sexta-feira, 22 de abril de 2016

13 CONCELHOS DO PAPA FRANCISCO PARA UM BOM CASAMENTO


O Papa Francisco usou o “hino da caridade” de São Paulo, em sua 
primeira Carta aos Coríntios, a fim de dar alguns conselhos sobre 
como sustentar um bom casamento durante os anos baseado no 
amor verdadeiro.
“Vale a pena deter-se a esclarecer o significado das expressões 
deste texto, tendo em vista uma aplicação à existência concreta de 
cada família”, explicou.


1. Paciência: Esta, escreveu Francisco, “não é deixar que nos maltratem 
permanentemente, nem tolerar agressões físicas, ou permitir que nos tratem 
como objetos”, mas “o amor tem sempre um sentido de profunda compaixão 
que leva a aceitar o outro como parte deste mundo, também quando atua de um 
modo diferente ao qual eu desejaria”.
“O problema surge quando exigimos que as relações sejam idílicas
ou que as pessoas sejam perfeitas, ou quando nos colocamos no centro e 
esperamos que se cumpra unicamente a nossa vontade. Então tudo nos 
 impacienta tudo nos leva a reagir com agressividade”, advertiu.

2. Atitude de serviço: O Papa destacou que em sua carta, São Paulo “quer 
insistir que o amor não é apenas um sentimento, mas deve ser entendido no 
sentido que o verbo ‘amar’ tem em hebraico: ‘fazer o bem’”.
“Como dizia Santo Inácio de Loyola, ‘o amor deve ser colocado mais 
nas obras do que nas palavras’. Assim poderá mostrar toda a sua fecundidade
permitindo-nos experimentar a felicidade de dar, a nobreza e grandeza de 
doar-se super abundantemente, sem calcular nem reclamar pagamento, mas
 apenas pelo prazer de dar e servir”.

3. Curando a inveja: “No amor não há lugar para sentir desgosto pelo 
bem de outro”, sublinhou o Papa. Ao mesmo tempo, explicou que “a inveja 
é uma tristeza pelo bem alheio, de mostrando que não nos interessa a felicidade 
dos outros, porque estamos concentrados exclusivamente no nosso bem-estar”.
O Santo Padre indicou que “o verdadeiro amor aprecia os sucessos alheios
não os sente como uma ameaça, libertando-se do sabor amargo da inveja. 
Aceita que cada um tenha dons distintos e caminhos diferentes na vida”.

4. Sem ser arrogante nem se orgulhar: Francisco destacou que “quem 
ama não só evita falar muito de si mesmo, mas, porque está centrado nos 
 outros, sabe manter-se no seu lugar sem pretender estar no centro”.
“Alguns julgam-se grandes, porque sabem mais do que os outros, dedicando-se 
a impor-lhes exigências e a controlá-los; quando, na realidade, o que nos faz 
grandes é o amor que compreende, cuida, integra, está atento aos fracos”, disse.

5. Amabilidade: “Amar é também tornar-se amável”, precisou o Papa. 
E isto significa que “o amor não age rudemente, não atua de forma 
 inconveniente, não se mostra duro no trato.
Os seus modos, as suas palavras, os seus gestos são agradáveis; não são 
ásperos, nem rígidos. Detesta fazer sofrer os outros”.

6. Desprendimento: Ao contrário da frase popular que diz que “para amar 
os outros, é preciso primeiro amar-se a si mesmo”, o Papa recordou que neste 
hino à caridade, São Paulo “afirma que o amor ‘não procura o seu próprio 
interesse’, ou ‘não procura o que é seu’”.
“Deve-se evitar de dar prioridade ao amor a si mesmo, como se fosse mais 
nobre do que o dom de si aos outros”.
 
7. Sem violência interior: O Papa encorajou na Amoris Laetitia a evitar 
“uma irritação recôndita que nos põe à defesa perante os outros, como 
se fossem inimigos molesto a evitar”.
“O Evangelho convida a olhar primeiro a trave na própria vista”, acrescentou
para logo exortar: “Se tivermos de lutar contra um mal, façamo-lo; mas 
sempre digamos ‘não’ à violência interior”.

8. Perdão: Francisco recomendou não deixar lugar “ao ressentimento 
 que se aninha no coração”, mas sim trabalhar em “um perdão fundado 
em uma atitude positiva que procura compreender a fraqueza alheia e 
encontrar desculpas para a outra pessoa”.
O Papa assegurou que a comunhão familiar “só pode ser conservada e 
aperfeiçoada com grande espírito de sacrifício. Exige, de fato, de todos e de 
cada um, pronta e generosa disponibilidade à compreensão, à tolerância
ao perdão, à reconciliação”.

9. Alegrar-se com os outros: “Quando uma pessoa que ama pode fazer 
algo de bom pelo outro, ou quando vê que a vida está a correr bem ao outro
vive isso com alegria e, assim, dá glória a Deus”, indicou o Santo Padre.
“A família deve ser sempre o lugar onde uma pessoa que consegue algo de bom na 
vida, sabe que ali se vão congratular com ela”.

10. Tudo desculpa: Isto, explicou o Papa, “implica limitar o juízo, conter a 
inclinação para se emitir uma condenação dura e implacável: ‘Não condeneis 
e não sereis condenados’ (Lc 6, 37)”.
 “Os esposos, que se amam e se pertencem, falam bem um do outro
procuram mostrar mais o lado bom do cônjuge do que as suas fraquezas e erros. 
Em todo o caso, guardam silêncio para não danificar a sua imagem. 
Mas não é apenas um gesto externo, brota de uma atitude interior”.

11.Confia: “Não se trata apenas de não suspeitar que o outro esteja mentindo 
ou enganando”, explicou o Santo Padre.
“Não é necessário controlar o outro, seguir minuciosamente os seus 
 passos, para evitar que fuja dos meus braços. O amor confia, deixa em 
liberdade, renuncia a controlar tudo, a possuir, a dominar”, disse.

12. Espera: Esta palavra, indicou o Papa, “indica a esperança 
de quem sabe que o outro pode mudar”.
“Não significa que, nesta vida, tudo vai mudar; implica aceitar que nem 
tudo aconteça como se deseja, mas talvez Deus escreva direito por linhas 
tortas e saiba tirar algum bem dos males que não se conseguem vencer nesta 
terra”, assinalou.

13. Tudo suporta: O Santo Padre assinalou que isto “não consiste 
apenas em tolerar algumas coisas molestas, mas é algo de mais amplo: 
uma resistência dinâmica e constante, capaz de superar qualquer desafio”.
“O amor não se deixa dominar pelo ressentimento, o desprezo das 
pessoas, o desejo de se lamentar ou vingar de alguma coisa. O ideal cristão
nomeadamente na família, é amor que apesar de tudo não desiste”.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

SER JOVEM SEM DEIXAR DE SER DE DEUS


SER JOVEM, NÃO SE TRATA DE VIVER 

INSTANTES, MAS SIM, DE VIVER UMA VIDA…

A fase da juventude é certamente uma das mais importantes da existência do 
ser humano porque é a que decide a felicidade ou a infelicidade. Mais tarde 
o jovem colherá o que atualmente semeia, em outras palavras, esta fase é 
estratégica porque é o momento do germinar da liberdade. 
Perder esta fase, é perder tudo!

É por isso, que é preciso aprender a fazer bem as escolhas quando se começa 
a entrar nesta fase de maturidade. Não se pode esquecer que o adulto de amanhã
será aquele que o jovem de hoje preparou. Do uso que o jovem fizer de sua 
liberdade hoje, nascerá um projeto de vida que levará à felicidade ou à infelicidade
um jovem que não compreende isso, não é capaz de compreender nada de si mesmo.
Falar de jovens, é criar espaço para um assunto que é tão polêmico, mas ao 
mesmo tempo tão questionador: a sexualidade, que também envolve a afetividade.  
Sexualidade não é o ato sexual, mas sim a expressão máxima do ser masculino e 
feminino, com todo seu jeito de ser, seu cheiro, maneira de falar, etc. A sexualidade 
vai da ponta do dedão ao último fio de cabelo, passando pelo genital. Já a afetividade 
é a capacidade de estabelecer laços profundos de união com as pessoas, é a 
capacidade de amar. Amar o irmão, o amigo, o pai, a mãe, namorada, enfim… 
Tudo isso envolve a palavra amor no seu pleno significado. 
É da essência do homem ser corpo e alma, e da mesma forma, alma e corpo 
ao mesmo tempo, é por isso que a sexualidade é tão importante, pois ela é o 
ponto de encontro entre o corpo e a alma, do instinto e da liberdade, do amor 
pelo outro e do amor por si mesmo. É preciso preparar o seu eu, preparando a 
capacidade de amar que está dentro de você. O amor só é verdadeiro se for 
vivido ultrapassando a si mesmo, por isso você não pode viver a sua juventude 
nas ilusões de uma sexualidade desregrada e depravada, em outras palavras
só querendo satisfazer-se sexualmente. Se o amor é verdadeiro você saberá 
esperar a hora certa, e não simplesmente usar a pessoa como se fosse um copo 
descartável: usou, joga fora.
O amor é o encontro mais estreito possível entre um eu e um tu. Este amor só 
pode ser autêntico na relação Eu-Tu se o Eu esquecer-se para pensar no Tu. 
O amor precisa ser mais forte que o prazer, assim, você jovem descobrirá mais 
tarde que o prazer investido de amor torna-se grande alegria, mas é neste tempo 
preciosíssimo da juventude que precisa preparar esta alegria, fazendo hoje da 
sua sexualidade uma força que estará a serviço do amor.
Na área da sexualidade, existe o nível afetivo, sendo ele a chave de abertura 
para o amor, que é encontrado quando descobre o “outro”. Isso é um canal que 
pode levar ao namoro, importantíssimo tempo de encontro, de conhecimento
de afeto, mas sobretudo, de respeito que todo jovem deve experimentar como 
um Dom de Deus. É no namoro que se trilha um caminho para o matrimônio, e 
consequentemente para o ápice do amor que é o sexo como graça de Deus.
Existem várias maneiras de namorar, qual é a sua? Seu namoro será tentado 
por uma sexualidade perturbada? Ou será sereno, tranquilo e realizador?
Virgindade é valor, e não coisa do passado como alguns dizem. Infelizmente 
todos os valores essenciais para que o jovem chegue à plena realização, são 
substituídos por novos valores que são, na verdade, pura ilusão.
Posso testemunhar que o tempo da juventude, é um dos melhores tempos, pois 
é nesta fase da vida, quando as coisas estão tomando forma e lugar, que é possível 
comprometer-se a viver a integralidade da sexualidade plantada e regada no 
amor de Deus, pois é Ele quem nos dá a graça. Não será fácil, mas os esforços 
serão a moeda que paga a verdadeira felicidade. É preciso preparar esta 
felicidade e saber construí-la por mais que custe.
Na certeza de que Deus ajuda a olharmos para nós e para os outros como 
Dons do seu amor, precisamos nos colocar entre os hoje e amanhãs, tendo 
o cuidado de não alimentar a ilusão de que só o tempo presente conta.  
Ser jovem, não se trata de viver instantes, mas sim de viver uma vida. 

Termino aqui com uma frase de Dom Alberto que diz:
“É possível fazer compromissos definitivos”.

sábado, 16 de abril de 2016

10 CONSELHOS FUNDAMENTAIS DE BENTO XVI AOS JOVENS

 

1 – Não esquecer Deus
Não esqueçam Deus é amor. O homem que esquece Deus fica sem esperança 

e se torna incapaz de amar seu semelhante. Por isso é urgente testemunhar a 
presença de Deus para que todos possam experimentá-la: está em jogo a 
salvação da humanidade, a salvação de cada um de nós.

 2 – Transmitir a fé
Aconselho-vos a guardar na memória os dons recebidos de Deus, para poder 

 transmiti-los ao vosso redor. Aprendei a reler a vossa história pessoal, tomai 
consciência também do maravilhoso legado recebido das gerações que vos 
precederam: tantos cristãos nos transmitiram a fé com coragem, enfrentando 
obstáculos e incompreensões.

 3 – Amar
Queridos jovens, deixai-vos conduzir pela força do amor de Deus, deixai que 

este amor vença a tendência de fechar-se no próprio mundo, nos próprios 
problemas, nos próprios hábitos; tende a coragem de «sair» de vós mesmos 
para «ir» ao encontro dos outros e guiá-los ao encontro de Deus.
 


4 - Abrir o coração
A todos abramos a porta do nosso coração; procuremos entrar em diálogo 
com simplicidade e respeito: este diálogo, se vivido com uma amizade 
verdadeira, dará seus frutos. Queridos amigos, nunca esqueçais que o 
primeiro ato de amor que podeis fazer ao próximo é partilhar a fonte da 
nossa esperança: quem não dá Deus, dá muito pouco.

5- Seguir a Palavra de Deus
Queridos amigos, construí a vossa casa sobre a rocha, como o homem que 

«cavou muito profundamente». Procurai também vós, todos os dias, seguir 
a Palavra de Cristo. Senti-O como o verdadeiro Amigo com o qual partilhar 
o caminho da vossa vida.

6 – Tende fé 
Não acrediteis em quantos vos dizem que não tendes necessidade dos outros 

para construir a vossa vida! Ao contrário, apoiai-vos na fé dos vossos 
familiares, na fé da Igreja, e agradecei ao Senhor por a ter recebido e feito vossa!



8 – Participem da Eucaristia
Fora de Cristo morto e ressuscitado, não há salvação! Só Ele pode libertar 

o mundo do mal e fazer crescer o Reino de justiça, de paz e de amor pelo 
qual todos aspiram. Queridos jovens, aprendei a «ver», a «encontrar» 
Jesus na Eucaristia, onde está presente e próximo até se fazer alimento 
para o nosso caminho; no Sacramento da Penitência, no qual o Senhor 
manifesta a sua misericórdia ao oferecer-nos sempre o seu perdão.

9 – Servi Jesus também nos pobres
Reconhecei e servi Jesus também nos pobres, nos doentes, nos irmãos 

que estão em dificuldade e precisam de ajuda.

10 – Responder o chamado de Deus
Acolhei com gratidão este dom espiritual que recebestes das vossas famílias 

e comprometei-vos a responder com responsabilidade à chamada de Deus
tornando-vos adultos na fé.




sexta-feira, 8 de abril de 2016

É DEUS QUE ESCOLHE A PESSOA CERTA PARA EU ME CASAR?

Assim, Deus estabeleceu a humanidade sobre as bases do casamento, que Jesus 
elevou à dignidade de sacramento, uma graça especial para o casal viver a vida 
conjugal e familiar como Deus deseja.
Nesse sentido, Deus deseja que os casais que se unem em matrimônio, vivam em 
harmonia conjugal, de modo que a família e os filhos sejam felizes. E isso depende do 
namoro, de uma escolha correta com quem se casar; isto é, alguém que tenha os mesmos 
valores humanos e espirituais.

 Desígnio de Deus

É claro que precisamos pedir a Deus a graça de encontrar aquela pessoa com quem devemos 
nos casar, e Ele atende nossa oração. Conheço pessoas que fizeram novenas para encontrar 
uma pessoa adequada para se casar e conseguiram; mas isso nem sempre acontece, pois, nem 
sempre os planos de Deus são os nossos. O Senhor conhece cada um de nós e sabe que, muitas 
vezes, o casamento não é bom para uma pessoa. Às vezes, ele chama a pessoa a uma vocação 
sacerdotal ou religiosa, ou mesmo celibatária. Michel Quoist dizia que “solteiro ou casado, só 
o egoísta desperdiça a vida”.

Deus atende a quem reza e Lhe pede ajuda, mas Ele não tira a nossa liberdade; ao contrário
o Senhor nos dá inteligência e vontade para tomar as decisões certas em nossa vida com a ajuda 
da Sua graça. Sabemos que a graça, como disse Santo Agostinho, supõe a natureza; não a 
dispensa,mas a enriquece. Precisamos cooperar com a graça também para encontrar a namorada 
e a esposa que seja adequada. E tudo isso começa no namoro. Não existe destino, e Deus não 
determina uma pessoa para se unir com outra sem a decisão de ambos.

Já vai muito longe o tempo em que os pais arranjavam os casamentos para seus filhos. 
Para encontrar alguém adequado, é preciso procurá-lo. Normalmente, é no próprio ciclo das 
amizades e ambientes de convívio que os namoros começam. Sabemos que o ambiente molda 
a pessoa de certa forma; logo, é preciso procurar alguém naquele ambiente que vive os valores 
que se preza.

 Onde procurar?

Se alguém é cristão, então procure entre famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens
etc., a pessoa que procura, e peça a ajuda de Deus. O namoro começa com uma amizade, que 
pode ser um pré-namoro que vai evoluindo. Mas não se deve “mergulhar de cabeça” num namoro
só porque uma paixão o dominou. Não vá com muita sede ao pote, porque pode quebrá-lo.

É preciso sentir primeiro, por meio de uma pura amizade, quem é a pessoa que está a sua frente. 
Talvez, já nesse primeiro relacionamento amigo, pode-se saber que não é com essa pessoa que 
se deve namorar. É o primeiro filtro, que tem a grande vantagem de não ter ainda qualquer 
compromisso com o outro, a não ser de amizade.



 Cultura da alma x cultura do corpo

O namoro é o encontro de duas pessoas com base naquilo que elas são, não naquilo que têm. 
Não se pode escolher um namorado somente por causa de sua beleza ou de seu dinheiro
pois amanhã pode ser que você não se satisfaça só com isso. Às vezes, uma pessoa simpática
bem humorada, feliz, supera muitas outras que oferecem mais beleza e perfeição física. Infelizmente
a nossa sociedade trocou a “cultura da alma” pela “cultura do corpo”. Prova disso, é que nunca 
como hoje as cidades estão tão repletas de academias de ginástica, salões de beleza, cosméticos
cirurgias plásticas, etc. Investe-se ao máximo naquilo que é mais inferior na dimensão do 
ser humano,o corpo, embora este também seja importante.

É claro que todas as moças querem namorar um rapaz bonito, e também o contrário, mas 
não se pode esquecer o que disse Exupèry: “O mais importante é invisível aos olhos”, pois é 
o que não envelhece e não acaba. O que é visível desaparece um dia, inexoravelmente ficará velho 
 com o passar do tempo. Aquilo que não se vê – o caráter da pessoa, a sua simpatia que se mostra 
sempre atrás de um sorriso fácil e gratuito, o seu coração bom, a sua tolerância com os erros dos 
outros, as suas boas atitudes, etc. –, não passa, o tempo não pode destruir, e é o que vale.
  
A busca pelo essencial

Se você comprar uma pedra preciosa só pelo seu brilho, talvez acabe adquirindo uma joia falsa. 
É preciso que você conheça a sua constituição e o seu peso. O povo diz muito bem que “nem tudo 
que reluz é ouro”. A felicidade não está na cor da pele, no tipo do cabelo nem na altura do corpo
mas na grandeza da alma. Quantos belos artistas terminaram de maneira trágica a vida! Nem a fama
nem o dinheiro em abundância, nem os “amores” mil, foram suficientes para fazê-los felizes. 
Faltou cultivar o que é essencial, aquilo que é invisível aos olhos. Tenho visto muitas garotas 
frustradas, porque não têm aquele corpinho de manequim ou aquele cabelo das moças que 
fazem propagandas dos xampus, mas isso não é o mais importante, porque acaba.

Os homens de todos os tempos sempre quiseram construir obras que vencessem os séculos. 
Ainda hoje podemos ver as pirâmides de 4000 anos do Egito; o Coliseu Romano, de 2000 anos
e tantas obras fantásticas. Mas a obra mais linda e duradoura é aquela que se constrói na alma
porque é imortal. Portanto, ao escolher o namorado, não se prenda apenas às aparências físicas
é preciso descer às profundezas da alma do outro e buscar seus valores.

É preciso dizer também que não se pode fazer da seu namorado uma peça de exibição que 
faça inveja aos colegas. Ele não pode ser exibido como um carro que você desfila entre os seus 
amigos para mostrar sua “grandeza”. Você estaria fazendo do outro uma “coisa”.

Enfim, Deus nos ajuda com Seu amor e Sua graça; dessa maneira, encontrarmos alguém 
que nos seja adequado. Mas é preciso fazer a nossa parte. O livro do Eclesiástico diz: 
“É uma boa dádiva uma mulher bondosa; uma dádiva daqueles que temem a Deus. 
Ela será dada a um homem por suas boas ações” (Eclo 26,3). Isso mostra que um 
bom cônjuge Deus dá também àqueles que O amam e fazem a Sua vontade.