quinta-feira, 30 de abril de 2015

5 PASSOS PARA DESCOBRIR O SENTIDO DA VIDA

Descobrir o sentido da vida é um caminho a ser percorrido com esforço diário

Muitos se perguntam: “Como descobrir o sentido da vida?”. Essa pergunta questiona o ser 
humano há milênios, independente de sua crença ou condição social. Encontrar o verdadeiro 
sentido de nossa existência terrena é um caminho que exige um esforço contínuo de crescimento 
interior e amadurecimento humano.


Em muitas situações dolorosas é comum ouvirmos: “Onde está Deus que 
não vê o meu sofrimento?”. 
Nas Sagradas Escrituras, encontramos Jó, que perdeu tudo o que possuía: 
bens, família e saúde. Sem absolutamente nada, ele, muitas vezes, questionou o Senhor. 
No entanto, algo nele permanecia inabalável: a fé. E este é o primeiro passo para que você 
descubra o sentido da vida: cultivar a fé em Deus. Sem ela, a esperança se desfalece e as manhãs 
sempre são nubladas e sem vida. As trevas do desânimo ofuscam a beleza da luz divina, que é 
fonte de amor e paz. Cultive a fé e permaneça fiel a Deus na alegria e na tristeza, na saúde 
e na doença e encontrará o sentido maior de viver.
Quem caminha pela vida sem direção segura facilmente se perde de si mesmo, dos outros 
e de Deus. O segundo passo Precisamos de uma orientação que nos guie e dê confiança
 todos os dias de nossa existência. 
Onde encontrar tal orientação que dá sentido à vida? A Palavra de Deus é luz para nossos passos.
 Ler, meditar e ouvir o que o Senhor nos fala por meio de Sua Palavra é um método seguro para 
retomar o caminho da paz, antes roubado por tantas preocupações.
Muitos possuem uma grande quantidade de bens materiais, mas tem uma vida triste e sem sentido.
 O dinheiro não trouxe a felicidade sonhada; os bens adquiridos preencheram momentaneamente 
o coração, que ainda se encontra em um grande vazio existencial. Mas há um tesouro que nunca 
se acaba e é fonte de felicidade eterna: a prática do bem. Jesus é o mestre da solidariedade, e Ele nos
 ensina que o maior tesouro se encontra no bem que praticamos. O terceiro passo para descobrir o 
sentido da vida é este: fazer o bem. Quando ajudamos alguém, nossa alma repousa em uma paz
 tão profunda, que nem mesmo a maior fortuna em dinheiro poderá comprá-la. Não tenha medo 
de ser solidário, pois os frutos são sementes de uma vida nova. Ame e deixe-se amar.
O quarto passo para descobrir o sentido da vida consiste em cultivar a paz no coração. 
A paz que sonhamos para nossa vida começa a ser construída dentro do próprio coração.
Não conseguiremos mudar o mundo enquanto não modificarmos o nosso interior. Pequenos
gestos fazem grande diferença. A semente da paz germina em atos de solidariedade e misericórdia. 
Cultive a paz concretamente e você a verá florescer em sua alma como uma linda 
manhã de eterna primavera.
O cultivo da fé, a orientação espiritual buscada na Palavra de Deus, a prática concreta do bem 
e a busca da paz só darão um sentido completo à nossa vida se estiverem alicerçados sob uma 
profunda e constante vida de oração. 

E este é o quinto passo para descobrir o sentido da vida: cultivar uma vida de oração.

A oração é alimento para nossa vida espiritual e humana. Quando oramos, preenchemos os espaços 
vazios de nossa alma com um amor que transcende toda a nossa existência. Deus habita nosso coração
  mas precisamos sempre ir ao seu encontro. A intimidade de uma vida de oração cultivada diariamente 
nos aproxima sempre mais de Deus e dos irmãos.
Não desanime em meio às tempestades da vida, mas busque, nestes cinco passos, um caminho 
seguro para que a sua vida tenha um sentido pleno de transcendência.

terça-feira, 28 de abril de 2015

8 CONSELHOS VALIOSOS PARA FORTALECER O CASAMENTO E EVITAR O DIVÓRCIO




Casamento duradouro é coisa do passado? Será que 
os católicos estão sendo transformados pelo mundo 
ao invés de transformá-lo.


Os segredos de um casamento feliz

Estes são os principais ingredientes de um casamento pleno e feliz:
 
1. Comunicar-se é um fator preventivo essencial
 

O que não se comunica não é compartilhado. O que não se compartilha acaba distanciando 
as pessoas. A distância desune. E o que desune acaba por extinguir e dissolver qualquer relacionamento, até que um se torna um estranho para o outro.
 
2. Respeitar e admirar o outro
 

Estes dois elementos ajudam o casal a evitar conflitos, pois os conflitos surgem especialmente quando um deixa de admirar o outro. Quando se deixa de admirar a pessoa, a falta de respeito 
é o seguinte passo, que começa com palavras e gestos e pode chegar o desrespeito físico
inclusive à violência doméstica.
 
3. Não fugir das dificuldades e não insistir nas diferenças
 

Para tentar resolver os problemas, a primeira coisa a ser feita é identificá-los, e depois enfrentá-los. Se as dificuldades forem silenciadas, o que era pequeno se tornará gigante e 
levará a uma crise. Quanto às diferenças no casal, elas sempre existirão. As pessoas são diferentes, homens 
são diferentes de mulheres e isso é inevitável. Tais diferenças nos tornam complementares
nos ajudam a crescer e a enriquecer-nos. O respeito às diferenças é uma oportunidade para 
que o casal se conheça melhor.
 
 
 4. Dedicar tempo, paciência e ternura
 

Quem não atende, não entende. Quem está sempre com pressa não consegue perceber a 
realidade do outro, não se permite afetar pela presença do outro. Quem ama dedica 
tempo ao amado, tem paciência para ouvir e compreender. E, se o tempo e a paciência 
estão presentes, a ternura acaba invadindo a intimidade do casal espontaneamente
como demonstração efetiva do amor.
 
5. Ter uma vida sexual plena e ativa
 

As relações sexuais são necessárias na vida do casal. Não são sua maior prioridade, mas 
sim uma das primeiras condições que define o casamento e precisa ser satisfeita. A vida 
sexual exige esforço e dedicação, é uma oportunidade maravilhosa para doar-se ao cônjuge.
 
 6. Respeitar a liberdade do outro
 

O fato de ser “uma só carne” não pode ser interpretado como fusão e confusão entre marido e mulher. O casal vive unido, mas ao mesmo tempo conserva em sua integridade aspectos diferenciais da personalidade de cada um. Por isso, é necessário estabelecer qual é o âmbito de liberdade de cada um, e respeitar isso.
 
7. Distribuir de maneira equilibrada e flexível as tarefas e papéis
 

É preciso saber identificar as qualidades e habilidades de cada um e distribuir as tarefas do
 dia a dia segundo tais características, sem deixar que o peso da vida cotidiana recaia 
apenas sobre um dos cônjuges. O casal precisa sempre somar, nunca subtrair; multiplicar
 não dividir; levar mais em consideração o que os une, não o que os separa.
 
8. Ser cúmplices um do outro
 

Casamento significa companhia, comunhão. É relativamente comum encontrar casais 
que se amam, que são ótimos pais de família, mas parece que falta alguma coisa
e é precisamente isso: não são companheiros! A vida de um não se tornou ainda uma 
companhia inseparável da vida do outro. Para isso, é preciso ser generosos para abrir 
 a própria intimidade e compartilhá-la com a pessoa a quem amamos. Quando os esposos 
se tornam realmente bons companheiros, o presente da intimidade transborda e surge essa 
alegria vital, que será percebida pelos de fora e realmente expressará essa união de sonhos, desejos, expectativas, fantasias, dizeres, sentimentos, projetos, pensamentos e lembranças.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

ONDE DEUS FAZ FALTA OS DEUSES FAZEM MORADA

A SUPERSTIÇÃO

“Pois os sonhos fizeram errar muita gente, que pecou 
porque neles punham sua esperança…”
(Eclo 34, 7)

A Teia dos Sonhos e o Esoterismo 

Parece que a moda dos objetos esotéricos não cessam nunca!
Na verdade, é realmente este o intuito do Esoterismo; fazer com que mais e mais
pessoas de formas diferentes, estejam de alguma forma “ligadas” ao mundo deles.
Aquilo que hoje tem se tornado moda, não é na verdade algo novo, mas tem se espalhado
com força nas casas e principalmente entre os jovens e em bijuterias por eles usadas; conhecido
como Teia dos Sonhos ou Filtro dos Sonhos, é mais um objeto de superstição 
da moda do Esoterismo..
É preciso entender o que é esta Teia dos Sonhos, como ela foi criada, qual foi
a inspiração inicial para que você entenda que ela se encaixa perfeitamente como um  
objeto de superstição, como um amuleto, ou seja, um objeto esotérico.
A Teia ou Filtro dos Sonhos nasceu nas tribos indígenas dos EUA, conhecidos como
Ojibwe e fazem parte a décadas de suas tradições e costumes.
Cada tribo na verdade, tem o seu modo de fabricação da Teia dos Sonhos
mas o conceito para eles é o mesmo.
Para estas tribos indígenas, os sonhos sempre tiveram um papel fundamental, era como um tipo
de sinal vindo dos seus deuses, ou de seus ancestrais, e que continham uma mensagem por
detrás dos mesmos que precisavam ser decifrados.
As Teias dos Sonhos em geral eram feitas de ramos de Salgueiros flexíveis, em formato de
circulo, e revestido de tiras de couro. Formam as teias um tipo de fibra resistente
onde permanece uma passagem em forma de circulo. A Teia também é composta de penas
de Coruja simbolizando a Sabedoria e penas de Águia, que simboliza a Coragem.
Funciona mais ou menos assim:

A Teia dos sonhos e o Esoterismo 

Os Ojibwe acreditam que quando a noite cai, o ar se enche de sonhos, sonhos bons e
sonhos ruins. E ainda que seja pesadelos, eles acreditam que há uma mensagem provinda
dos mesmos. Mas além dos sonhos eles acreditam que o ar estão cheios de energias negativas 
 também e que estas energias podem fazer mal à eles.
Portanto a Teia dos Sonhos serviria exatamente para isso:
O que são os maus sonhos e estas energias negativas quando chegassem próximo
 a Teia dos Sonhos ficariam presos na teia, e os bons sonhos passariam pelo circulo 
aberto ao centro. Ao amanhecer os raios de sol atingindo a Teia dos Sonhos
dissiparia todos os maus sonhos e energias presos a ele.
Existe uma lenda de uma aranha que fala com uma senhora e etc….Mas ai é claro
que esta mais para lenda que para a realidade…
Portanto esta é a base da Teia dos Sonhos: Captar más energias e liberar boas energias. 
Nos dar sabedoria e Coragem.
Agora vamos ao que o Catecismo da Igreja Católica nos ensina, em seu numero 2111:
A superstição é um desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe
Também pode afetar o culto que prestamos ao verdadeiro Deus: por exemplo, quando 
atribuímos uma importância de algum modo mágica a certas práticas, aliás 
legítimas ou necessárias. Atribuir só à materialidade das orações ou aos sinais 
sacramentais a respectiva eficácia, independentemente das disposições interiores 
que exigem, é cair na superstição.
Está, penso eu, que bem claro! Colocamos num objeto, atribuimos a ele uma 
“importância magica” que na verdade ele não tem.
Queremos estar livres de certas “energias negativas” nos desviando de Deus
da Oração, e caindo na superstição com tal objeto. No objeto em si está nossa crença
 na materialidade do objeto…
Voce sabia que até mesmo objetos que pela benção de um sacerdote se tornou um sacramental
se colocado somente no mesmo a “respectiva eficácia” pode se cair na superstição?!
Sim, porque voce se desviou desta forma do culto a Deus, atribuindo a um objeto
mesmo que religioso, a eficacia…
Portanto, e para finalizar: A Teia dos Sonhos ou Filtro dos Sonhos é sim mais um objeto esotérico
que leva as pessoas a cair na superstição e no erro.
O Cristão nao deve ter isso em sua casa, e deve sempre explicar as pessoas que usam este tipo de objeto
o risco de se desviarem de Deus e do culto prestado ao mesmo.
Cristão nao usa e nao tem o Filtro dos Sonhos consigo.

Deus abençoe voce!

Por: Danilo Gesualdo

sexta-feira, 24 de abril de 2015

O QUE É PRECISO PARA TER UMA VIDA NOVA?


Precisamos viver uma vida nova em Deus. Chega de levar uma vida antiga
cheia de amarguras, pensamentos negativos e escuridão, uma vida movida por ignorâncias 
e teimosias que nos afastam totalmente do Senhor. Os que assim vivem não se preocupam mais 
com o que é certo ou errado, simplesmente se entregam às práticas impuras, sendo guiados 
pela imoralidade e por uma mente má.
Deus nos quer em outro caminho. Para isso, precisamos viver um verdadeiro encontro 
pessoal com Jesus, viver a verdade e nos desfazermos de todo o passado tenebroso. 
Ou seja, é necessário renunciarmos ao velho “eu” e seus caminhos corrompidos, imorais e enganosos.
Portanto, nossas atitudes e pensamentos devem mudar, e para deixarmos o “eu” velho devemos 
nos livrar das culpas do passado que propiciam o desperdício de momentos importantes de nossa vida. 
Até mesmo remoer o comportamento do passado é um veneno, pois imobiliza o nosso presente 
e pode ter repercussão no futuro.

 Wellington Jardim (Eto)

QUEM VOS OUVE, A MIM OUVE

A origem da hierarquia da Igreja e a sucessão apostólica

A primeira sucessão apostólica encontramos nas páginas da Bíblia Sagrada. No Novo Testamento
 lemos, no capítulo 1 dos Atos dos Apóstolos, como S. Pedro declarou a vacância do posto
(ministério) de Judas Iscariotes e apontou a necessidade de que alguém a ocupasse:

Naqueles dias, Pedro se pôs de pé em meio aos irmãos – o número de pessoas reunidas era de
cerca de cento e vinte – e lhes disse: 'Irmãos, era preciso que se cumprisse a Escritura, em que
o Espírito Santo, pela boca de Davi, havia falado acerca de Judas, que guiou aqueles
que prenderam Jesus. Porque ele era um de nós e obteve um posto neste Ministério
convém, pois, que dentre os homens que andaram conosco todo o tempo em que Jesus viveu
entre nós, a partir do batismo de João até o dia em que nos foi levado, um deles seja
constituído testemunha conosco de sua ressurreição. Apresentaram dois: José, chamado
Barsabás, de sobrenome Justo, e Matias. Então oraram assim: 'Tu, Senhor, que conheces
os corações de todos, mostra-nos qual destes dois elegeste para ocupar no ministério do
apostolado o posto do qual Judas desertou para ir para onde lhe correspondia'.
Lançaram a sorte e caiu sobre Matias, que foi agregado ao número dos doze Apóstolos."
(At 1,16-17.21-26).


Prova bíblica da instituição dos presbíteros por meio dos 

Apóstolos ou outros presbíteros previamente ordenados

Como vimos, está claríssima a consciência que tinham os Apóstolos de que o seu ministério
não deveria permanecer vacante (posteriormente este ministério será desempenhado pelos bispos).
Também estavam conscientes da obrigação que tinham de que seus sucessores poderiam exercer
seu ministério de forma plena, organizando igrejas (dioceses e paróquias) e colocando à sua frente
 homens capazes. Assim, vemos como o livro dos Atos dos Apóstolos revela que uma das principais atividades dos Apóstolos era fundar igrejas e designar presbíteros para elas:
Designavam presbíteros em cada igreja e, após fazer oração e jejuns, os encomendavam
ao Senhor em Quem haviam crido." (Atos 14,23)

No começo, os presbíteros eram nomeados exclusivamente pelos Apóstolos; posteriormente
também por outros presbíteros já ordenados. Não existia, como jamais existiu no verdadeiro cristianismo
o que se costuma ver em igrejas "evangélicas", onde alguém que possua certas capacidades ou
aptidões simplesmente funda uma nova "igreja" e toma nela, por conta própria, o posto de "pastor".

Exemplos claros encontramos nas epístolas paulinas, onde S. Paulo menciona a ordenação de
Timóteo como presbítero através da imposição das mãos, e o exorta a não instituir a qualquer pessoa
como presbítero (evidente que, ainda mais, ninguém poderia se autoproclamar presbítero).

"Por isto te recomendo que reavivas o carisma de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. Porque o Senhor não nos deu um espírito de timidez, mas de fortalezade caridade e de temperança. Não te envergonhes, pois, nem do testemunho que hás de dar de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro. Ao contrário, suporta comigo os sofrimentos pelo Evangelho, ajudado pela força de Deus, que nos salvou e nos chamou para uma vocação santa, não por nossas obras, mas por sua própria determinação e por sua graça que nos deu desde toda a eternidade em Cristo Jesus." (2Tm 1,7-9)

Não descuideis do carisma que há em ti, que te foi comunicado pela intervenção profética através da imposição das mãos do colégio de presbíteros." (1Tm 4,14)
Não te precipites a impor as mãos sobre alguém, nem participes dos pecados alheios. Conserva-te puro." (1Tm 5,22)

Voltamos a frisar o que afirma S. Paulo: que a ordenação de Timóteo se deu mediante a imposição
das mãos do colégio de presbíteros ou do "conselho de anciãos". Vemos então que os primeiros
presbíteros foram ordenados pelos próprios Apóstolos e os presbíteros seguintes foram ordenados
pelos Apóstolos ou por outros presbíteros previamente ordenados. O certo é que para que uma ordenação seja válida, é preciso que o aspirante seja ordenado por um presbítero que por 
sua vez tenha sido ordenado por outro presbítero, e assim sucessivamente, numa linha descendente que tem origem nos Apóstolos e, deles, ao próprio Senhor Jesus Cristo
que os elegeu. A esta legítima linha de sucessão chamamos "Sucessão Apostólica".
   
O mesmo ocorre com Tito, que também sendo um presbítero, é enviado por S. Paulo a organizar
as igrejas e instituir presbíteros para o seu governo:
"O motivo de ter-te deixado em Creta foi para que acabasses de organizar o que faltava e
estabeleceres presbíteros em cada cidade, como te ordenei." (Tt 1,5)

A finalidade era sempre clara:
"Tu, pois, filho meu, mantei-te forte na graça de Cristo Jesus; e do quanto me tens ouvido
na presença de muitas testemunhas, confiai-o a homens fiéis, que sejam capazes, por sua vez
de instruir a outros" (2Tm 2,1-2)

Em conformidade com o claríssimo testemunho das Sagradas Escrituras, também em documentos
extra-bíblicos antiquíssimos (desde o início do séc. II) é possível observarmos que a Igreja
primitiva já estava organizada hierarquicamente com o colégio de bispos, presbíteros e diáconos.

O bispo era o chefe de uma "igreja", isto é, de uma diocese, um conjunto de paróquias
 geograficamente organizadas. Cada paróquia tinha como ministro um presbítero; este era
o sacerdote responsável por ministrar os Sacramentos e orientar os fiéis na doutrina.

Era normalmente auxiliado por diáconos. Tudo isto é testificado, por exemplo, nas sete cartas
de Santo Inácio de Antioquia [1] datadas do ano 107 (escritas antes mesmo da organização
final dos livros da Bíblia). Santo Inácio foi Bispo de Antioquia e discípulo pessoal dos
Apóstolos S. Pedro e S. Paulo.


O Episcopado tem origem na Sucessão dos Apóstolos

Episcopado é o nome que se dá ao ministério do Bispo. O Episcopado tem origem no ministério
dos Apóstolos, como vimos. Isto é, foi o próprio Senhor Jesus Cristo Quem elegeu os Apóstolos
como Bispos da Sua Igreja, que Ele mesmo instituiu sobre a Terra (Mt 16,18). Com efeito, a Bíblia
ensina que Nosso Senhor deu o governo da Igreja aos Santos Apóstolos: "Quem vos ouve
a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e, quem me rejeita, rejeita àquEle 
que me enviou" (Lc 10,16).

Eles, os Apóstolos, estariam agora assentados na Cadeira de Moisés, e no lugar dos escribas
e Fariseus (cf. Mt 23,2-3). Por isso, o Cristo deu a eles a autoridade que outrora foi dada a Moisés:
 "ligar e desligar, atar e desatar", com o sentido de unir e desunir: definir o que é certo e o que é
errado em termos de doutrina verdadeiramente evangélica (cf. Mt 18,18). Por essa razão
São Paulo ensina que “a Igreja do Deus Vivo é a Coluna e o Fundamento da Verdade”
(cf. 1Tm 3,15).

Como os Apóstolos não permaneceriam conosco para sempre, e como o mundo é muito grande
nas várias regiões e nações aonde eles iam pregando o Evangelho, iam também instituindo novos bispos
que deveriam cuidar do rebanho de Cristo em sua ausência. – E, claro, após a sua morte também.
Afinal, Jesus prometeu que estaria com a sua Igreja até o fim dos tempos
e não até a morte dos Apóstolos (cf. Mt 28, 20).

Um dos testemunhos históricos mais antigos desta realidade está na Primeira Carta de São Clemente
 aos Coríntios (2), escrita por volta do ano 90 (dois séculos antes da composição final da Bíblia Cristã). Clemente, 4º. Bispo de Roma na sucessão de Pedro, escreveu:

(42) Os Apóstolos receberam do Senhor Jesus Cristo o Evangelho que nos pregaram.

Jesus Cristo foi enviado por Deus; Cristo, portanto, vem de Deus, e os Apóstolos vêm de Cristo. As duas coisas, em ordem, provêm da Vontade de Deus. Eles receberam instruções e, repletos de certeza por causa da Ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, fortificados pela Palavra de Deus e com plena certeza dada pelo Espírito Santo, saíram anunciando que o Reino de Deus estava para chegar. Pregavam pelos campos e cidades, e aí produziam suas primícias, provando-as pelo Espírito, a fim de instituir com elas bispos e diáconos dos futuros fiéis. Isso não era algo novo: desde há muito tempo, a Escritura falava dos bispos e dos diáconos. Com efeito, em algum lugar está escrito: ‘Estabelecerei seus bispos na justiça e seus diáconos na fé’."

(44)Nossos Apóstolos conheciam, da parte do Senhor Jesus Cristo, que haveria disputas por causa da função episcopal. Por esse motivo, prevendo exatamente o futuro, instituíram aqueles de quem falávamos antes, e ordenaram que, por ocasião da morte desses, outros homens provados lhes sucedessem no ministério."

“A História Eclesiástica”[2], de Eusébio de Cesaréia, é outro dos mais rigorosos registros dos acontecimentos dos primeiros quatro séculos da Igreja, incluindo a realidade histórica da sucessão dos Apóstolos. Segundo a o ensinamento que os Apóstolos diretos de Jesus Cristo comunicaram aos seus discípulos, os bispos da Igreja são sucessores diretos dos Apóstolos. É exatamente por isso que, fora da Sucessão dos Santos Apóstolos, não há nem pode haver Episcopado verdadeiro: logo, não há Igreja de fato.


Ordenação Episcopal de Dom Júlio E. Akamine

Testemunhos históricos da Sucessão Apostólica

Alguns membros de algumas das novas seitas ditas "evangélicas" chegam ao extremo de alegar que a Sucessão Apostólica teria sido inventada pela Igreja Católica para sustentar que só ela possui bispos e presbíteros verdadeiros. Nada está mais distante da realidade, por tudo o que acabamos de ver e por muitos outros motivos, como o fato de que a Igreja Católica não alega que só ela possua bispos e presbíteros verdadeiros. Ela reconhece a validade dos ministros da Igreja Ortodoxa, que são também sucessores dos Apóstolos. – É no mínimo curioso como o subjetivismo protestante tenta inverter os fatos, querendo "reinventar" até a História! Não foi a Igreja Católica que inventou a Sucessão Apostólica: o protestantismo é que precisou inventar que a Sucessão dos Apóstolos não é um fato (ignorando as afirmações diretas das Sagradas Escrituras, que eles tem como regra de fé, juntamente com a farta documentação existente, os registros historiográficos, a arqueologia, etc.) pois esta é a maior prova de que as tais "igrejas", ditas "evangélicas", não são igrejas de fato, mas apenas seitas que deturpam o cristianismo original.


Conclusão

Desgraçadamente, sair por aí inventando “igrejas” e se intitulando a si mesmo "pastor", "bispo" e até "apóstolo" (!) é coisa muito, muito fácil, e praticamente estimulada pela nossa legislação, que inclusive oferece isenção de impostos a toda sorte de falsos profetas. Tanto é verdade quer, nos tempos atuais, "igrejas" são encaradas e geridas como se fossem empresas, verdadeiras máquinas de fazer dinheiro. Fundar "igreja" e se intitular a si mesmo de "bispo" é talvez o charlatanismo mais rentável de todos! Exemplos de patifes que amealharam imensas fortunas usando o santo Nome de Deus em vão e corrompendo o Evangelho são bem conhecidos. Infelizmente, pessoas ingênuas e desesperadas, sem nenhum conhecimento da fé e da verdadeira Igreja, nunca faltaram. A responsabilidade por essa situação, em parte é dos próprios presbíteros e bispos atuais, mas este é um outro problema muito vasto, que não nos compete analisar. Um dia, cada um de nós prestará contas diante do Justo Juiz. Por isso, católico, é de suma importância que você conheça o nosso passado, as nossas raízes, a história da verdadeira Igreja, e que preserve a memória cristã.

Em resumo, fora da sucessão regular dos Apóstolos não há verdadeiro episcopado, não há verdadeiro ministério, não há bispos e, menos ainda, "apóstolos". Não há Igreja de fato. Por esta razão, os chamados “bispos evangélicos" não são bispos, e suas “igrejas” não são igrejas. Dizer isto não é ser intolerante, nem rigoroso, nem grosseiro. É apenas e simplesmente falar a verdade. Ou será que para sermos gentis e tolerantes deveríamos ser coniventes com a mentira?

Já está mais do que na hora desses nossos irmãos saírem de sua falsa “redoma bíblica” e procurarem conhecer a verdadeira fé cristã, dos primeiros séculos, dos tempos em que a Bíblia Sagrada ainda nem estava definida, e que é a mesma fé de hoje e de sempre. Os que assim fizeram acabaram retornando para a primeira e única Igreja de Cristo, como aconteceu neste caso e em muitos outros.  –Pois Jesus é a Verdade, e Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre. O que sempre foi Verdade não pode ser mentira agora.

Peçamos a Deus que nossos irmãos separados ditos "evangélicos" sejam libertos do subjetivismo e do engano. E que mais e mais católicos busquem conhecer melhor o tesouro que possuem na Igreja Católica, e deem o seu testemunho sempre que tiverem oportunidade para tanto.


domingo, 19 de abril de 2015

VOCÊ CONHECE A SI MESMO?


Pensamos que nos conhecemos, e muitas vezes
enganamos a nós mesmos.

Muitas vezes, pensamos que Deus só pode fazer coisas boas com os bonzinhos
com os “certinhos”. Mas não, o Senhor está indo ao lamaçal para de lá tirar os 
seus filhos e refazê-los. Talvez você seja um daqueles que não acreditam mais e pensa:
 ““Deus pode mudar a vida de todo mundo… A minha não. Cheguei a um ponto tal que
 não tem mais jeito!””.
Hoje Deus está lhe dizendo: ““Eu posso mudá-lo. Eu quero mudá-lo. Basta que você aceite. 
Basta que você permita””.
Você é a riqueza de Deus! Infelizmente, por mil motivos, você se desviou. 
Esse mundo é ingrato: acaba nos fazendo descartáveis. Você serve ao mundo
se gasta de tanto servi-lo, pensando que, agora, ele vai lhe dar tudo o que prometeu… 
Mas o que ele faz é descartá-lo e jogá-lo na lata de lixo. O bonito é que, para Deus
não existe lata de lixo. Quando o mundo ao qual você serviu o jogou lá, Deus pega 
o descartável do mundo e faz dele filho d’Ele. Essa é a riqueza do Senhor.
 
Possuis muita riqueza se temes a Deus, se evitas toda a espécie de pecado, e se fazes
 o que é bom aos olhos do Senhor teu Deus” (Tobias 4, 23b).

Monsenhor Jonas Abib

quinta-feira, 9 de abril de 2015

OS 10 MANDAMENTOS DO CASAL

Decálogo sobre situações que podem machucar o casal (e como evitá-las)

 

Na relação conjugal, existem várias situações que, ao invés de ajudar o casa
 acabam criando feridas, que no começo podem parecer insignificantes, mas
com o tempo, chegam a se tornar muito nocivas.

Apresentamos, a seguir, a recompilação de 10 situações que precisam ser 
evitadas no casamento:

1. Nunca fale mal do seu cônjuge com ninguém

Roupa suja se lava em casa, diz a sabedoria popular. É melhor que os problemas 
sejam dialogados e resolvidos entre os esposos. Envolver terceiros pode complicar as 
coisas, pois, ainda que a tempestade passe, os membros da família sempre lembrarão 
dela ou, pior ainda, tomarão partido de forma pouco objetiva.

A comunicação sincera e oportuna é a melhor solução. Se o que você busca é um 
conselho, é melhor procurar alguém neutro, de fora da família, preferencialmente 
um assessor espiritual, terapeuta familiar ou algum casal com mais experiência e 
capacidade de orientação.

2. Nunca fale nem pense no singular

A partir do momento em que ambos disseram “aceito”, tornaram-se uma só carne 
e uma só alma. Isso implica em compartilhar os bens materiais, razão pela qual é preciso 
pensar sempre no plural ao tomar decisões, especialmente as que envolvam dinheiro.

Da mesma forma, a linguagem deve ser coerente com este compromisso, ou seja, falar 
no plural quando se referem a projetos ou atividades comuns: nossa casa, nosso carro
fomos passear, decidimos deixar isso para depois etc.

3. Nunca grite


Os gritos são uma falta de respeito que deteriora as relações, não são próprios da
 linguagem do amor. Existem outras formas de expressar os desacordos e as diferenças. 
Além disso, não é este o exemplo que querem dar aos seus filhos. Com que autoridade
 lhes pedirão que não gritem com seus irmãos, colegas ou inclusive pais?

4. Nunca durma sem terminar uma discussão

Às vezes, a indiferença e o silêncio parecem resolver os problemas, mas isso não é verdade.
 A melhor ferramenta é a comunicação oportuna, quando ambos têm seus pensamentos 
claros e frios.

Ainda que seja preciso dedicar um tempo a refletir antes de falar, não se pode 
 deixar que a discussão continue no dia seguinte, pois pode piorar as coisas.

Os esposos são uma equipe e precisam trabalhar juntos para resolver seus problemas: 
sem culpar e agredir um ao outro, mas aprendendo a ceder muitas vezes.
 
5. Nunca deixe de dar seu feedback ao outro

Em alguns casos, os grandes conflitos são consequência da repressão de pequenos 
incômodos vividos no dia a dia. Quando algo do seu cônjuge lhe incomodar 
(um gesto, palavra, comportamento etc.), comunique isso a ele de imediato e, juntos
busquem uma saída. Solucionar as coisas a tempo impede que alimentemos rancores e 
que os problemas se tornem maiores do que são na realidade.

6. Nunca coloque seus filhos antes que seu cônjuge


Ainda que os filhos exijam atenções e cuidados por parte dos pais, é preciso ter 
claro que a prioridade é o casal. Se o casal esta bem, os filhos também estarão. 
A harmonia entre os esposos gera um ambiente estável e feliz para os filhos.

7. Nunca discuta na frente dos seus filhos


Os filhos devem ser um fator de união no casamento. Uma briga na frente deles 
pode gerar insegurança nos pequenos, além de ter efeitos a longo prazo, como 
agressividade, ansiedade e depressão. Se for preciso discutir alguma coisa, é importante 
guardar as palavras para depois, buscar o momento e lugar adequados.

8. Nunca perca o romantismo

O romantismo é um dos maiores aliados do casal para manter o amor vivo ao longo dos anos. 
É por isso que os cônjuges precisam buscar tempos para estar sozinhos, sem os filhos. 
Cada dia deve estar repleto de detalhes para voltar a conquistar o cônjuge, ressaltando 
suas virtudes, e não seus defeitos.

9. Nunca entre em conflito com a família do cônjuge

A relação com a família do cônjuge é a pedra no sapato de muita gente. Mas, mesmo 
nos casos nos quais, por diversas razões, não é possível uma fraternidade com a família 
do cônjuge, é preciso conservar um mínimo de cordialidade e respeito, pelo bem de todos.

10. Nunca se esqueça de Deus

Finalmente, o mais importante: colocar Deus no centro da vida matrimonial e familiar. 
Quando Deus está presente na vida cotidiana e em todas as decisões, certamente 
o amor reina no lar. 

Fonte: Alateia

sábado, 4 de abril de 2015

EIS A LUZ DE CRISTO! DEMOS GRAÇAS A DEUS


A Semana Santa é a Semana das semanas! Neste tempo, vivemos a intensidade 
do Mistério Pascal, que é constituído pela Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. 
É certo que a cada Domingo, Dia do Senhor, nós revivemos e celebramos esse mistério. 
E é certo também que, em cada Santa Missa, celebramos vivamente o Mistério Pascal. 
Mas, todo o ano decorre desta Semana Santa. O Tríduo Pascal é uma Fonte da graça de Deus. Nesta Semana, o nosso coração é alimentado pela força do amor do Pai.

sabado santo uma noite de luz
O Sábado Santo é precedido pelo Domingo de Ramos, onde acompanhamos Jesus no 
Triunfo e na Paixão. Ele é acolhido em Jerusalém como um Rei, com hinos
ramos nas mãos, roupas jogadas pelo chão, por onde Ele ia passando, e com muita euforia. 
Na mesma liturgia é narrada a Paixão do Senhor. O Triunfo e a Paixão de Jesus nos 
faz pensar nos nossos altos e baixos ao longo da vida. Em Jesus encontramos
 sabedoria e discernimento para louvarmos a Deus nas conquistas e confiarmos 
n’Ele nas horas amargas.
O Sábado Santo é chamado de Vigília Pascal. Na Igreja e na Liturgia Católica
antes de todas as grandes solenidades, há uma celebração de véspera ou vigília. 
A Vigília Pascal antecede o Dia da Páscoa, o Domingo da Ressurreição de Jesus.
A Vigília Pascal faz parte também do Tríduo Pascal, onde vivemos com profundidade 
os passos de Jesus rumo ao Calvário, ao Sepulcro e à Ressurreição.
 Este Tríduo começa com a Quinta-feira Santa pela conhecida Missa do Lava pés
por meio da qual Jesus instituiu a Eucaristia e o sacerdócio, com uma recomendação: 
“Fazei isso em minha memória” (Lc 22,19). A Eucaristia e o sacerdócio nasceram 
do coração de Jesus, em torno de uma mesa, para que se fosse cumprida uma 
promessa do Senhor: “Eis que estarei convosco, todos os dias, até o fim do mundo” 
(Mt 28,20). Tanto pela Eucaristia, como pelo sacerdócio, o Senhor continua no meio de nós!
Na Sexta-feira Santa, até a natureza se silencia. O Cordeiro é imolado. Jesus
morre na cruz, rezando: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46)! 
E aí Jesus entrega toda a Sua história e missão. Jesus entrega a Igreja e toda
 a humanidade. Jesus nos entrega ao Pai. Com essa entrega, Ele coloca 
em prática o Seu ensinamento: “Ninguém tem maior amor do que aquele 
que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13).
Diante da Vigília Pascal, é como se a Igreja e cada fiel estivesse escalando uma alta montanha. 
A cada dia, mais um passo e mais próximo do ápice! A cada celebração do Tríduo Pascal
 mais perto do cume, do lugar mais alto. Depois desta caminhada, com o coração aberto
 e os olhos bem atentos no Senhor, chegamos à grande noite do Sábado Santo, da Vigília Pascal.
O Sábado Santo é celebrado ao escurecer do dia, à noite. Até as luzes da Igreja são apagadas. Todo o povo se reúne na escuridão. Esta Liturgia é muito rica nos sinais, nos gestos e símbolos. 
É na Vigília Pascal que acontece a bênção do fogo. O Círio Pascal, uma vela bem grande
é aceso no fogo novo, trazendo o ano que estamos vivendo e duas letras do alfabeto grego
ou seja, o Alfa e o Ômega, que representa Jesus, nossa Luz, Princípio e Fim de tudo e 
de todos, Senhor do tempo e da história!
A Vigília Pascal tem quatro partes fundamentais: Liturgia da Luz, da Palavra
 do Batismo e da Eucaristia. É comum crianças e adultos serem batizados nesta celebração 
quando todos renovam sua fé e confiança no Deus Altíssimo. A Palavra de Deus recorda toda 
caminhada do povo de Israel, aguardando o Messias, e apresenta Jesus como o verdadeiro Messias, Salvador. O Povo de Deus, pede a intercessão dos santos para que continuem perseverantes no seguimento de Jesus, que trouxe ao mundo uma Boa Notícia e se alimenta da Eucaristia, Remédio Santo, que cura as enfermidades do corpo e da alma.
A Vigília Pascal é uma celebração solene e com uma catequese muito profunda. Quando participamos, cheios de atenção e desejo de nos encontrarmos com o Senhor, ficamos maravilhados com a beleza e o esplendor em torno de Jesus, nossa Luz. A Vigília Pascal transforma a noite mais clara que o dia e nos impulsiona a irmos ao encontro do Senhor Ressuscitado, para vê-Lo e acreditar na vitória da vida sobre a morte. A Ressurreição de Jesus torna o Sábado Santo uma Noite de Luz!

ENTENDA O TRIDUO PASCAL


sexta-feira, 3 de abril de 2015

REZE O DEVOCIONÁRIO A DIVINA MISERICÓRDIA

 
Primeiro dia

Hoje, traze-me a humanidade inteira, especialmente todos os pecadores, e mergulha-os no
 oceano da minha Misericórdia. Com isso, vais consolar-me na amarga tristeza em que me
 afunda a perda das almas.
Misericordiosíssimo Jesus, de quem é próprio ter compaixão de nós e nos perdoar, não 
olheis os nossos pecados, mas a confiança que depositamos em Vossa infinita bondade. 
Acolhei-nos na mansão do Vosso compassivo coração e nunca nos deixeis sair dele. 
Nós Vo-lo pedimos pelo amor que Vos une ao Pai e ao Espírito Santo.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para toda humanidade, encerrada no coração 
compassivo de Jesus, mas especialmente para os pobres pecadores.
 Pela Sua dolorosa Paixão mostrai-nos a Vossa Misericórdia, para que glorifiquemos 
Sua onipotência por toda a eternidade. Amém.
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Segundo dia

Hoje, traze-me as almas dos sacerdotes e religiosos e mergulha-as na minha insondável 
Misericórdia. Elas me deram força para suportar a amarga Paixão. Por elas, como que
 por canais, corre para a humanidade a minha Misericórdia.
Misericordiosíssimo Jesus, de quem provém tudo que é bom, aumentai em nós a graça
 para que pratiquemos dignas obras de misericórdia, a fim de que aqueles que olham 
para nós glorifiquem o Pai da Misericórdia que está no céu.
Eterno Pai, dirigi o olhar da Vossa Misericórdia para a porção eleita da Vossa vinha
 para as almas dos sacerdotes e religiosos. Concedei-lhes o poder da Vossa bênção e
 pelos sentimentos do coração de Vosso Filho, no qual estão encerradas, dai-lhes a força 
da Vossa luz, para que possam guiar os outros nos caminhos da salvação e juntamente 
com eles cantar a glória da Vossa insondável Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.

Terceiro dia

Hoje, traze-me todas as almas piedosas e fiéis e mergulha-as no oceano da minha 
Misericórdia. Essas almas consolaram-me na Via-Sacra; foram aquela gota de 
consolações em meio ao mar de amarguras.
Misericordiosíssimo Jesus, que concedeis prodigamente a todas as graças do tesouro 
da Vossa Misericórdia, acolhei-nos na mansão do Vosso compassivo coração e não nos 
deixeis sair dele pelos séculos; suplicamo-Vos pelo amor inconcebível de que está 
inflamado o Vosso coração para com o Pai Celestial.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas fiéis, como a herança do Vosso Filho. 
Pela Sua dolorosa Paixão, concedei-lhes a Vossa bênção e cercai-as da Vossa incessante
 proteção, para que não percam o amor e o tesouro da santa fé, mas, com toda a multidão 
dos anjos e santos, glorifiquem a Vossa imensa misericórdia por toda a eternidade. Amém.

Quarto dia

Hoje, traze-me os pagãos e aqueles que ainda não me conhecem e nos quais pensei na 
minha amarga Paixão. O seu futuro zelo consolou o meu coração. 
Mergulha-os no mar da minha Misericórdia.
Misericordiosíssimo Jesus, que sois a luz de todo o mundo, aceitai, na mansão
 do Vosso compassivo coração, as almas dos pagãos que ainda não Vos conhecem. 
Que os raios da Vossa graça os iluminem para que também eles, juntamente conosco
glorifiquem as maravilhas da Vossa Misericórdia e não os deixeis sair da mansão do 
vosso compassivo coração.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para as almas dos pagãos e daqueles que ainda não 
Vos conhecem e que estão encerrados no coração compassivo de Jesus. Atraí-as à luz 
do Evangelho. Essas almas não sabem que grande felicidade é amar-Vos. Fazei com 
que também elas glorifiquem a riqueza da Vossa Misericórdia por toda a eternidade. Amém.

Quinto dia

Hoje traze-Me as almas dos Cristãos separados da Unidade da Igreja e mergulha-as 
no mar da minha Misericórdia. Na minha amarga Paixão dilaceravam o meu Corpo e o 
meu Coração, isto é, a minha Igreja. Quando voltam à unidade da Igreja, cicatrizam-se
  as minhas Chagas e dessa maneira eles aliviam a minha Paixão.
Misericordiosíssimo Jesus que sois a própria Bondade, Vós não negais a luz àqueles que 
Vos pedem, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as almas dos nossos irmãos 
separados, e atraí-os pela vossa luz à unidade da Igreja e não os deixeis sair da mansão do vosso compassivo Coração, mas fazei com que também eles glorifiquem a riqueza da vossa Misericórdia.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas dos nossos irmãos separados que esbanjaram
 os vossos bens e abusaram das vossas graças, permanecendo teimosamente nos seus erros. 
Não olheis para os seus erros, mas para o amor do vosso Filho e para a sua amarga Paixão
que suportou por eles, pois também eles estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. 
Fazei com que também eles glorifiquem a vossa Misericórdia por toda a eternidade. Amém.

Sexto dia

Hoje traze-Me as almas mansas, assim como as almas das criancinhas, e mergulha-as 
na minha Misericórdia. Estas almas são as mais semelhantes ao meu Coração. Elas
 reconfortaram-Me na minha amarga Paixão da minha agonia. Eu as vi quais anjos
 terrestres que futuramente iriam velar junto aos meus altares. Sobre elas derramo
 torrentes de graças. Só a alma humilde é capaz de aceitar a minha graça; às almas
 humildes favoreço com a minha confiança.
Misericordiosíssimo Jesus, que dissestes: “Aprendei de Mim que sou manso e humilde 
de coração”, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as almas mansas e
 humildes e as almas das criancinhas. Estas almas encantam o Céu todo e são a 
especial predileção do Pai Celestial, são como um ramalhete diante do trono de Deus
com cujo perfume o próprio Deus se deleita. Estas almas têm a mansão permanente no 
Coração compassivo de Jesus e cantam sem cessar um hino de amor e misericórdia pelos séculos.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas mansas e humildes e para as almas das
 criancinhas, que estão encerradas na mansão compassiva do Coração de Jesus. 
Estas almas são as mais semelhantes a vosso Filho; o perfume destas almas eleva-se 
da Terra e alcança o vosso trono. Pai de Misericórdia e de toda bondade, suplico-Vos
 pelo amor e predileção que tendes para com estas almas, abençoai o mundo todo
para que todas as almas cantem juntamente a glória à vossa Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.

Sétimo dia

Hoje traze-Me as almas que veneram e glorificam de maneira especial a minha Misericórdia 
 e mergulha-as na minha Misericórdia. Estas almas foram as que mais sofreram por causa da 
minha Paixão e penetraram mais profundamente no meu espírito. Elas são a imagem viva do 
meu Coração compassivo. Estas almas brilharão com especial fulgor na vida futura. 
Nenhuma delas irá ao fogo do Inferno; defenderei cada uma delas de maneira especial na hora da morte.
Misericordiosíssimo Jesus, cujo Coração é o próprio amor, aceitai na mansão do vosso 
compassivo Coração as almas que honram a glorificam de maneira especial a grandeza da vossa Misericórdia. Estas almas tornadas poderosas pela força do próprio Deus, avançam entre penas e adversidades, confiando na vossa Misericórdia. Estas almas estão unidas com Jesus e carregam sobre os seus
 ombros a humanidade toda. Elas não serão julgadas severamente, mas a vossa Misericórdia
 as envolverá no momento da morte.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas que glorificam e honram o vosso maior atributo
isto é, a vossa inescrutável Misericórdia; elas estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. 
Estas almas são o Evangelho vivo e as suas mãos estão cheias de obras de misericórdia; suas almas
 repletas de alegria cantam um hino de misericórdia ao Altíssimo. Suplico-Vos, ó Deus, mostrai-lhes 
a vossa Misericórdia segundo a esperança e confiança que em Vós colocaram. Que se cumpra nelas a promessa de Jesus, que disse: “As almas que veneram a minha insondável Misericórdia, Eu mesmo as defenderei durante a vida, especialmente na hora da morte, como minha glória.” Amém.

Oitavo dia

Hoje traze-Me as almas que se encontram na prisão do Purgatório e mergulha-as no 
 abismo da minha Misericórdia; que as torrentes do meu Sangue refresquem o seu ardor. 
Todas estas almas são muito amadas por Mim, pagam as dívidas à minha Justiça.
 Está em teu alcance trazer-lhes alívio. Tira do tesouro da minha Igreja todas as indulgências 
e oferece-as por elas. Oh, se conhecesses o seu tormento, incessantemente oferecerias por 
elas a esmolas do espírito e pagarias as suas dívidas à minha Justiça.
Misericordiosíssimo Jesus, que dissestes que quereis misericórdia, eis que estou trazendo 
à mansão do vosso compassivo Coração as almas do Purgatório, almas que Vos são muito 
queridas e que no entanto devem dar reparação à vossa Justiça; que as torrentes de 
Sangue e Água que brotaram do vosso Coração apaguem as chamas do fogo do Purgatório
para que também ali seja glorificado o poder da vossa Misericórdia.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas que sofrem no Purgatório e que estão 
encerradas no Coração compassivo de Jesus. Suplico-Vos que, pela dolorosa Paixão de Jesus
 vosso Filho, e por toda a amargura de que estava inundada a sua Alma santíssima, mostreis vossa Misericórdia às almas que se encontram sob o olhar da vossa Justiça; não olheis para elas 
de outra forma senão através das Chagas de Jesus, vosso Filho muito amado, porque 
nós cremos que a vossa bondade e Misericórdia são incomensuráveis. Amém.

Nono dia

Hoje traze-Me as almas tíbias e mergulha-as no abismo da minha Misericórdia. 
Estas almas ferem mais dolorosamente o meu Coração. Foi da alma tíbia que a minha 
Alma sentiu repugnância no Horto. Elas levaram-Me a dizer: Pai afasta de Mim este cálice
se assim for a vossa vontade. Para elas, a última tábua de salvação é recorrer a minha Misericórdia.
Ó compassivo Jesus, que sois a própria Compaixão, trago à mansão do vosso compassivo 
Coração as almas tíbias; que se aqueçam no fogo do vosso amor puro estas almas geladas
que, semelhantes a cadáveres, Vos enchem de tanta repugnância. Ó Jesus, muito compassivo
usai a onipotência da vossa Misericórdia e atraí-as até ao fogo do vosso amor e concedei-lhes 
o amor santo, porque Vós tudo podeis.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas tíbias e que estão encerradas no Coração 
compassivo de Jesus. Pai de Misericórdia, suplico-Vos pela amargura da Paixão do vosso 
Filho e por sua agonia de três horas na Cruz, permiti que também elas glorifiquem 
o abismo da vossa Misericórdia… Amém.

"FERIADÃO" DA SEMANA SANTA?

"Feriadão" da Semana Santa?


QUE BOM SERIA se os cristãos católicos entendessem que a Semana Santa
em especial a Sexta-feira da Paixão, o santo Sábado de Aleluia e o Domingo 
da Ressurreição, não são apenas mais uma oportunidade para o lazer, nem 
para reuniões familiares com muita comilança e bebedeira! Não estamos prestes
 a viver, simplesmente, mais um "feriadão"! Para os verdadeiros cristãos
não é assim, nem nunca foi.
Se a mídia laica entende assim esses dias, paciência. Trata-se, evidentemente, de uma 
outra visão, um outro olhar, desprovido de qualquer preocupação com a transcendência. 
Já para nós, católicos, é o outono santo, o tempo mais sublime e mais sagrado
de celebrar a Páscoa definitiva que Deus preparou e consumou, em nosso amado 
Cristo, Jesus, para toda a humanidade. Trata-se de preparação para a 
Páscoa e festa da Páscoa! Esperamos para celebrar Jesus que vence a morte e nos dá 
a prova definitiva de que Deus não desiste de nós. Com a vitória sobre a morte
 fruto do pecado, temos garantida a mesma Vitória, se ouvirmos a santa Palavra e
 nos mantivermos no Caminho e na Comunhão.
A Semana Santa é, assim, um período maravilhoso, de graça indescritível e bençãos 
de valor espiritual inestimável. Sete dias de profundíssimo recolhimento, oração, meditação
 contemplação. Jejum e penitência, depois tremenda, indizível, santa alegria. 
Mergulhamos fundo no Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. 
Não transformemos, oh! Por piedade, não transforme essas Celebrações tão sagradas
 e tão cheias de inefáveis significados em simples teatralização de episódios bíblicos! 
Se o fizermos, estaremos nos expondo ao risco de olhar a Maravilha infinita de 
nossa fé como mero acontecimento histórico, distante e sem nenhuma ligação com 
o aqui-agora de nossas vidas. É aqui, é hoje que acontece a nossa salvação!


Celebremos, então, a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo 
com fervor, com piedade, com o sincero desejo de renovação da fé, com o puro desejo 
de transformar o meio em que estamos inseridos. Deixemos que dentro de nós, em nossos lares
em nossas comunidades, em nossa Igreja, este tão falado Jesus ressuscite e seja 
Presença viva e transformadora dos corações, das estruturas, mentais, físicas, espirituais. 
Não somos seguidores do Livro pelo Livro, como não somos adoradores de um Deus morto. 
O Filho de Deus, que das Alturas veio ser Deus Conosco, continua conosco, dentro de nós 
e no meio de nós, ressuscitado, na história de nossa vida e na História da humanidade.

Por tudo isso, insistimos, a Semana Santa não é mais um "feriadão". É infinitamente mais. 
É, sim o grande retiro espiritual do povo de Deus. Entramos com Jesus em Jerusalém
com nossos ramos, no domingo que passou; sentemo-nos com Ele na Ceia da 
Quinta-feira Santa para receber o preciosíssimo Dom da Eucaristia; contemplemos
na Sexta-feira de sua Paixão, Jesus manso e humilde de coração erguido entre o Céu e a Terra
consumando sua maior prova de Amor por nós; Vigiemos na noite do Sábado Santo
 com a celebração da Luz e a recordação da História da Salvação. E na manhã luminosa do 
Domingo, o Dia do Senhor, com as mulheres e os Apóstolos, constatamos que o sepulcro 
santo está vazio e que o Senhor verdadeiramente ressuscitou, está vivo entre nós!
 É quando voltaremos a entoar o Aleluia!



É Páscoa! O Senhor ressuscitou! O Amor de Deus para conosco é mais forte que a morte e a
 multidão dos nossos pecados! Nossa esperança nEle não é vazia! Levemos ao mundo
com a Palavra e em nossas vidas, o alegre testemunho da Ressurreição de Jesus
que garante a nossa própria ressurreição! Misturemo-nos à sociedade e, como fermento
  transformemo-la com a nossa Fé, com a nossa Esperança e com o nosso 
Amor a Deus e ao próximo.

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Ref.:
ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO, 
Semanário “O São Paulo” nº 3046, ano 60, p.2.
www.ofielcatolico.com.br