segunda-feira, 28 de setembro de 2015

OS 7 HÁBITOS DIÁRIOS DAS PESSOAS QUE QUEREM SER SANTAS

ESTILO DE VIDA


Ninguém nasce santo. A santidade é alcançada com muito esforço, mas também com a 
ajuda e a graça de Deus. Todos, sem exceção, são chamados a reproduzir em si mesmos 
a vida e o exemplo de Jesus Cristo, caminhar seguindo seus passos.

Se você está lendo isso, é porque tem interesse em levar a sua vida espiritual com 
mais seriedade de agora em diante.

O segredo da santidade é o contato contínuo com Deus. Falaremos aqui de alguns
 pontos que podem nos ajudar a conhecer, amar e servir Jesus, e que nos capacitam 
para amar e doar-nos às outras pessoas, na caridade. 
 Antes de expor quais são os 7 hábitos, é preciso lembrar de três aspectos que 
nos ajudam a vivê-los:


– Primeiro: lembre-se de que o crescimento neste hábitos é como um programa 
de exercícios físicos, uma academia, uma dieta, ou seja, é um trabalho de processo gradual. 
Não tente fazer tudo desde o começo; trabalhe um a um, e vá acrescentando mais 
hábitos ao longo do tempo.


– Segundo: Procure viver estes hábitos como um firme propósito, mas contanto sempre 
com a ajuda do Espírito Santo e dos seus intercessores especiais, para fazer dos hábitos de 
santidade uma prioridade na sua vida.


– Terceiro: Viver os hábitos não é uma perda de tempo. Muito pelo contrário: com eles
você ganha tempo. Nenhuma pessoa que os vive diariamente vai ser menos produtiva em 
eu trabalho, nem vai comprometer sua vida familiar ou social. Deus sempre recompensa 
aqueles que o colocam em primeiro lugar.


 

Os 7 hábitos da santidade

1. Oferecimento do dia pela manhã

Você pode fazer uma breve oração simples, com suas palavras, oferecendo todo o seu 
dia para a glória de Deus. O mais difícil aqui é conseguir fazer disso um hábito: 
levantar-se pontualmente, ter um momento fixo para este oferecimento
não deixar espaço para a preguiça.

2. Quinze minutos de oração em silêncio

Dedique pelo menos 15 minutos a conversar com Deus no início do dia. Esta é a 
sua hora da verdade e seu momento superior. Abra-se com Ele e fale daquilo que 
ocupa sua mente e seu coração; tente ouvir a voz de Deus em seu interior e 
conhecer sua vontade.

3. Quinze minutos de leitura espiritual

Você pode dividir este tempo em: 5 minutos lendo um trecho do Evangelho, para identificar-se 
com a Palavra e ações de Jesus, e outros 10 minutos lendo algum livro 
clássico de espiritualidade católica, recomendado pelo seu diretor espiritual.

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4. Participar da Missa e comungar

Este é o hábito mais importante de todos. A Eucaristia é o centro da nossa vida interior e, consequentemente, do nosso dia. É o ato mais íntimo do ser humano um encontro com Cristo vivo.

5. Rezar o Ângelus 

(ou Regina Coeli, no período pascal) ao meio-dia Rezar esta breve oração é um costume 
católico muito antigo. O ideal é rezar três vezes ao dia (6h, 12h, 18h), mas fazer uma 
pausa ao meio-dia para honrar Nossa Senhora ajuda especialmente a recordar o sentido 
da nossa vida no meio da nossa jornada.

6. Rezar o terço

Meditar diariamente nos mistérios da vida de Jesus é um hábito que, uma 
vez adquirido, é difícil de abandonar. Maria é um ótimo atalho rumo a Jesus e um 
dos melhores exemplos que Deus nos deu a imitar.

7. Exame de consciência antes de dormir

Você pede luz ao Espírito Santo e dedica alguns minutos a revisar seu dia na 
presença do Senhor, identificando se seu comportamento foi digno de um filho 
de Deus ao longo da jornada. Depois disso, você faz um ato de gratidão pelas graças 
recebidas nesse dia, e um ato de contrição pelas falhas cometidas voluntariamente.

Você diante de Deus

Seja honesto com você mesmo e com Deus. Estes hábitos, se bem vividos, nos capacitam 
para vivenciar a segunda parte do grande mandamento de Deus: amar o próximo 
como a nós mesmos.
Estamos nesta vida para amar a Deus e imitar Jesus no amor ao próximo. 
Para isso, precisamos nos transformar em outro Cristo, por meio da oração e 
dos sacramentos. Vivendo estes sete hábitos, chegaremos a ser pessoas santas e 
apostólicas, como Deus espera de nós.
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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

6 COISAS QUE UMA MULHER NUNCA DEVE FAZER PELO HOMEM QUE ELA AMA

Você está fazendo essas coisas em nome do amor? Pare agora mesmo.

Há muitas coisas que as mulheres fazem pelos homens que amam. Algumas vão tão longe 
a ponto de sacrificar a sua felicidade. No entanto, só porque algo pode ser feito em nome 
do amor não significa que seja a coisa certa a fazer.
Aqui estão seis coisas que uma mulher nunca deve fazer pelo homem que ela ama:


1. Comprometer seus padrões

Seus padrões e crenças são uma parte de quem você é. Estão no âmago do seu ser. 
Quando alguém tenta alterar essas normas ou crenças, está demonstrando não amar 
verdadeiramente quem você é. É importante para uma mulher nunca se contentar com um 
homem que não respeita os seus padrões, não importa o quão alto ou rigorosos sejam. 
Em vez disso, uma mulher deve procurar alguém que quer compartilha seus padrões ou 
a admira por causa deles. Pode levar algum tempo para encontrá-lo, mas ele existe.

2. Alterar sua aparência

É perfeitamente natural que uma mulher queira ficar bonita para o homem que ela ama. 
Não há nada de errado em dedicar um tempo extra em seu cabelo e maquiagem antes de um 
encontro. É uma grande oportunidade para que você possa acentuar a sua beleza natural e ficar 
um pouco mais confiante em olhar no rosto de seu par quando você desce as escadas. 
No entanto, você deve se sentir confiante também caso desça as escadas de jeans e camiseta 
como quando usa aquele vestido azul que ele ama. Não há nenhuma razão para sentir a 
necessidade de estar constantemente arrumada. Apenas seja você.
Nunca altere a sua aparência para a aprovação de um homem. Se o seu namorado a pressiona 
para se vestir do jeito que ele quer, cortar o cabelo a seu gosto ou alterar o seu corpo através 
de cirurgia estética ou dieta, ele não vale o seu tempo. Encontre alguém que acha que você 
é a mulher mais bonita na terra, mesmo em seus dias de cabelo ruim.

 
 3. Ser submissa

Homens e mulheres devem ser parceiros iguais numa relação. Ambos são seres humanos 
independentes, com diferentes opiniões e maneiras próprias de fazer as coisas. 
Embora aprender a trabalhar em conjunto pode incluir a adoção de novos hábitos e 
sacrificar alguns luxos para começar o seu próprio caminho, uma pessoa não deve se 
dobrar à vontade do outro.
Não importa o quanto você o ama, seu parceiro não controla sua vida. Você controla. 
Isso não quer dizer que vocês nunca devam aconselhar-se mutuamente na tomada de decisões. 
Isso significa que você não deve considerar a palavra dele como lei. Você nunca deve recuar 
e deixá-lo tomar as rédeas da sua vida.

4. Esconder seu intelecto

Por alguma razão absurda algumas mulheres parecem pensar que agir como idiota é atraente. 
Sim, você não deve agir como a dona da verdade, mas você também não deve esconder a sua
 inteligência, a fim de valorizar o ego de um homem. Se você tem uma opinião, compartilhe-a.
 Se você sabe a resposta, diga. Acredite ou não, os homens acham atraente quando uma mulher é 
confiante, independente e não tem medo de admitir que tem um cérebro.
Eles também acham chato quando uma mulher age completamente impotente e incompetente.
Qual o problema se você sabe jogar futebol ou consertar a pia da cozinha? Impressione-o com
a sua capacidade incrível de abrir um frasco sem qualquer ajuda. Embora ele possa gostar
de resgatar sua donzela em perigo, ele também não se importaria de ter uma heroína
por perto de vez em quando.


5. Morrer de fome

Há um engano generalizado de que os homens só são atraídos por um tipo de corpo. 
Essa mentira tem feito as mulheres arriscar a sua saúde a fim de alcançar a estranhamente 
pequena cintura de uma modelo photoshopada. Isso é um absurdo. Você nunca deve privar-se 
de alimentos, a fim de ser fisicamente atraente para um homem. Se ele se apaixonou por você
isso significa que ele quer você e não a modelo da capa de revista. Ele provavelmente acha suas
 formas arredondadas atraentes. Aceite o fato de que, quando ele diz que você é bonita, ele 
realmente acha isso.
Lembre-se que as mulheres são muitas vezes os seus piores críticos. Colocam pressões 
desnecessárias sobre si mesmas para ser ou parecer de uma determinada maneira quando
na verdade, elas são perfeitas do jeito que são. Se você realmente sente a necessidade 
de perder algum peso extra, existem muitas alternativas ao invés de morrer de fome. 
Exercitar-se e seguir uma dieta saudável vai ajudá-la a eliminar os quilinhos não desejados
 e a se sentir a mulher linda que você já é.

6. Desistir de seus sonhos

Só porque uma mulher encontrou o amor de sua vida, não significa que todos os seus sonhos se
 tornaram realidade. Todo mundo tem secretas esperanças, sonhos e desejos para o futuro. 
Estar em um relacionamento não deve significar que você tem que desistir de tudo isso. 
Pelo contrário! Seu amado deve fornecer incentivo e apoio para você viver os seus sonhos.

 Se você realmente encontrou o homem dos seus sonhos, você não deve ter que escolher entre 
ele e seus sonhos. Deve ser capaz de ter a ambos. Portanto, não desista do seu sonho de viajar 
pelo mundo. Encontre uma maneira de viajarem juntos. Obter um doutorado, abrir sua própria loja
correr uma maratona, perseguir seu sonho de ser um artista. Sonhe, e deixe seu homem fazer o mesmo.

Por: familia.com

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

AMOR AUTÊNTICO COMPROMETIDO OU APENAS PAIXÃO PASSAGEIRA.COMO SABER?

 

Esse é o assunto sobre o qual São João Paulo II – então Karol Wojtyla 
se debruça na seção de seu livro, “Amor e Responsabilidade”, quando ele discute 
os dois aspectos do amor.

 De acordo com Wojtyla, existem dois aspectos do amor, e compreender a diferença é 
crucial para qualquer casamento, noivado ou namoro.

Quando um rapaz encontra uma garota, ele experimenta uma série de sentimentos e desejos poderosos 
em seu coração. Ele pode se encontrar fisicamente atraído pela beleza do corpo dela, ou se perceber pensando constantemente nela em uma atração emocional. Essa dinâmica interior do desejo sensual (sensualidade) e do amor emocional (sentimentalidade) molda em grande parte a maneira com que 
o homem e a mulher interagem um com o outro, e é isso que faz o romance, especialmente em seus 
estágios iniciais, ser tão emocionante para o casal envolvido.
Entretanto, esse é apenas um aspecto do amor, que não deve ser igualado ao amor no sentido mais pleno. Nós sabemos da experiência que podemos ter fortes emoções e desejos por outra pessoa sem necessariamente estar comprometido com ela, ou sem a pessoa estar verdadeiramente comprometida conosco em uma relação de amor.
É por isso que Wojtyla coloca o aspecto subjetivo do amor em seu devido lugar. 
Ele nos desperta e nos lembra que, não importa o quão forte experimentemos essas 
sensações, isso não é necessariamente amor, mas simplesmente uma “situação psicológica”. 
Em outras palavras, por si só, o aspecto subjetivo do amor nada mais é do que uma experiência 
prazerosa que está acontecendo dentro de mim.

 Essas emoções e desejos não são ruins, e podem se desenvolver dentro do amor, e até enriquecê-lo
mas não devemos vê-los como sinais infalíveis do amor autêntico. Wojtyla diz: “É impossível 
julgar o valor de um relacionamento entre duas pessoas meramente a partir da intensidade de 
suas emoções… O amor se desenvolve com base em uma atitude totalmente comprometida 
e totalmente responsável de uma pessoa para outra pessoa”; enquanto que ao mesmo tempo 
os sentimentos românticos “nascem espontaneamente das reações sensuais e emocionais. 
Um crescimento muito rápido e muito rico de tais sensações pode esconder um amor que falhou 
em se desenvolver” (Amor e Responsabilidade).
 
Direcionando o amor para as reações interiores

Os homens e as mulheres hoje são bastante suscetíveis a cair nessa ilusão de amor, pois o mundo 
moderno direcionou o amor para as reações interiores, focando-se primariamente no aspecto 
subjetivo, o  “amor hollywoodiano”, que nos diz que o amor será mais forte quanto mais forte 
forem nossas emoções. Wojtyla, entretanto, enfatiza que há uma outra faceta do amor que é 
absolutamente essencial, não importando quão fortes sejam nossas emoções e desejos.
 A esse aspecto ele chamou de “objetivo”.
Esse aspecto tem uma série de características objetivas que vão além dos sentimentos prazerosos 
que experimento no nível subjetivo. O verdadeiro amor envolve virtude, amizade, e a busca 
de um bem comum. No casamento cristão, por exemplo, marido e mulher se unem pelo bem 
comum de ajudarem um ao outro a crescer em santidade, aprofundar a união, e educar os filhos. 
Além disso, eles devem não apenas compartilhar esse objetivo em comum, mas possuir a virtude 
que os ajude a chegar lá.
É por isso que o aspecto objetivo do amor é muito mais do que um olhar interior para 
minhas emoções e desejos. É muito mais do que os prazeres que recebo da relação. 
Ao considerar o aspecto objetivo do amor, devemos discernir que tipo de relacionamento existe 
realmente entre eu e a pessoa que amo, e não simplesmente o que esse relacionamento significa 
para mim em meus sentimentos. A outra pessoa me ama mais pelo que sou ou me ama mais pelo 
prazer que recebe da relação?
Meu(minha) amado(a) compreende o que é verdadeiramente melhor para mim? Ele(ela) tem 
a virtude para me ajudar a chegar ao que é melhor para mim? Estamos profundamente unidos 
por um objetivo comum, servindo um ao outro e lutando juntos por um bem comum que é maior 
do que cada um de nós? Ou estamos na verdade apenas vivendo lado a lado, compartilhando
 recursos e ocasiões agradáveis enquanto cada um persegue egoisticamente seus próprios projetos 
e interesses na vida? Esse são os tipos de questões que apontam para o aspecto objetivo do amor.
Agora podemos ver porque Wojtyla diz que o verdadeiro amor é “um fato interpessoal”, não 
simplesmente uma “situação psicológica”. Um relacionamento forte está baseado na virtude e na 
amizade, não simplesmente em experimentar juntos sentimentos agradáveis e situações prazerosas. 
Como explica Wojtyla, “o amor enquanto experiência deve estar subordinado ao amor 
enquanto virtude – de tal modo que sem o amor enquanto virtude não pode haver
 plenitude na experiência do amor” (Amor e Responsabilidade).
 

Amor doação de si

Uma das marcas mais distintivas do aspecto objetivo do amor é o dom de si mesmo. 
Wojtyla ensina que o que faz o amor comprometido diferente de todas as outras formas de amor 
(atração, desejo, amizade) é que as duas pessoas “se doam” uma para a outra. As pessoas não 
estão apenas atraídas uma pela outra, e elas não desejam simplesmente o que é melhor para a outra. 
No amor comprometido, cada pessoa se rende completamente à outra pessoa. “Quando o
amor comprometido entra nessa relação interpessoal surge algo mais do que uma simples amizade: 
surgem duas pessoas que se entregam uma para a outra” (Amor e Responsabilidade).
De fato a idéia de amor auto-doação levanta alguns questionamentos importantes: como pode
 uma pessoa realmente se doar a outra? O que isso significa? Afinal de contas o próprio Wojtyla 
ensina que cada pessoa humana é completamente única. Cada pessoa tem sua própria mentalidade 
e sua vontade própria. No final, ninguém pode pensar por mim. Ninguém pode escolher por mim. 
Portanto, cada pessoa “é seu próprio mestre”, e não está disponível a ser entregue a outra pessoa. 
Então, em que sentido uma pessoa pode “se doar” a(o) seu(sua) amado(a)?
Wojtyla responde dizendo que é impossível para uma pessoa se doar a outra no nível natural e físico
mas na ordem do amor uma pessoa pode fazê-lo ao escolher limitar sua liberdade e unir sua vontade 
à da pessoa que ama. Em outras palavras, por causa do seu amor, uma pessoa pode na verdade 
desejar abdicar de seu próprio livre-arbítrio e ligá-lo ao da pessoa amada. Como Wojtyla diz, o amor 
“faz com que a pessoa queira exatamente isto – render-se ao(a) outro(a), à pessoa amada”.

 

A liberdade de amar

Por exemplo, considere o que acontece quando um homem solteiro se torna casado. 
Como solteiro, “Roberto” é capaz de decidir o que deseja fazer, quando deseja fazer, e como 
deseja fazer. Ele faz sua própria agenda. Ele decide onde vai viver. Ele pode se demitir de um 
emprego e se mudar para outra parte do país em um instante, se quiser. Ele pode deixar o 
apartamento uma bagunça. Ele pode gastar seu dinheiro do modo como quiser. E ele pode comer 
quando quiser, sair para onde quiser, e ir dormir quando quiser. Ele está acostumado a tomar 
sozinho as decisões de sua vida.

O casamento, entretanto, vai mudar de modo significativo a vida de “Roberto”. 
Se ele decide por conta própria se demitir do emprego, comprar um carro novo, viajar no final 
de semana, ou vender a casa, isso provavelmente não vai se encaixar muito bem com a vida da 
sua esposa! Agora que “Roberto” está casado, todas as decisões que ele estava acostumado a tomar 
por conta própria devem ser tomadas em união com sua esposa, e procurando o que for melhor 
para seu casamento e para sua família.
No amor de doação de si, um homem reconhece de modo profundo que sua vida já 
não é mais propriedade sua. Ele rendeu sua própria vontade à sua amada. Seus próprios planos
sonhos e gostos não estão completamente abandonados, mas agora eles são colocados em nova perspectiva. Eles estão subordinados ao bem de sua esposa e dos filhos que possam surgir do casamento. Como “Roberto” vai gastar seu tempo e seu dinheiro e como ele vai organizar sua vida já não
 é matéria de sua própria escolha pessoal. Sua família se torna o ponto de referência
primário para tudo que ele for fazer.
Essa é a beleza do amor doação de si. Como solteiro “Roberto” tinha grande autonomia 
– ele podia organizar sua vida como quisesse. Mas, por causa de seu amor, “Roberto” escolheu
 livremente abdicar dessa autonomia, limitar sua liberdade, comprometendo-se com sua esposa
 e com o bem dela. O amor é tão poderoso que o impele a desejar render sua vontade à sua amada 
desse modo profundo.
Realmente muitos casamentos hoje em dia seriam muito mais sólidos se ao menos compreendêssemos 
e nos lembrássemos do amor de doação a que originalmente nos comprometemos. Ao invés de 
perseguir egoisticamente nossas próprias preferências e desejos, devemos nos lembrar que quando 
fizemos nossos votos escolhemos livremente render – amorosamente desejamos render – nossas 
vontades ao bem do(a) nosso(a) esposo(a) e dos filhos. Como Wojtyla explica: “A forma de amor 
mais plena consiste precisamente na auto-doação, em fazer do inalienável e intransferível 
‘eu’ uma propriedade de outra pessoa” (Amor e Responsabilidade).

 

A lei do dom

Agora chegamos ao grande mistério do amor doação de si. No coração desse dom de si 
está uma convicção fundamental de que, ao render minha autonomia à pessoa amada, eu ganho 
 muito mais em troca. Ao unir-me com outra pessoa, minha própria vida não fica diminuída
 mas é profundamente enriquecida. Isso é o que Wojtyla chama de “lei do ekstasis”, ou 
lei da auto-doação: “O amante ‘sai de si mesmo’ para encontrar um existência mais plena 
no(a) outro(a)” (Amor e Responsabilidade).

Em uma época de vigoroso individualismo, entretanto, essa profunda afirmação de Wojtyla pode 
ser difícil de compreender. Por que devo sair de mim mesmo para encontrar a felicidade? 
Por que eu deveria me comprometer desse modo radical com outra pessoa? Por que deveria 
abdicar da liberdade de fazer o que quisesse com minha vida? Essas são as questões do homem moderno.
Entretanto, de uma perspectiva cristã, a vida não é para “fazer o que eu quiser”. 
A vida é para meus relacionamentos – é para encontrar a plenitude de meu relacionamento com 
Deus e com as pessoas que Deus colocou na minha vida. Na verdade, é aí que encontramos plenitude 
na vida: em viver bem nossos relacionamentos. Mas para viver bem nossos relacionamentos 
precisamos muitas vezes fazer sacrifícios, rendendo nossa vontade própria para servir ao bem dos outros. 
É por isso que descobrimos uma felicidade mais profunda na vida quando nos doamos desse modo
pois estamos vivendo do modo como Deus nos criou para viver, do modo como o próprio Deus vive: 
em um amor total, comprometido e de auto-doação. Como diz uma das passagens favoritas de 
Wojtyla retirada do Vaticano II: “O homem só se encontra ao fazer de si mesmo um dom sincero 
para os outros” (Gaudium et spes nr. 24).

Essa afirmação do Vaticano II se aplica especialmente ao matrimônio, onde o amor de auto-doação 
entre duas pessoas humanas se mostra mais profundamente. Ao me comprometer com outra pessoa 
em uma relação de amor verdadeiro eu certamente limito minha liberdade de fazer “o que quiser”. 
Mas ao mesmo tempo eu me abro para uma liberdade ainda maior: a liberdade de amar. Como 
explica Wojtyla: “O amor consiste em um compromisso que limita a liberdade da pessoa 
– é uma doação de si, e doar-se a si mesmo significa exatamente isso: limitar a própria 
liberdade em prol do(a) outro(a). A limitação da liberdade da pessoa pode parecer algo 
negativo e desagradável, mas o amor faz dessa limitação uma coisa positiva, criativa e 
cheia de alegria. A liberdade existe para que se possa amar” (Amor e Responsabilidade).
Portanto, enquanto o individualista moderno pode ver a auto-doação no matrimônio como algo 
negativo e restritivo, os cristãos veem tais limitações como libertadoras. O que eu realmente desejo 
fazer na vida é amar a Deus, minha esposa e meus filhos, e meu próximo – pois nesses 
relacionamentos encontro minha felicidade. E se eu existo para amar minha mulher e meus filhos 
e para viver totalmente comprometido a eles, eu devo evitar que meus desejos egoístas dominem 
minha vida e controlem minha casa. Em outras palavras, eu devo estar livre da tirania do
 “faço o que eu quero”. Só então é que sou livre para amar do modo como Deus me criou. 
Só então é que sou livre para ser feliz. Só então é que sou livre para amar.
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 http://catholiceducation.org/articles/marriage/mf0072.html