Era uma quinta-feira ás vésperas da páscoa dos Judeus. O Mestre convocou os seus discípulos para celebrar os rituais prescritos por Moisés reunindo-os no cenáculo de Jerusalém, aquela “sala de cima” que ficaria tão famosa e exaltada por toda a cristandade.
Em meio a refeição, o Senhor Jesus quebra o protocolo, surpreende a todos e sela de uma vez para sempre a sua missão e aliança definitiva.
Tomando um receptáculo com água e uma toalha à cintura, ajoelha-se e lava os pés dos seus amigos, lembrando-nos de que se quisermos subir às alturas de onde Ele veio e voltará, devemos descer às profundezas da humildade, ou quem sabe, da humilhação.
Através de uma ordenança, institui o sacerdócio neo-testamentário e em seguida desvenda o segredo mais profundo e sonhado pelo Pai da eternidade, ou seja, o de salvar do pecado e do maligno a todas as suas criaturas, oferecendo o Seu próprio filho unigênito, sacrificando-o em substituição aos cordeiros imolados das prescrições pascais, tornando-se Ele mesmo o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
Ao anunciar portanto a sua morte eminente e para eternizar esse momento e manter sempre atualizado esse sacrifício suficiente e definitivo, ele institui a Eucaristia, ou seja, sua presença indubitável até a consumação dos séculos sob as aparências do pão e do vinho que, uma vez consagrados, seriam agora o corpo e o sangue do Senhor.
Com toda a dor e angustia dos seus discípulos ao constatarem tudo isso, não perceberam que Jesus estava apenas lhes dizendo: Até breve. Pois, sua ressurreição também estava incluída nos planos do Pai de toda a Glória.
Portanto, nesta quinta-feira santa, nos encontraremos ao redor da mesa do Senhor para revivermos todo esse mistério e novamente ouvi-lo dizer: ATÉ BREVE.
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Dr. Paulo Mazzoni
Psicólogo e Pregador da Renovação Carismática Católica.
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