Louvado seja O Nosso Senhor Jesus Cristo. Bem vindo amado, ao blog do Grupo de oração Rainha da Paz da Igreja Católica Apostólica Romana. Aqui postaremos informações da Renovação Carismática Católica, e também estudos sociais, de fé e notícias que envolvam a nossa amada Igreja. Paz e fogo.
O lançamento oficial da Web Rádio da RCC
Santa Catarina não poderia ter sido em data melhor do que a Solenidade
de Pentecostes, importante celebração para a Igreja e que marca a
espiritualidade e identidade do Movimento. Com uma programação de 24h
por dia, a nova ferramenta é um importante passo para dar ainda mais
força à missão da RCC de levar a experiência verdadeira com o Espírito
Santo e que estreia hoje, 24/06, seu primeiro programa ao vivo.
Com o objetivo de que o número de pessoas impactadas pela Cultura de
Pentecostes seja cada vez maior, o presidente do Conselho Estadual da
RCC SC, Adriano José Mendes, lançou o desafio da Web Rádio ao Ministério
de Comunicação Social, que o acolheu imediatamente. Logo, as
confirmações começaram a aparecer de que, verdadeiramente, este era um
projeto inspirado por Deus.
No lançamento do projeto, durante a Festa de Pentecostes realizada na
Diocese de Joinville/SC, o coordenador estadual do Ministério, Darlan
dos Santos, comemorou: “Neste dia todo especial para nossa Igreja, que é
celebrar a graça de Pentecostes, nós também podemos celebrar o
lançamento dessa Web Rádio. E o nosso coração se exulta de alegria,
porque nós vemos o quanto Deus tem para agir por meio desta nova
ferramenta que a RCC Santa Catarina está lançando hoje”. Lançada no
encontro do norte catarinense, a programação passeou por todo o estado e
levou informações de todos os Cenáculos de Pentecostes realizados.
Palavra de Pentecostes
Em meio a uma programação com músicas católicas, pregações e cobertura
dos eventos estaduais, está o programa Palavra de Pentecostes que tem
sua estreia hoje, 24 de junho, a partir das 21h.
O programa ao vivo levará, a cada duas semanas, às terças-feiras, a
espiritualidade de Pentecostes, por meio de pregação, oração e
interatividade com os ouvintes. Nesta terça-feira de estreia, o Palavra
de Pentecostes contará com a presença especial de Adriano José Mendes,
presidente do Conselho Estadual da RCC Santa Catarina.
Desde a sua primeira manifestação no Brasil – especificamente na
cidade de Campinas no início da década de 70 – o movimento da Renovação
Carismática Católica espalhou-se a passos largos em todo o território
brasileiro promovendo uma fecunda obra de evangelização.
Indubitavelmente foi uma verdadeira explosão espiritual, granjeando
muitos elogios como também muitas críticas. Os seus já quase cinquenta
anos de presença no Brasil foram marcados ora por perseguições
desmedidas e incompreensões do setor clerical, ora por certas atitudes
por parte de alguns carismáticos que precisaram ser corrigidas.
Incontáveis foram as conversões que Deus operou por intermédio deste
movimento, sem o qual, podemos dizer sem receios, o Brasil já estaria
fadada a uma crise de fé muito mais acentuada. Ao mesmo tempo, ao lado
dos seus maravilhosos contributivos, notou-se a imaturidade de uma parcela
do movimento que gerou muita confusão e divisões. No que se refere ao
comportamento diante das celebrações litúrgicas, especialmente a do
Santo Sacrifício da Missa, irreverentes foram as tentativas de quererem
mesclar palmas, danças e espontaneidades – traços característicos de um
grupo de oração que, em si mesmos, não são ruins – com este momento
sagrado e recolhido. Além disso, houve certas tendências protestantes no
qual atribuía valor supremo à Sagrada Escritura, sem recorrência à
Tradição e ao Magistério, pois juntas, formam o tripé da fé católica.
Não queremos com isso afirmar que a RCC é um protestantismo dentro da
Igreja. No entanto, devem-se levar em conta as influências do
pentecostalismo não católico e da turbulência com o qual o movimento
vivia no início, pois não encontravam um clero receptivo para que os
guiasse e os formasse. Hoje muita coisa já mudou! Embora esta face imatura ainda persista em alguns lugares, têm-se
visto a maravilha de graça e de glória que o próprio Espírito Santo tem
operado no seio do movimento. Há uma crescente maturidade nos membros do
movimento e uma fecunda vivência espiritual baseada na Tradição da
Igreja, e não mais nos moldes da Sola Scriptura, fundamentalista
e estéril. Muitos, principalmente os jovens, tem se apercebido da
sacralidade dos mistérios de Deus celebrados na liturgia. Longe das
euforias e do murmúrio das palmas, que mais dispersam do que
interiorizam, estão cultivando um maior recolhimento na Santa Missa.
Descobrem-se aos poucos as riquezas que encerra o silêncio,
especialmente no momento da adoração ao Santíssimo Sacramento. Quanto à
vida espiritual, superam-se aos poucos os ditames dos sentimentalismos e
dos calafrios – estas manifestações não são ruins, pois são graças de
Deus, no entanto, não servem de parâmetro para julgar a qualidade de uma
oração – e começam por caminhar no plano da fé e do amor que são muito
mais que experiências emocionais, são atitudes! Rompendo com os modismos do mundo e determinando a viver como uma
verdadeira donzela cristã, muitas garotas optam por roupas modestas, uso
de saia e do véu. Santa amizades, namoros que favoreçam a virtude.., Há
um grande desejo de santidade determinado e fecundo. Além disso, belas
são as pregações dos missionários tão plenas dos ensinamentos do
Magistério e da Tradição da Igreja: da boca ungida dos pregadores emana o
ensinamento dos documentos papais, dos concílios e dos santos. Diante de todos estes fatos que comprovadamente estão ocorrendo em todo o Brasil, perguntamo-nos: o que está acontecendo com os carismáticos?
Sem dúvida, sentindo-se mais acolhidos e amados, estão vivendo não mais
como filhos independentes, mas como verdadeiros membros do corpo
místico da Igreja. Uma Igreja que não está aí para ser moldada, em
contrapartida, é molde e escola de perfeição para todos aqueles que
desejam alcançar a santidade; uma Igreja de mais de dois mil anos que
carrega consigo um tesouro espiritual imenso e que não pode ser
negligenciado. Enfim, uma Igreja que deseja fazer com que seus filhos se
sintam realmente filhos!
“A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra”, por isso devemos nos preparar para recebê-la.
Jesus, na noite de Sua Paixão, instituiu
o sacramento da Eucaristia, a comunhão. Este é o sacramento dos
sacramentos, por meio do qual estamos sempre em profunda comunhão com o
Corpo e o Sangue de Cristo.
Para meditar sobre esse grande mistério
da fé [a Eucaristia] e saber como podemos nos preparar para recebê-Lo,
gostaria de apresentar alguns textos do Magistério da Igreja que nos
serão de grande proveito:
A Eucaristia é “fonte e ápice de toda a
vida cristã”. “Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios
eclesiásticos e todas as tarefas apostólicas ligam-se à Sagrada
Eucaristia e a ela se ordenam, pois a Santíssima Eucaristia contém todo o
bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa”
(Catecismo da Igreja Católica, 1324).
“A Eucaristia é verdadeiramente
um pedaço de céu que se abre sobre a terra; é um raio de glória da
Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem
iluminar o nosso caminho” (Ecclesia de Eucharistia, João Paulo II, § 19).
O Senhor nos convida, insistentemente, a
recebê-Lo no sacramento da Eucaristia: “Em verdade, em verdade, vos
digo: se não comerdes a Carne do Filho do homem e não beberdes o seu
Sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53). Para responder o convite,
devemos nos preparar para este momento tão grande e tão santo. São Paulo
nos exorta a um exame de consciência: “Todo aquele que comer do pão ou
beber do cálice do Senhor, indignamente, será réu do Corpo e do Sangue
do Senhor. Por conseguinte, que cada um examine a si mesmo antes
de comer desse pão e beber desse cálice, pois aquele que come e bebe
sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação” (1Cor
11,27-29). Quem está consciente de um pecado grave deve receber o
sacramento da reconciliação antes de receber a comunhão” (Catecismo,
1384-1385).
“Conforme o mandamento da
Igreja, ‘todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é
obrigado a confessar seus pecados graves, dos quais tem consciência,
pelo menos uma vez por ano’. Aquele que tem consciência de ter
cometido um pecado mortal não deve receber a Sagrada Comunhão, mesmo que
esteja profundamente contrito, sem receber previamente a absolvição
sacramental, a menos que tenha um motivo grave para comungar e lhe seja
impossível chegar a um confessor” (Catecismo, 1457).
“Diante da grandeza desse sacramento, o
fiel só pode repetir humildemente e com fé ardente a palavra do
centurião: ‘Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas
dizei uma palavra e serei salvo’ (Mt 8,8)” (Catecismo, 1386).
“A Igreja obriga os fiéis ‘a participar
da divina liturgia aos domingos e nos dias festivos’ e a receber a
Eucaristia pelo menos uma vez ao ano, se possível no tempo pascal,
preparados pelo sacramento da reconciliação. Mas recomenda vivamente aos
fiéis que recebam a Santa Eucaristia nos domingos e dias festivos, ou
ainda com maior frequência, e até todos os dias” (Catecismo, 1389).
“A fim de se preparar convenientemente
para receber esse sacramento, os fiéis observarão o jejum prescrito em
sua Igreja” (Catecismo, 1387). “Quem vai receber a Santíssima
Eucaristia abstenha-se de qualquer comida ou bebida, excetuando-se
somente água e remédio, no espaço de, ao menos, uma hora antes da
sagrada comunhão” (Cân. 919, § 1). “Pessoas idosas e enfermas,
bem como as que cuidam delas, podem receber a Santíssima Eucaristia,
mesmo que tenham tomado alguma coisa na hora que antecede” (Cân. 919, §
3).
Com relação aos divorciados novamente casados,
o Magistério da Igreja afirma que “são numerosos, hoje, em muitos
países, os católicos que recorrem ao divórcio segundo as leis civis e
contraem civilmente uma nova união. A Igreja, por fidelidade à Palavra
de Jesus Cristo (‘Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra
comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e
desposar outro comete adultério’: Mc 10,11-12), afirma que não pode
reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro casamento foi
válido. Se os divorciados tornam a casar-se no civil, ficam numa
situação que contraria objetivamente a lei de Deus. Portanto, não podem
ter acesso à comunhão eucarística enquanto perdurar essa situação”
(Catecismo, 1650). Esses cristãos, no entanto, mesmo não tendo acesso
aos sacramentos, não devem se considerar separados da Igreja, “pois,
como batizados, podem e devem participar da vida dela” (cf. Catecismo,
1651).
“A atitude corporal (gestos e roupas) há
de traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste momento em que
Cristo se torna nosso hóspede” (Catecismo, 1387).
Outro conselho de grande valor é
chegarmos à Santa Missa com alguns minutos de antecedência, para
depositarmos aos pés de Nosso Senhor as nossas intenções e preocupações,
e, assim, estar mais atentos e participar com maior fruto da Liturgia
da Palavra e da Liturgia Eucarística. Após a comunhão, é importante
também termos um tempo de ação de graças, para agradecermos a Jesus por
Seu Corpo e Sangue, que recebemos, e por todas as graças que nos são
dadas por meio dessa comunhão. A cada Eucaristia, Jesus vem habitar em nós para nos santificar, curar e salvar. Temos, pois, muito para agradecer cada vez que O recebemos.
Não existe sobre a terra momento mais
intenso de comunhão com Jesus do que quando recebemos Seu Corpo e Seu
Sangue. Por isso, cada vez que vamos participar da Santa Missa, queremos
nos preparar para esse encontro com Cristo, para que Ele nos conduza a
uma amizade cada vez mais íntima e intensa com Ele. O nosso amor por
Jesus e a observância de tudo aquilo que o Magistério da Igreja nos pede
será sempre a melhor maneira de nos prepararmos para receber Cristo com
dignidade. Procuremos, pois, fortalecer, cada vez mais, os
nossos laços de amizade com Jesus, pois é Ele quem nos conduz com
alegria em meio às muitas provações da nossa vida.
A
Renovação Carismática Católica no estado de Santa Catarina celebrou a
Solenidade de Pentecostes conservando a unidade do Espírito, promovendo o
encontro pessoal com Jesus e convidando todo o povo a viver uma
experiência de batismo no Espírito Santo.
Em seis das dez dioceses do estado, foram organizados encontros, em
instância diocesana, que, sem dúvidas, marcaram um tempo novo para os
carismáticos e Grupos de Oração. Nas outras quatro dioceses, aconteceram
mais de um encontro, em lugares diversos, em instâncias paroquiais e de
Grupos de Oração.
Os eventos, que celebraram a descida do Espírito Santo, contaram com
cronogramas repletos de animação, pregação e oração, e atingiu, assim, o
objetivo de fortalecer a espiritualidade e comprometimento dos membros
do Movimento, bem como promover a unidade com os demais movimentos e
pastorais das dioceses.
“É um momento propício para reunirmos todas as pessoas que participam
de Grupo de Oração e dos encontros organizados pela RCC. Celebrar
Pentecostes é ter um encontro pessoal com a presença do Espírito Santo”,
partilhou a coordenadora da RCC em Criciúma, Luciana Neves.
Sendo uma data tão especial, o domingo de Pentecostes, 8 de junho, foi o dia escolhido para celebrar, também outras vitórias.
Na Diocese de Criciúma, católicos de toda região se reuniram no terreno
onde será construída a Casa Cordeiro de Deus, sede da RCC, em Içara. A
abertura oficial foi realizada pelo bispo Dom Jacinto Inácio Flach, que
realizou a benção da cruz do local e a Santa Missa, juntamente do
assessor espiritual do movimento, padre Claudio Peters.
A Diocese de Joinville celebrou em clima de muita festa. Foi a 3º
edição do evento diocesano, que, desde o sábado, 26 de maio, teve sua
inclusão no calendário oficial do município de Joinville como “Louvor de
Pentecostes”, com a Lei 7695/2014.
Em Chapecó, no município de Xaxim, o coordenador diocesano da RCC,
Edinei Roman, partilhou: “Estamos em um período de crescimento, por
isso, esperávamos muito deste retiro, para fixar este marco”. O chão do
Ginásio São Francisco de Assis, onde ocorreu o Congresso de Pentecostes,
realizado nos dias 07 e 08, foi forrado com um tecido vermelho, cor
própria da época de Pentecostes, simbolizando o próprio Espírito Santo.
“Deus prometeu que quem colocasse o pé aqui seria transformado pelo Seu
Espírito, por isso este pano vermelho. Este encontro foi um recomeço,
chegar aqui com medo e ser impulsionado pelo Espírito Santo”, concluiu
Edinei.
Os
carismáticos católicos estavam unidos, desejosos pelo derramamento do
Espírito Santo de Deus, de tal maneira que, tendo incendiado o coração
dos que lá estavam, foram inspirados a darem testemunho de Jesus, da Sua
vida, Seu evangelho a todas as nações.
Deus é fiel e cumpre Suas promessas. O Consolador, o Espírito Santo,
vem em auxílio às necessidades vividas e vai moldando-nos a fazer a
vontade do Senhor. Nas Bodas de Caná, quando vem a faltar o vinho, Maria
convida os servos a dirigirem-se a Jesus e dá-lhes uma indicação
preciosa: "Fazei o que ele vos disser". Assim também, nós confiantes na
intercessão de Nossa Senhora, façamos tudo o que Ele nos disser, por
meio da ação do Seu Santo Espírito, e vivamos um constante Pentecostes.
Já vai muito longe o tempo em que os pais
arranjavam os casamentos para os seus filhos. Se você quer encontrar
alguém terá que procurá-lo. Normalmente, é no próprio ciclo de amizades e
ambiente de convívio que os namoros começam. Sabemos que o ambiente
molda, de certa forma, a pessoa; logo, você deverá procurar alguém
naquele ambiente que há os valores que você preza. Se você é cristão,
então, procure entre famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de
jovens, entre outros, a pessoa que você procura.
O namoro começa com uma amizade, que pode
ser um pré-namoro que vai evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro,
só porque você ficou “fisgado” pelo outro. Não vá com muita sede ao
pote, porque você pode quebrá-lo. Sinta primeiro, por intermédio de uma
pura amizade, quem é a pessoa que está à sua frente. Talvez já nesse
primeiro relacionamento amigo você saberá que não é com essa pessoa que
você deverá namorar. É o primeiro filtro, cuja grande vantagem é não ter
ainda qualquer compromisso com o outro, a não ser de amigos.
Nem sempre será fácil para você começar e
terminar um namoro. Especialmente hoje, com a maior abertura do país,
logo as famílias são também envolvidas, e isso faz o namoro se tornar
mais compromissado. Se você não explorar bem o aspecto saudável da
amizade, pode ser que o seu namoro venha a terminar rapidamente porque
você logo se decepcionou com o outro. Isso poderia ter sido evitado se,
antes, vocês tivessem sido bons amigos. Não são poucas as vezes em que o
término de um namoro envolve também os pais dos casais, e isso nem
sempre é fácil de ser harmonizado.
O namoro é o encontro de duas pessoas,
naquilo que elas são e não naquilo que elas possuem. Se você quiser
conquistar um rapaz só por causa da sua beleza ou do seu dinheiro, pode
ser que amanhã você não se satisfaça mais só com isso. Às vezes uma
pessoa simpática, bem humorada, feliz supera muitos que oferecem mais
beleza e perfeição física que ela.
Infelizmente, a nossa sociedade troca a
“cultura da alma” pela “cultura do corpo”. A prova disso é que nunca as
cidades estiveram tãorepletas de academias de ginástica, salões de
beleza, cosméticos, cirurgias plásticas, etc., como hoje. Investe-se ao
máximo naquilo que é a dimensão mais inferior do ser humano – embora
importante – o corpo. É claro que todas as moças querem namorar um rapaz
bonito, e também o mesmo vale para os jovens, mas nunca se esqueça de
que o mais importante é “invisível aos olhos”.
O que é visível desaparece um dia,
inexoravelmente ficará velho com o passar do tempo. Aquilo que você não
vê: o caráter da pessoa, a sua simpatia que se mostra sempre atrás de um
sorriso fácil e gratuito, o seu bom coração, a sua tolerância com os
erros dos outros, as suas boas atitudes, etc., isso tudo não passará,
isso o tempo não poderá destruir. É o que vale.
Se você comprar uma pedra preciosa só por
causa do seu brilho, talvez você compre uma “joia” falsa. É preciso que
você conheça a sua constituição e o seu peso. O povo diz muito bem que
“nem tudo que reluz é ouro”. Se você se frustra no plano físico, poderá
ainda se realizar nos planos superiores da vida: o sensível, o racional e
o espiritual. Mas, se você se frustrar nos níveis superiores, não
haverá compensação no nível físico, porque ele é o inferior, o mais
baixo.
A sua felicidade não está na cor da pele,
no tipo do seu cabelo e na altura do seu corpo, mas na grandeza da sua
alma. Você já reparou quantos belos e belas artistas terminam de maneira
trágica a vida? Nem a fama mundial, nem o dinheiro em abundância, nem
os “amores” mil, foram suficientes para fazê-los felizes. Faltou
cultivar o que é essencial; aquilo que é invisível aos olhos. Tenho
visto muitas garotas frustradas porque não têm aquele corpinho de
manequim, ou aquele cabelo das moças que fazem as propagandas dos
“Shampoos”; mas isto não é o mais importante, porque acaba.
A vida é curta – mesmo que você jovem não
perceba – e, por isso, não podemos gasta-la com aquilo que acaba com o
tempo. Os homens de todos os tempos sempre quiseram construir obras que
vencessem os séculos. Ainda hoje você pode ver as pirâmides de 4000 anos
do Egito, o Coliseu romano de 2000 anos, e tantas obras fantásticas.
Mas a obra mais linda e mais duradoura é aquela que se constrói na alma,
porque esta é imortal. Portanto, ao escolher o namorado, não se prenda
nas aparências físicas, mas desça até as profundezas da sua alma. Busque
lá os seus valores.
A Igreja celebra no próximo domingo
(08), a grande festa de Pentecostes, que marca o derramamento do
Espírito Santo sobre os apóstolos que estavam reunidos no Cenáculo. Mas,
se Jesus é nosso Salvador, por que precisou ser também enviado o
Espírito Santo?
“Ajuda-nos o papa Leão XIII, quando diz: “A missão divina que Jesus
Cristo recebeu do Pai e cumpriu com toda fidelidade em bem do gênero
humano, tem por fim derradeiro a beatitude dos homens na eterna glória, e
por finalidade próxima, no decurso da vida presente, a posse e
conservação da vida da graça divina, a desabrochar um dia nos encantos
da vida celeste. (...) Não quis Ele, todavia, por motivos
imperscrutáveis, levar a cabo pessoalmente esta obra sobre a terra,
senão que por sua vez delegou ao Espírito Santo a realização definitiva
da incumbência recebida do Pai” (Dinum Illud Munus, 1 e 2).
Completar a obra de Cristo: eis em síntese a razão última pela
qual deveria também o Espírito vir em missão entre nós. Ou seja,
dedicar-se a buscar com a pessoa do Espírito Santo um relacionamento
tanto quanto nos é possível, hoje – após Pentecostes –, não é um mero
devocionismo, dispensável e opcional – mas constitui a essência
fundamental de toda a nossa fé cristã, uma vez que somente o Espírito
Santo “nos revela Jesus”, “convence-nos do pecado”, “nos dá testemunho
de Jesus”, “capacita-nos a testemunhá-Lo”, e “nos recorda tudo o que Ele
disse”... (cf Jo 14;15;16; At 1).
(...) É apropriado, pois, dizer que, enquanto missão divina atual, é o
Espírito Santo quem está, neste momento, “entrando incessantemente na
história do mundo através do coração do homem”, levando à plenitude a
salvação realizada pelo Senhor.
Convinha “que Jesus se fosse” (cf. Jo 16,7). Convinha que Ele – o
Espírito –, viesse. Convém, pois, compreender melhor, esperar, celebrar e
regozijar-se com a Trindade, na festa de Pentecostes... Pois ninguém
vai ao Pai se não for por Jesus (cf. Jo 14,6); e “para estar em contato
com Cristo é preciso primeiro ter sido tocado pelo Espírito Santo”
(Catecismo da Igreja Católica, nº 683)” (Trecho retirado do livro
Celebrando Pentecostes: Projeto de Avivamento da Espiritualidade de
Pentecostes, de Reinaldo Beserra. Disponível na Editora RCCBRASIL).
Na certeza da necessária experiência profunda com o Espírito Santo, a
presidente do Conselho Nacional, Katia Zavaris, junto com uma das
pioneiras da RCC no mundo, Patti Mansfield, deixam uma mensagem a todos
os carismáticos do Brasil para a Festa de Pentecostes:
A Renovação Carismática Católica
exultou de alegria neste domingo (1º de junho) pelo histórico encontro
do Movimento com o Papa Francisco. O Pontífice esteve presente na 37ª
Convocação da Renovação na Itália. O encontro continua acontecendo até
esta segunda-feira, no Estádio Olímpico em Roma.
Ao chegar, o Papa Francisco foi recebido por uma multidão de fieis
carismáticos vinda de mais de 50 países. O presidente da RCC italiana,
Salvatore Martinez, deu as boas vindas ao Santo Padre dizendo que o
estádio não é palco de um jogo de futebol, mas há sempre uma equipe a
dos discípulos de Jesus, cujo técnico é o Espírito Santo e o capitão, o
Papa. “A estratégia de jogo é maravilhosa! Colocando em campo a fé, a
vitória de Jesus está garantida”, disse.
Alguns representantes de sacerdotes, jovens, famílias e enfermos
deixaram seu testemunho intercalados pelas palavras do Santo Padre, que
finalizou o momento com uma oração. Seguindo as atividades, o Papa
Francisco deu início ao seu pronunciamento, o qual se lê na íntegra.
Palavras do Papa aos sacerdotes:
Para vós sacerdotes, eu posso dizer uma palavra de proximidade. A
proximidade com Jesus Cristo na oração e adoração. Perto do Senhor, e
proximidade com o povo, o povo de Deus, que foi confiado a vocês. Amem o
seu povo, estejam perto das pessoas. Isto é o que eu lhes peço, essa
dupla aproximação: proximidade com Jesus e proximidade com o povo.
Palavras do Papa aos jovens:
Seria triste que um jovem guardasse em um cofre em sua juventude: de
modo que a juventude se torne velha, no pior sentido da palavra;
torna-se um pedaço de pano; não serve para nada. A juventude é para
arriscar: arriscar bem, arriscar com esperança. É para apostar em
grandes coisas. A juventude é para doar-se, para que os outros conheçam o
Senhor. Não poupe para você sua juventude: Vá em frente!
Palavras do Papa às famílias:
As famílias são a Igreja doméstica , onde Jesus cresce, cresce o amor
dos cônjuges, cresce na vida dos filhos. E é por isso que inimigo ataca
tanto a família: o diabo não quer isso! Ele tenta destruí-la, procura
garantir que o amor não está lá. As famílias são a igreja doméstica. A
noiva e o noivo são pecadores como todos os outros, mas eles querem ir
em frente com fé, na sua fertilidade, nos filhos e na fé de seus filhos.
Que o Senhor abençoe a família, em vista da forte crise que esta passa
na qual o diabo quer destruí-la.
Palavras do Papa para os enfermos:
Os irmãos e irmãs que sofrem, que têm uma doença, que são deficientes,
são irmãos e irmãs ungidos pelo sofrimento de Jesus Cristo, imitando
Jesus no momento difícil da sua cruz, sua vida. Esta unção do sofrimento
eles levam adiante por toda a Igreja. Obrigado, irmãos e irmãs; muito
obrigado pelo vosso aceitar ser ungido pelo sofrimento. Muito obrigado
pela esperança que vocês testemunham, esta esperança que nos leva para
frente buscando o carinho de Jesus.
Palavras sobre os idosos
Eu disse para o Salvatore que, talvez, faltasse alguém, talvez o mais
importante: os avós! Faltam os idosos, e esses são a segurança da nossa
fé, o "velho”. Vejam, quando Maria e José levaram Jesus ao templo, havia
dois; e quatro vezes, senão cinco - não me recordo bem – o Evangelho
diz que "eles foram guiados pelo Espírito Santo". Maria e José dizem que
foram conduzidos pela lei. Os jovens precisam cumprir a lei, os idosos -
como um bom vinho - eles têm a liberdade do Espírito Santo. E assim
este Simeão, que era corajoso, inventou uma "liturgia", e louva a Deus,
louvava... E foi o Espírito que o levou a fazer isso. Os anciãos! Eles
são a nossa sabedoria, são a sabedoria da Igreja; idosos que muitas
vezes descartamos, avós, os anciãos... E aquela anciã, Ana, fez uma
coisa extraordinária na Igreja: ela santificou a fofoca! E como ele fez
isso? Por que, em vez de cochichar com alguém, andava de um lado para o
outro dizendo [a respeito de Jesus]: "É este, este é que vai nos
salvar". E isso é uma coisa boa. Avós e avôs são a nossa força e nossa
sabedoria. Que o Senhor nos dê sempre anciãos sábios! Idosos que nos dão
a memória do nosso povo, a memória da Igreja. E nós também devemos
dar-lhes o que diz na Carta aos Hebreus: um sentimento de alegria. Diz
que os idosos, esses, saudaram de longe a promessa: que estes nos
ensinam.
A oração do Papa:
Senhor, olhe para o teu povo à espera do Espírito Santo. Olhe para os
jovens, olhe para as famílias, olhe as crianças, olhe para os doentes,
olhe para os sacerdotes, as pessoas consagradas, religiosas, bispos,
olhe para nós, olhe para todos. E dai-nos aquela santa embriaguez,
aquela do Espírito, aquela que nos faz falar todas as línguas, as
línguas de amor, sempre perto dos irmãos e irmãs que precisam de nós.
Ensina-nos a não lutar entre nós para ter mais um pedaço de poder;
ensina-nos a ser humildes, ensina-nos a amar mais à Igreja do que o
nosso partido, que nossas “brigas” internas; Ensina-nos a ter um coração
aberto para receber o Espírito. Enviai, Senhor, o vosso Espírito sobre
nós! Amém.
Discurso do Papa Francisco à Renovação Carismática Católica
Queridos irmãos e irmãs!
Muito obrigado pela vossa acolhida. Certamente alguém falou para os
organizadores que eu realmente gosto dessa música, "Vive o Senhor
Jesus”... Quando eu celebrava na catedral de Buenos Aires a Missa com a
Renovação Carismática, após a consagração e depois de alguns segundos de
adoração em línguas, cantávamos esta canção com tanta alegria e com
tanta força, como vocês fizeram hoje. Obrigado! Senti-me em casa!
Agradeço a Renovação no Espírito, o ICCRS e a Fraternidade Católica por
este encontro com vocês, que me dá tanta alegria. Agradeço também a
presença dos primeiros que tiveram uma forte experiência do poder do
Espírito Santo; Creio que a Patty esteja aqui... Vocês, Renovação
Carismática, receberam um grande dom do Senhor. Vocês nasceram de um
desejo do Espírito Santo como "uma corrente de graça na Igreja e para a
Igreja”. Esta é a sua definição: a corrente de graça.
O primeiro dom do Espírito Santo, o que é? O dom de si mesmo, que é
amor e faz você se apaixonar por Jesus, é este amor de mudança de vida.
Por esta razão, diz-se "nascer de novo para a vida no Espírito", como
Jesus disse a Nicodemos. Vocês já receberam o grande dom da diversidade
dos carismas, a diversidade que leva à harmonia do Espírito Santo, ao
serviço da Igreja.
Quando eu penso em vocês, carismáticos, vem a mim a mesma imagem da
Igreja, mas de uma maneira especial: como uma grande orquestra, onde
cada instrumento é diferente e até mesmo as vozes são diferentes, mas
todos são necessários para a harmonia da música, como São Paulo nos diz
no capítulo 12 da Primeira Carta aos Coríntios. Assim, como em uma
orquestra, ninguém na Renovação pode pensar em ser mais importante ou
maior que o outro, por favor! Porque quando alguém pensa que é mais
importante do que o outro ou maior que o outro, começou a praga! Ninguém
pode dizer: "Eu sou o chefe”. Vocês, como toda a Igreja, vocês têm
apenas uma cabeça, um só Senhor: o Senhor Jesus. Repita comigo: quem é a
cabeça da Renovação? O Senhor Jesus! Quem é o chefe da Renovação? [A
multidão] o Senhor Jesus! E podemos dizer isso com o poder que nos dá o
Espírito Santo, porque ninguém pode dizer “Jesus é o Senhor", sem o
Espírito Santo.
Como vocês devem saber – porque saiu nas notícias - nos primeiros anos
da Renovação Carismática, em Buenos Aires, eu não gostava muito dos
carismáticos. E eu disse-lhes: “Eles se parecem com uma escola de
samba”. Eu não partilhava da sua maneira de rezar e tantas coisas novas
que estavam acontecendo na Igreja. Depois disso, eu comecei a
conhecê-los e eu finalmente entendi bem que a Renovação Carismática é a
Igreja. E essa história, que vai desde “escola de samba” adiante,
termina de uma forma especial: alguns meses antes de participar no
Conclave, fui nomeado assessor espiritual da Conferência Episcopal da
Renovação Carismática na Argentina.
A Renovação Carismática é uma grande força a serviço do Evangelho, na
alegria do Espírito Santo. Vocês receberam o Espírito Santo que vos
constituiu descobrir o amor de Deus por todos os seus filhos e o amor
pela Palavra. Nos primeiros tempos, contam que vocês carismáticos
portavam sempre a Bíblia, o Novo Testamento... Vocês podem fazer isso de
novo hoje? [A multidão] Sim! Eu não tenho tanta certeza! Se não voltar a
este primeiro amor, levando sempre em seu bolso, bolsa, a Palavra de
Deus! E ler um pouco... Sempre com a Palavra de Deus!
Você, o povo de Deus, o povo da Renovação Carismática, tenham cuidado
para não perder a liberdade que o Espírito Santo nos deu! O perigo para a
Renovação, como se costuma dizer, o nosso querido Pe. Raniero
Cantalamessa, é a organização excessiva: o perigo de organização
excessiva. Sim, vocês precisam de organização, mas não percam a graça de
deixar Deus ser Deus! "No entanto, não há maior liberdade do que
deixar-se liderar pelo Espírito, renunciando calcular e controlar tudo, e
permitir que Ele nos ilumine, guie-nos; guiar-nos, mover-nos aonde Ele
quer. Ele sabe o que é necessário em todas as épocas e em todos os
momentos. Isso é chamado a ser misteriosamente fecundo" (ibid., n.
Gaudium Evangelii, 280).
Outro perigo é tornarem-se "controladores" da graça de Deus. Muitas
vezes, os coordenadores (eu gosto mais da denominação "servos") de algum
grupo ou algumas comunidades tornam-se, talvez inconscientemente, os
administradores da graça, decidindo quem pode receber o derramamento de
oração ou batismo no Espírito, e aqueles que não podem. Se alguns fazem
isso, por favor, não façam mais, não façam mais isso! Vocês são
dispensadores da graça de Deus e não controladores! Não sejam alfândega
ao Espírito Santo!
No documento de Malines, vocês têm um guia, um percurso seguro para a
estrada certa. O primeiro documento é o seguinte: Orientação teológica e
pastoral. O segundo é: Renovação Carismática e Ecumenismo, escrito pelo
Cardeal Suenens, o grande protagonista do Concílio Vaticano II. O
terceiro é: Renovação Carismática e serviço ao homem, escrito pelo
Cardeal Suenens e Bispo Dom Helder Câmara. Este é vosso percurso: a
evangelização, o ecumenismo espiritual, cuidado com os pobres e
necessitados e o acolhimento dos marginalizados. E tudo isso com base na
adoração! O fundamento da Renovação é adorar a Deus!
Eles me pediram para dizer à Renovação o que o Papa espera de vocês. A
primeira coisa é a conversão ao amor de Jesus que transforma vidas e faz
do cristão uma testemunha do amor de Deus. A Igreja espera que este
testemunho de vida cristã e do Espírito Santo nos ajude a viver a
coerência do Evangelho para nossa santidade. Espero que vocês
compartilhem com todos na Igreja a graça do Batismo no Espírito Santo
(uma expressão que pode ser lids nos Atos dos Apóstolos).
Espero de vocês uma evangelização com a Palavra de Deus que anuncia que
Jesus está vivo e ama todas as pessoas. Que vocês deem um testemunho de
ecumenismo espiritual com todos os irmãos e irmãs de outras Igrejas e
comunidades cristãs que creem em Jesus como Senhor e Salvador. Que vocês
permaneçam unidos no amor que o Senhor Jesus pede a todos os homens e
na oração do Espírito Santo para chegar a esta unidade, que é necessária
para a evangelização, em nome de Jesus. Lembre-se de que a “Renovação
Carismática é por sua própria natureza ecumênica... A Renovação Católica
se alegra por aquilo que o Espírito Santo realiza em outras Igrejas” (1
Malines 5,3).
Aproximem-se dos pobres, dos necessitados, para tocar em sua carne, a
carne ferida de Jesus. Aproximem-se, por favor! Procurem a unidade da
Renovação, porque a unidade vem do Espírito Santo e nasceu da Trindade. A
divisão, de quem vem? Do demônio! A divisão vem do demônio. Fujam da
luta interna, por favor! Entre vocês não exista isso!
Quero agradecer ao ICCRS e à Fraternidade Católica, os dois corpos de
direito pontifício do Conselho Pontifício para os Leigos para servir a
Renovação mundial, ocupado a preparar o encontro mundial de padres e
bispos, a ser realizado em junho do próximo ano. Eu sei que eles também
decidiram compartilhar o escritório e trabalhar em conjunto, como um
sinal de unidade e gerir melhor os seus recursos. Estou muito
satisfeito. Eu também quero agradecer-lhes, porque eles já estão
organizando o Grande Jubileu de 2017.
Irmãos e irmãs, lembrem-se: adorar a Deus, o Senhor: este é o
fundamento! Procurem santidade adorando a Deus na nova vida do Espírito
Santo. Sejam dispensadores da graça de Deus, evitando o perigo de
organização excessiva.
Saiam às ruas para evangelizar, anunciando o Evangelho. Lembrem-se de
que a Igreja nasceu em "saída" naquela manhã de Pentecostes.
Aproximem-se dos pobres e toquem em sua carne, na carne ferida de Jesus.
Deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo, com essa liberdade; e, por
favor, não enjaulem o Espírito Santo! Dê liberdade! Procurem a unidade
da Renovação, a unidade que vem da Trindade! E espero todos vocês,
carismáticos do mundo, para celebrar, juntamente com o Papa, vosso
grande Jubileu no dia de Pentecostes, em 2017, na Praça de São Pedro!
Obrigado!
Depender de Deus não significa suprimir a liberdade humana
Os cristãos não acreditam em destino no sentido de fatalidade, pois creem que Deus os criou livres e inteligentes, responsáveis por seus atos. Os
cristãos creem em destino no sentido de vocação para o amor, à qual
Deus os chama e os conduz com sua Providência. Seu destino é chegar
livremente à perfeição última, que é participar do amor de Deus.
1.O pensamento cristão é
contrário à crença em uma força cega que conduza o homem para um
determinado fim. Deus criou o homem inteligente e livre, portanto,
responsável pelos seus atos. Sendo assim, o cristão não deve acreditar
em destino, que, no sentido de fatalidade, é um conceito mitológico
pagão. A mitologia grega chamava o Destino de
‘Moira’. Ela era a própria condição constitutiva dos diferentes deuses
dessa mitologia. Ou seja, a Moira atribuía aos deuses seus campos de
ação, suas honras e privilégios. Assim, a Moira exerceria sua ação sobre
os seres diante da impossibilidade de cada ser ultrapassar seus
limites. Nesse sentido, seus decretos eram imutáveis. Essa representação é anterior ao
cristianismo e difunde a ideia de que por trás dos acontecimentos da
vida possa existir algo de inevitável, de fatal, que ultrapasse a
liberdade do homem. Como se certos eventos e fatos já tivessem sido escritos previamente, sem nunca poderem ser mudados. Mas o pensamento cristão nega que o
mundo e os acontecimentos da vida sejam produto de uma força obscura –
ora benéfica, ora maléfica – que se impõe sobre os seres humanos. Para
os cristãos, Deus criou o mundo segundo sua bondade e sabedoria; e quis
fazer as criaturas, de acordo com suas capacidades, participarem de seu
ser e de sua bondade (CIC, n. 295).
2.Dotado de inteligência e
liberdade, o homem deve se responsabilizar por suas escolhas e atitudes.
Assim, ele não pode creditar na conta do destino as consequências de
suas próprias ações. Deus não apenas cria o mundo e dá aos
homens e às mulheres o existir. Ele também lhes concede a capacidade de
contribuir em sua obra, ou seja, de participar do aperfeiçoamento e da
harmonização do mundo. Ele dá aos seres humanos, dotados de inteligência
e vontade, a dignidade de agir por eles mesmos, com liberdade. O pensamento cristão confere tal valor à liberdade do
homem que afirma que ela é um “sinal eminente da imagem de Deus” (CIC,
n. 1705). Portanto, se o ser humano é livre para agir segundo sua
inteligência, como ele poderia estar preso a decretos preestabelecidos
sobre acontecimentos inevitáveis em sua vida? Assim, o homem é sempre
responsável por suas atitudes, ou seja, deve responder perante a
comunidade humana e perante Deus por seus atos.
3. Ao invés de acreditar em
destino, os cristãos creem na Providência Divina. O homem foi criado em
estado de caminhada para uma perfeição última a ser ainda atingida,
junto de Deus. Assim, a Providência Divina são as disposições pelas
quais Deus conduz sua criação para esta perfeição. A perfeição final à qual o ser humano
está chamado, na vida eterna, consiste em participar da plenitude do
amor que é Deus (CIC, 221). Essa comunhão com Deus supera a compreensão e
a imaginação. A Bíblia fala desse estado em imagens: Paraíso, Jerusalém
celeste, casa do Pai, felicidade, luz, vida, paz (CIC, 1027). Mas aqui na vida terrena, os homens e as
mulheres foram criados em estado de caminhada rumo a essa perfeição
última. Nesse caminho, Deus não abandona o ser humano à sua própria
sorte. Ele o sustenta, prestando seu auxílio na condução da vida. Essa relação expressa a dependência do
homem de seu Criador. Reconhecer essa dependência em nada significa
colocar em cheque a liberdade humana ou falar em destino como
fatalidade. Trata-se de um ato de humildade, fonte de sabedoria e
liberdade, alegria e confiança (CIC 301). Portanto, o modo de conduzir suas
criaturas com sabedoria e amor – tendo em vista a meta da perfeição
última junto de Deus – é o que se chama de Providência Divina. Neste sentido, os cristãos acreditam que seu destino é
acolher a este convite a viver a felicidade perfeita com Deus,
respondendo todos os dias ao seu amor. Como indicava Santo Inácio de
Loyola: rezar como se tudo dependesse de Deus, mas agir como se tudo
dependesse de você. Em outras palavras, os cristãos são mais livres para
agir quando se confiam à Providência Divina. Nela os cristãos acreditam
e podem sempre confiar. Referências:
Fonte: Aleteia e CIC (Catecismo da
Igreja Católica); o livro “Católicos Perguntam”, de D. Estêvão
Bettencourt, OSB (Ed. O Mensageiro de Santo Antonio, São Paulo, 1997); o
livro “Teogonia – A origem dos deuses”, de Hesíodo (Ed. Iluminuras, São
Paulo, 1991, com estudo de Jaa Torrano).
Há um certo tempo atrás, duas notícias
tornaram-se alarmantes ao trazerem à tona a realidade existencial de
milhões de adolescentes e jovens. Uma jovem se suicida no Piauí quando
tem um vídeo privado divulgado e difundido entre celulares; o outro fato
é o suicídio de uma jovem mexicana. O que há em comum é que ambas
jovens anunciaram suas mortes em redes sociais, onde receberam centenas
de curtidas e comentários. A pergunta é: por que tal ação? O que leva jovens ao suicídio? Segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS), o suicídio juvenil é a terceira causa de morte entre pessoas de
15 a 44 anos e o suicídio anunciado por meio das redes sociais tem
crescido em muitos países. Hoje o dia-a-dia das pessoas exige uma
velocidade muito maior do que há anos atrás. Os relacionamentos
presenciais foram sendo substituídos pelos virtuais, desencadeando um
afastamento do mundo real. A era da informação e da tecnologia está
lançada! O íntimo, que não era para
ser exposto, mas sim preservado, pois é uma instância de segredo, de
ser “dono de si mesmo”, está sendo substituído por uma compulsão pela
exposição de si nas revistas e nas redes sociais. Na maioria das vezes
essa hiperexposição é o sintoma da angústia do vazio. É indiscutível o papel desempenhado
pelas redes sociais no âmbito da vida privada, social, política,
comunicacional e profissional. Elas favorecem a interação entre as
pessoas. Dão visibilidade, facilitam a comunicação, o reencontro,
eliminam as extensões territoriais; além de ter um poder ainda
incalculável de convocação e mobilização. As mudanças provocadas pelas
redes sociais não são para o futuro, pois elas são presente e intervêm
significativamente no comportamento das pessoas. A inclusão e a
participação nas redes sociais dá a sensação de ter muitos amigos, de
estar antenado e conectado aos acontecimentos com uma participação
efetiva e eficiente. Tudo isso é uma verdade em termos, pois
essas conexões e realidades são raseiras e instáveis, os relacionamentos
superficiais e temporários e os vínculos momentâneos. Na “vida” das redes sociais a busca de
novidades é o interesse geral. Os comentários que importam são os seus,
enquanto que os dos outros servem para que se possa expressar a opinião
individual. A imagem que os outros têm é essencial e a aceitação também.
Daí a exposição com fotos, informações de viagens, atividades, emoções e
sentimentos. É a sensação de ser querido e bem aceito pelas curtidas e
comentários na foto escolhida a dedo dentre as infinidades de álbuns. Há
uma disputa de quem aparenta levar uma vida mais bacana, mais
interessante e mais feliz. Quando se posta uma foto, a pessoa revela um fragmento daquilo que se deseja que os outros definam e aceitem. Cada um busca ser mais brilhante, interessante e atraente do que o outro. Nesta
empreitada muitos são os seguidores e “amigos”, mas os usuários mais
sensatos sabem que são poucos aqueles com os quais se podem contar. O
resultado de tudo isso é frustração, solidão e incapacidade de lidar com
seus próprios sentimentos. O nível de suicídio entre os jovens
revela que não se está preparado para lidar com as frustrações em meio
ao narcisismo da cultura e da mentalidade de que somos sempre o centro
do universo e da realidade. A pobreza da vida interior presente
no coração das pessoas não encontrará a solução por meio da tecnologia e
da posse de bens materiais. A solidão no século 21 bate à porta de
inúmeras pessoas cercadas de “amigos” virtuais. Ao mesmo tempo que os
comentários em um post estimulam, são eles também capazes de levar a
pessoa à frustração e à necessidade de exposição sem limites, a fim de
encontrar nos milhares de usuários virtuais a aceitação que nem a
própria pessoa tem dela. Gera-se a angústia, a ansiedade, as
frustrações, invejas, raivas, alegrias e curiosidades pelos feedbacks. Neste emaranhado de relações nas redes
sociais deve-se ir além das superficialidades que elas podem oferecer.
As relações virtuais e superficiais não podem ser capazes de substituir
as reais. O imediatismo do contato pela rede não ultrapassa a grandeza
de cada dia reconhecer no outro suas riquezas, tesouros e dons, de forma
pessoal. O verdadeiro tesouro dos relacionamentos não está na
quantidade, mas o quanto fundo se vai, lançando mutuamente na relação o
seu eu na verdadeira recíproca do descobrir e desvelar no rosto do outro
um amigo e uma amiga.