Agora basta, Senhor! Tira a minha vida
pois não sou melhor que meus pais"
1Rs 19, 4
A o longo de nossa caminhada, a momentos em que samos fortemente tentados a jogar-nos-debaixo de uma árvore frondosa e deixar que o mundo se dane.
Queimadas as reservas da energia e esvaziado o depósito da paciência, parece-nos ter chegado a hora de reviver em nossa história pessoal o drama do profeta Elias: "Agora, Senhor, já chega".
Mas , enquanto a fé e a esperança continuarem frequentando nosso coração e brilhando em nosso horizonte, iremos descobrindo que os motivos de nossa corrida terão sentido e validade. A meta pode estar longe, mas é bem visível a olho nu.
Os meios para alcançá-la são mais que suficiente e estão sempre á nossa disposição.
Contudo, será que nossa caminhada para Deus precisa de meios poderosos?
O amor não precisa desses meios: ele é forte por si mesmo, é todo-poderoso por si mesmo e basta a si mesmo.
Um pão assado e um jarro de água pura - este nutriente elementar - é tudo quanto precisamos para a viagem. Basta lembrar que , para nós, eles simbolizam a palavra do evangelho e o sacramento da eucaristia.
Além disso, no fim da linha, há uma verdade que não podemos ignorar: alguém está a nossa espera. Essa certeza, pobre e gloriosa ao mesmo tempo, é a certeza da fé.
Quer dizer que nós não caminhamos rumo ao desconhecido; não caminhamos ao nada eterno; não buscamos uma pátria imaginária ou um reino inexistente. Bem sabemos que vamos aportar nos braços do Pai, no reino do amor e da felicidade.
Tudo isso nos será possível graças ás vitaminas e ás energias contidas no alimento da caminhada: aquele pão e aquele vinho, que são o Corpo e o Sangue do Filho amado de Deus.
Pe Virgílio
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