sexta-feira, 20 de março de 2015

NOVELAS; O VENENO DAS FAMÍLIAS

Certa vez, um amigo chamado Franz Victor, psicólogo já falecido, disse-me que
 “as novelas fazem uma pregação sistemática de antivalores”. Embora isso já faça 
bastante tempo, eu nunca esqueci essa frase. Meu amigo me disse uma grande verdade.

O mal que as novelas fazem

Enquanto a evangelização procura incutir nas pessoas uma vida de acordo com 
os valores do Evangelho, muitas novelas estragam seus telespectadores
incutindo-lhes antivalores cristãos.
As novelas, em sua maioria, exploram as paixões humanas, muito bem espelhadas 
nos chamados pecados capitais – soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça
e faz delas objeto dos seus enredos, estimulando o erro e o pecado, mas de maneira requintada.
Na maioria delas, vemos a exacerbação do sexo, explora-se descaradamente 
este ponto, desvirtuando o seu sentido e o seu uso. Em muitas cenas, podem ser vistos 
casais não casados vivendo a vida sexual, muitas vezes, de maneira explícita
acintosa e provocante. E isso no horário em que as crianças e os jovens estão na sala. 
Aquilo que um casal casado tem direito de viver na sua intimidade, é colocado a público de maneira despudorada, ferindo os bons costumes e os mandamentos de Deus.
Mas tudo isso é apresentado de uma maneira “inteligente”, com uma requintada 
técnica de imagens, som, música e um forte aparato de belas mulheres e rapazes 
que prendem a atenção dos telespectadores e os transforma em verdadeiros viciados. 
Em muitas famílias, já não se faz nada na hora da novela, nem mesmo se dá atenção 
aos que chegam, aos filhos ou aos pais.
Assim, os valores cristãos vão sendo derrubados um a um: a humildade
o desprendimento, a pureza, a continência, a mansidão, a bondade, o perdão
entre outros, vão sendo jogados por terra, mas de maneira homeopática; de forma que
aos poucos, lentamente, para não chocar, os valores morais vão sendo suprimidos. 
Faz-se apologia ao sexo a qualquer instante e sem compromisso familiar ou conjugal
aprova-se e estimula-se a prática homossexual como se fosse algo natural e legítimo
quando o Catecismo da Igreja Católica (CIC) chama a prática homossexual 
de “depravação grave” (CIC §2357).
O roteiro e o enredo dos dramas das novelas são cuidadosamente escolhidos de modo 
a enfocar os assuntos mais ligados às pessoas e às famílias, mas, infelizmente
 a solução dos problemas é apresentada de maneira nada cristã. 
O adultério é, muitas vezes, incentivado de maneira sofisticada e disfarçada
 buscando-se quase sempre “justificar” um triângulo amoroso ou uma traição.
O telespectador é quase sempre envolvido por uma trama em que um terceiro surge 
na vida de um homem ou de uma mulher casados, que já estão em conflito com seus cônjuges. 
A cena é formada de modo que o telespectador seja levado a desejar que o adultério
 se consuma por causa da “maldade” do cônjuge traído.
Assim, a novela vai envolvendo e “fazendo a cabeça” dos cristãos. A consequência disso 
é que elas passaram a ser a grande formadora dos valores e da mentalidade
da maioria das pessoas, de modo que os comportamentos – antes considerados absurdos
agora já não o são, porque as novelas tornaram o pecado “palatável”. O erro vai 
se transformando em algo comum e perdendo a sua conotação de pecado.
Por outro lado, percebe-se que a novela tira o povo da realidade de sua vida difícil
fazendo-o sonhar diante da telinha. Nela, ele é levado a realizar o sonho que 
na vida real jamais terá condições de realizar: grandes viagens aéreas para 
lugares paradisíacos, casas superluxuosas com todo requinte de comidas
bebidas, carros, jóias, vestidos, luxo de toda sorte; fazendas belíssimas 
onde mulheres e rapazes belíssimos têm disputas entre si.
E esses modelos de vida recheados de falsos valores são incutidos na cabeça das pessoas. 
A consequência trágica disso é que a imoralidade prevalece na sociedade
a família é destruída pelos divórcios, traições e adultérios; muitos filhos são 
abandonados pelos pais, carregando uma carência que pode desembocar na tristeza
na depressão, na bebida e até nas coisas piores. 
A banalização do sexo vai produzindo uma geração de mães e pais solteiros que 
mal assumem os filhos. É a destruição da família.
O melhor que se pode fazer é proibir os filhos de acompanhar essas novelas. 
Contudo, os pais precisam ser inteligentes e saber substituí-las por outras 
atividades atraentes. Não basta suprimir a novela, é preciso colocar algo melhor
 em seu lugar. Essa é uma missão urgente para os pais.

Prof. Felipe Aquino

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