***********
Desculpe te informar, mas o seu namoro tem tudo pra dar errado.
E quem
afirma isso não sou eu, mas os números: somente 2,6% dos casamentos
duram mais
que 40 anos. Sabe qual a possibilidade que seu casamento
acabe entre 1 e 4 anos? 19%.
A maior parte dos casamentos termina em
menos de 15 anos. Mas falar sobre isso é fácil, difícil é
passar por
isso. Quinze anos de sonhos construídos à dois, sacrifícios e alegrias
compartilhadas
e, principalmente filhos para depois terminar em
pedaços: todos emocionalmente abalados
financeiramente desgastados,
espiritualmente devastados. Este é o resultado da destruição de um lar.
Agora, se o casamento que supostamente é algo levado a sério está desse
jeito, imagine como
andam os namoros, que hoje são tratados como um
passa-tempo para suprir carência e
brincar de papai-e-mamãe sem ser de
fato papai e mamãe?
Quem namora mal, casa mal. Então os números espantosos sobre divórcio
não são frutos do
acaso, mas mostra o despreparo para um casal formar
uma família feliz e por isso revelam que
a raiz do problema está
exatamente no namoro.
Frequentemente escutamos “como está difícil encontrar alguém”. Na
verdade está bem fácil encontrar.
Não só encontrar como ficar e ter
relações sexuais casuais. Já encontrar alguém para formar
uma família que não tenha prazo de validade…
Ficou tão fácil encontrar alguém neste exato momento, que ficou quase impossível ter alguém para
a vida toda.
E o pior de tudo isso é que você está quase que sozinho nesta luta. Ou
você já viu o governo
fazendo campanhas para salvar casamentos? Pela
fidelidade dos esposos ou para ajudar os mais
jovens a se preparar para o
matrimônio? Ou talvez você tenha visto algo na TV neste sentido e
que
ninguém mais viu? Ou seu pai ou sua mãe já te falaram que está tudo bem
casar com 20 anos
porque você já é um adulto com 20 anos? Ou seus amigos
te dão o exemplo de que o namoro
está diretamente ligado ao casamento?
Pode até ser que você faça parte de uma exceção (bem exceção mesmo),
mas a maior parte
de nós foi ensinada a ver o casamento como um anexo ou
um acaso bem tardio, quando já tivermos
e somente se tivermos – uma
casa, carro na garagem, faculdade feita e um cachorrinho no quintal.
Se o casamento é um anexo encaminhado quase que por acidente, o
namoro não poderia ser
outra coisa senão uma brincadeira ou um capricho.
Uma forma de matar nossas carências afetivas e
mostrar para os amigos
que temos alguém.
Vamos ao que interessa. Só tem uma forma de você corrigir isto, seja
para você ou para
os seus filhos e é assim: tirar toda aquela energia
que você usará (um dia) para planejar
a festa de casamento e usar para
planejar o casamento em si. Não me refiro aos tijolos e
cimento que
construirão a sua casa, mas os valores morais que vão construir a força
do seu
coração para amar “até que a morte os separe”.
Este planejamento começa na infância e deve ser dado pelos pais, mas
se isso não aconteceu
há de se recuperar o tempo perdido. Infelizmente
somos moldados para pensar no título da
faculdade como ponto ápice da
nossa vida e da qual depende toda a nossa felicidade.
Lembre-se:
faculdade não é felicidade apesar de soar parecido.
Você pode até sonhar com dois diplomas, mas garanto que seu coração
não sonha
com dois casamentos. Por isso, dê prioridade àquilo que está
além de um diploma e um
contra-cheque. Diploma pode ajudar na profissão,
mas casamento é vocação. Um não é essencial
o outro é. O primeiro pode
fazer parte da vida o outro é a sua vida. Um serve a uma
necessidade
temporal, o outro tem sede do eterno.
Se você deseja construir a sua casa sobre a rocha, comece se preparando da forma certa para
então, ter tudo para dar certo.