segunda-feira, 20 de julho de 2015

PORQUE A MISSA É TÃO CHATA?

durmiendo en misa

Esta é uma pergunta que os paroquianos costumam fazer aos padres. A grande batalha interior 
daqueles que descobrem, de alguma maneira, a necessidade de manter com o Senhor uma relação 
de amor e de culto é precisamente tentar entender algo que, às vezes, por falta de formação
não compreendem, como é o caso da Missa.

Participar de algo que parece monótono e repetitivo com fidelidade, ou por "mandato divino"
 mas que costuma ser mais forte que sua própria rotina interior, não é fácil para estas pessoas 
que acabam em geral aderindo a seitas evangélicas, onde fazem da pregação e do culto a 
Deus um espetáculo, quase circense.

Para entender a Eucaristia, é preciso conhecer Cristo. Nele, todas as coisas adquirem 
compreensão, sentido, valor e beleza. É muito difícil que alguém que não tenha uma relação 
pessoal com Jesus possa chegar a desfrutar do imenso valor da Eucaristia, que não é senão 
o sacrifício renovado de Cristo, quem se entrega com sua Palavra, seu Corpo e seu Sangue.

Para entender e viver a Eucaristia, é importante dar alguns passos. O primeiro deles é o 
contato permanente com a Bíblia: participe de algum grupo de oração, um grupo bíblico
de reuniões buscando viver a fé comunitariamente, pois a Eucaristia é vivência de comunidade.

Assim, você começará a conhecer o Senhor e o que Ele espera de nós. Centre sua vida em  
Cristo pois Ele ajuda a dar sentido a tudo. Nele, todas as coisas são compreendidas e vividas 
de maneira diferente. Ninguém pode fazer isso por ninguém, porque a relação com Deus 
é sempre personalizada, levada ao âmbito comunitário. Ou você faz isso com disciplina 
e perseverança ou ninguém o fará por você.

Disciplina e perseverança: estas são as palavras-chaves da vida espiritual. Que nossa 
espiritualidade não dependa dos estados emocionais, da vontade, do humor. 
A vida espiritual seria muito pendular dessa maneira.

Muitas vezes, a oração, a leitura da Palavra e a celebração da Eucaristia são como comer 
sem vontade: nem sempre se come por fome, mas por necessidade. Quando chega o momento 
de desfrutar, desfrutemos; e quando for preciso fazê-lo pelo nosso bem-estar, façamos, ainda 
que não desfrutemos tanto.
                                                     
Precisamos orar assim como precisamos comer. Não podemos permitir que o desânimo
o tédio ou a incompreensão nos arrastem ao abismo da mediocridade ou da frieza espiritual. 
Estas são as armas do inimigo, que usa estes sentimentos negativos para nos afastar de Deus.
 Ele não precisa se apresentar, como muitos imaginam, com chifres e no meio de chamas 
para nos conquistar. Seu trabalho é mais sutil, imperceptível e calado.

Se não vou à Missa porque a considero chata, se não me confesso porque o padre é mais 
pecador que eu, se não oro porque não me concentro, se não leio a Palavra de Deus 
porque não a compreendo, se não me reúno com ninguém porque todos me parecem hipócritas... 
o inimigo ganha a batalha.

Em outras palavras, estamos perdendo a guerra sem nem ter lutado, porque nos declaramos 
 derrotados antes de começar a combater. Sabemos que o inimigo contra quem lutamos é forte
mas ele começa a trabalhar em nosso interior, de maneira sutil, difícil de captar, fazendo-nos dizer:
 "não estou com vontade". Ele adora esta frase e ri quando a pronunciamos, e mais ainda quando 
dizemos "não posso", "não vou me confessar", "não preciso da Missa para acreditar em Deus":
 é aí que ele se sente vencedor.

Mas, assim como conhecemos a força poderosa do Maligno, devemos aprender que existe Alguém 
mais poderoso que ele, que o venceu na cruz, que é temido por ele, alguém de quem ele foge
diante de quem ele se ajoelha, não para adorá-lo, mas por medo covarde. Como afirma São Paulo
em Jesus somos mais que vencedores.

Toda essa rotina, monotonia e confusão são vencidas no amor e na adoração ao nosso Salvador. 
Só em Jesus se pode entender e dar sentido a tudo. Sem conhecer Jesus e sem amá-lo
a Eucaristia sempre será chata. 


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