fabricação e comercialização de armas. Justamente agora, usando as armas bíblicas da oração e do jejum, na grande convocação feita pelo Papa Francisco, foram desconcertados os poderes do mundo. Ele pediu a verdadeira paz para não acrescentar uma guerra a mais às existentes.
     Sua voz ressoou pelo mundo: "É possível percorrer o caminho da paz? Podemos sair desta espiral de dor e de morte? Podemos aprender de novo a caminhar e percorrer o caminho da paz? Invocando a ajuda de Deus, sob o olhar materno da Rainha da paz, quero responder: Sim, é possível para todos! Queria que de todos os cantos da terra gritássemos: Sim, é possível para todos! E mais ainda, queria que cada um de nós, desde o menor até o maior, inclusive aqueles que estão chamados a governar as nações, respondesse: Sim queremos! A minha fé cristã me leva a olhar para a Cruz. Como eu queria que, por um momento, todos os homens e mulheres de boa vontade olhassem para a Cruz! Na cruz podemos ver a resposta de Deus: ali à violência não se respondeu com violência, à morte não se respondeu com a linguagem da morte. No silêncio da Cruz se cala o fragor das armas e fala a linguagem da reconciliação, do perdão, do diálogo, da paz. Queria pedir ao Senhor que nós cristãos e os irmãos de outras religiões, todos os homens e mulheres de boa vontade gritassem com força: a violência e a guerra nunca são o caminho da paz! Que cada um olhe dentro da própria consciência e escute a palavra que diz: sai dos teus interesses que atrofiam o teu coração, supera a indiferença para com o outro que torna o teu coração insensível, vence as tuas razões de morte e abre-te ao diálogo, à reconciliação: olha a dor do teu irmão. Penso nas crianças, somente nelas. Olha a dor do teu irmão, e não acrescentes mais dor, segura a tua mão, reconstrói a harmonia perdida; e isso não com o confronto, mas com o encontro! Que acabe o barulho das armas! A guerra sempre significa o fracasso da paz, é sempre uma derrota para a humanidade. Ressoem mais uma vez as palavras de Paulo VI: 'Nunca mais uns contra os outros, não mais, nunca mais... Nunca mais a guerra, nunca mais a guerra!' (Discurso às Nações Unidas, 4 de outubro de 1965). 'A paz se afirma somente com a paz; e a paz não separada dos deveres da justiça, mas alimentada pelo próprio sacrifício, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade' (Mensagem para o Dia Mundial da Paz, de 1976). Irmãos e irmãs, perdão, diálogo, reconciliação são as palavras da paz: na amada nação síria, no Oriente Médio, em todo o mundo! Rezemos pela reconciliação e pela paz, e nos tornemos todos, em todos os ambientes, homens e mulheres de reconciliação e de paz" (Homilia na Vigília pela paz, no da 7 de setembro de 2013).
     O Senhor pede aos cristãos, hoje como ontem, uma renovada fidelidade na administração dos bens do mundo e na procura do progresso e da paz, como consequência da escolha feita no coração de cada um. Um adequado senso de realismo ajudará a perceber os riscos existentes. Como o coração humano pode ser dissimulado e astucioso, vale a vigilância constante, suscitada pela oração, assim como a revisão de vida, a fim de que não se comece pelos centavos, para depois chegar aos milhões no uso injusto dos bens da terra. É possível, sim, que a maldade e a corrupção entre nos ambientes da própria Igreja e na prática dos cristãos! É muito fácil acostumar-se ao "todo mundo faz"! Nivelar por baixo o comportamento já trouxe e trará mais ainda muitos desastres. E aos que pretendem cuidar por si dos próprios interesses, as normas de administração aconselham consultorias, que não são outra coisa senão a capacidade de ouvir os outros e levar em conta sua visão mais objetiva.  Além disso, transparência é estrada a ser percorrida pelos cristãos presentes em qualquer campo da sociedade. E ela só faz bem!
     Podemos acolher o Evangelho, para estar no mundo, sem ser ou se contaminar com o mundo, através de recomendações precisas e límpidas: "Quem é fiel nas pequenas coisas será fiel também nas grandes, e quem é injusto nas pequenas será injusto também nas grandes. Por isso, se não sois fiéis no uso do ‘dinheiro iníquo’, quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? Ninguém pode servir a dois senhores. Pois vai odiar a um e amar o outro, ou se apegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16, 10-13). É tarefa para uma vida inteira! Para alcançar tais objetivos, "que se façam súplicas, orações, intercessões, ação de graças, por todas as pessoas, pelos reis e pelas autoridades em geral, para que possamos levar uma vida calma e tranquila, com toda a piedade e dignidade. Isto é bom e agradável a Deus, nosso Salvador" (1 Tm 2, 1-2).

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 Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará
Assessor Eclesiástico da RCCBRASIL