domingo, 14 de dezembro de 2014

COMO INICIAR UMA VIDA DE ORAÇÃO

Uma das maiores dificuldades de quem faz o 
propósito de iniciar uma vida de oração 
é a perseverança

Começar não é fácil, e persistir na decisão é ainda mais difícil. Todas as decisões na vida 
necessitam de disciplina, caso contrário, estão condenadas ao fracasso. 
Na vida de oração não é diferente. A mesma requer: disciplina, perseverança 
e fidelidade. O primeiro passo é adquirirmos a consciência da importância 
da oração em nossa vida espiritual. Sem uma vida orante, nossa alma desfalece. 
E quando isso ocorre, perdemos-nos, em primeiro lugar, de nós mesmos.
 Em segundo lugar, perdemo-nos de nossos irmãos e irmãs. E em terceiro lugar, de Deus.

Deus permanece fiel ao nosso lado. Nós, contudo
nos afastamos dele e de Sua presença. 

E uma vez afastados, peregrinamos sem rumo. Não sabemos para onde caminhamos 
nem qual a direção correta para os nossos passos. Uma vida de oração fecunda 
nos devolve ao porto seguro de nossa caminhada espiritual: o próprio Deus.
Adquirida essa consciência da importância da oração na vida espiritual, seguimos para 
o segundo passo: a decisão de orarmos. Esse passo é também difícil. No início, vão surgir 
mil e uma coisas mais importantes a serem feitas. A decisão requer coragem 
para avaliar quais são as verdadeiras prioridades para nosso bem estar espiritual. 
Muitas demandas da vida diária, que antes não eram tão importantes, surgiram como 
necessitadas de prioridades urgentes para o momento presente. Diante desses conflitos 
humano-espirituais será preciso parar, olhar com calma a realidade presente e 
decidir o que é mais importante para a alma naquele momento.

Uma vez decididos a dedicar um momento do 
dia à vida de oração, seguimos para o próximo passo: 
a escolha do tempo de oração. 

Para quem nunca cultivou uma vida assim, é preciso prudência e discernimento. 
No momento do impulso, poderão surgir decisões precipitadas. Muitos começam sua vida 
de oração com um hora diária e, depois de 5 dias, estão desesperados e não conseguem ficar 
nem mais um minuto em oração. É preciso equilíbrio quando o assunto é tempo. 
Não adianta começar uma rotina de oração com uma hora se ainda não está acostumado 
a rezar nem vinte e cinco minutos sozinho. Um bom tempo para se reservar
neste primeiro momento, é vinte minutos diários de oração. Antes vinte minutos 
bem rezados que uma hora de eterno desespero.
Comece com vinte minutos diários e, com o tempo, se sentir necessidade, aumente 
gradativamente este período. No entanto, este processo tem de ser realizado com 
muita calma e tranquilidade, respeitando seu ritmo interior e seu progresso espiritual.

 Padre Flávio Sobreiro Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

10 CURIOSIDADES SOBRE O ADVENTO QUE MELHORARÃO O SEU NATAL


 

1. “Advento” é uma palavra de etimologia latina, que significa “vinda”.

2. O Advento é um tempo litúrgico composto pelas quatro semanas que precedem o Natal, como tempo de preparação para o nascimento do Senhor.

3. O Advento tem como cor litúrgica o roxo, que significa penitência e conversão – neste caso, unidas à esperança diante da iminente vinda do Senhor.

4. O Advento é um período privilegiado para os cristãos, já que somos convidados a recordar o passado, viver o presente e preparar o futuro.

5. O Advento é memória do mistério de graça do nascimento de Jesus Cristo. É memória na encarnação. É memória das maravilhas que Deus faz em favor dos homens. É memória da primeira vinda do Senhor. O Advento é história viva.

6. O Advento é um convite a viver o presente da nossa vida cristã e a experimentar e testemunhar a presença de Jesus Cristo entre nós, conosco, por nós. O Advento nos interpela a viver sempre vigiantes, caminhando pelos caminhos do Senhor em justiça e amor. É uma época de presença encarnada do cristão, quem, cada vez que faz o bem, reatualiza a encarnação e o nascimento de Jesus.

7. O Advento prepara e antecipa o futuro. É um convite a preparar a segunda e definitiva vinda de Jesus Cristo, já na majestade da sua glória. Ele virá como Senhor e como juiz. O Advento nos faz proclamar a fé em sua vinda gloriosa e nos ajuda a preparar-nos para ela. Este tempo já é vida futura, é Reino, é escatologia.

8. O Advento e tempo para a revisão da própria vida à luz da vida de Jesus Cristo, à luz das promessas bíblicas e messiânicas. É tempo para o exame de consciência continuado, arrependido e agradecido.

9. O Advento é projeção de vida nova, de conversão permanente, do céu novo e da terra nova, que só são alcançados com o nosso esforço, de cada dia e de cada ato.

10. O Advento é o tempo de Maria de Nazaré, que esperou, que confiou na palavra de Deus, que se deixou invadir por Ele e em quem floresceu e resplandeceu o Salvador do mundo.

ALETEIA.ORG

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

QUE MARAVILHOSO E BELO É O TEMPO DO ADVENTO!


"Ao celebrar anualmente a Liturgia de Advento, a Igreja atualiza esta espera do Messias: participando da longa preparação da Primeira Vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo de sua Segunda Vinda." (CIC §524)

O TEMPO DO ADVENTO começa com as vésperas do domingo mais próximo ao 30 de novembro e termina antes das vésperas do Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação, de expectativa e alegria, em que os fiéis, esperando o Nascimento do Salvador do Mundo, vivem o arrependimento, com penitência (para nos tirar do nosso sonambulismo do pecado e fazer nascer em nós a verdadeira esperança) e promovem a fraternidade e a paz. A palavra advento, do latim Adventus, do verbo advenire, significa vinda, chegada, começo, início, princípio. Os dias que vão de 16 a 24 de dezembro (Novena de Natal) são para nos prepararmos mais especificamente para a grande Festa do Natal do Senhor.
Com o Advento, a Igreja inicia o novo Ano Litúrgico. Esse tempo litúrgico possui dupla característica: é um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a Primeira Vinda do Filho de Deus entre os homens, e também um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da Segunda Vinda do Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa.
O Advento é, portanto, um tempo especial para que façamos uma séria e profunda revisão sobre nossa vida pessoal e também sobre o mundo em que vivemos. É um momento privilegiado para averiguarmos se a Semente de Amor lançada por Jesus Cristo no coração dos homens está nascendo e frutificando.
O Natal é uma celebração que nos transmite profundas verdades de vida. Ao contemplarmos a gruta de Belém, descobrimos o imenso Amor de Deus, – Criador e Todo-Poderoso, Alfa e Ômega, Princípio e Fim de todas as coisas, – que se presta a assumir nossa mísera condição humana e vir ao mundo, sob a frágil forma de uma criança, para nos salvar. É Deus que se humaniza para divinizar o homem.

Celebrar o Natal é descobrir, na pequenez e na pobreza do Presépio, a Grandeza e a Riqueza do Amor divino. É perceber a lição de humildade radical que o Cristo veio nos ensinar. É optar pelo Caminho que Ele veio nos mostrar, Caminho que, em última análise, é Ele próprio. É acolher com total sinceridade e abertura a este Deus – que é, ao mesmo tempo, infinito em grandeza e pequenino; majestoso e tão humilde, – no mais profundo de nossas almas, corações e mentes, juntamente com as verdades que Ele veio nos comunicar, vivendo-as no nosso cotidiano. Isto inevitavelmente nos tornará seres humanos melhores, mais amorosos e um pouco mais plenos a cada dia. É assumir compromisso com os princípios e causas do Evangelho, lutando em defesa da vida, ao lado dos que sofrem, proclamando sem medo as verdades eternas, como fizeram os primeiros cristãos. É ser reflexo de Jesus neste mundo de dores, incompreensões e dificuldades.
Os cristãos devem celebrar o Natal com tal espírito. E é por ser uma comemoração tão importante que se faz necessário que nos preparemos bem; – é esta a finalidade do Tempo do Advento.

A Coroa do Advento


Um dos símbolos do Advento é a Grinalda ou Coroa, que representa o infinito Amor de Deus. Quatro velas são acesas e colocadas num círculo, sendo acesa uma a cada semana do Advento. Elas simbolizam a Luz do Cristo que nasce para iluminar nossas vidas.

O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do Mistério cristão e nos insere no caráter missionário da Vinda de Cristo. Ao serem aprofundados os textos litúrgicos desse tempo, constata-se na história da humanidade o Mistério da Vinda do Senhor Jesus, que de fato se encarna e se torna Presença salvífica na história, confirmando a Promessa e a Aliança feita entre Deus e os homens nos tempos antigos. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15). 
O Advento recorda também o Deus da Revelação. Aquele que É, o mesmo que Era e que Vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação, mas cuja consumação se cumprirá no “Dia do Senhor”, no final dos tempos. Toda a humanidade (consciente ou não), juntamente com a Criação, vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus.
A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o Mistério da salvação e assim termos a Jesus como referência e fundamento, dispondo-nos a “perder” a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.
Deus é fiel às suas Promessas: o Salvador virá. Daí a alegre expectativa, que deve, nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não estamos diante de algo irreal, fictício ou passado; estamos diante de uma realidade concreta e sempre atual. A esperança da Igreja se consumará definitivamente na Parusia (volta) do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é Maranatha!: Vinde, Senhor Jesus!
O tempo do Advento, enfim, é tempo de esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas; esperança na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições e de toda dor, frustração, decepção com este mundo de sofrimento. Sem uma entrega de todo o ser a Cristo não há como viver a alegria e a esperança da expectativa da Sua vinda. É necessário, portanto, que especialmente nesses dias santos “preparemos o caminho do Senhor” em nossas próprias vidas, combatendo incessantemente o pecado e santificando nossas vidas, através da a oração e da imersão na Palavra.


Vem depressa, Senhor, Deus Menino! Vem até nós uma vez mais, vem salvar-nos, nós que temos fome e sede de Justiça!