segunda-feira, 27 de julho de 2015

AS 4 DIMENSÕES QUE PERMITE QUE O AMOR DURE PARA SEMPRE


Para construir um casamento duradouro, para manter-se 
fiel e para ter a certeza de estar dando passos seguros na 
construção da felicidade, é preciso edificar sobre bases 
firmes as relações de namoro.
Um dos primeiros erros cometidos de maneira frequente 
é estabelecer relações sustentadas na simples química 
cerebral, essa que desperta em nós a atração pela outra 
pessoa e que, de maneira arriscada, nos faz chamar de 
“amor” o que ainda não o é.
 O enamoramento como tal é apenas a infância do amor e precisa crescer 
até desaparecer, para ceder seu espaço à escolha livre e ao compromisso duradouro.
 Por isso, quero compartilhar nesta reflexão as 4 dimensões do amor humano:
 
 1. Todo amor humano tem uma dimensão biológica.  
As sensações corpóreas, a química cerebral, a atração à primeira vista despertam 
no organismo, de maneira instintiva, uma forte atração sobre a outra pessoa
fazendo que, de maneira errônea, achemos que amamos quando simplesmente 
sentimos uma atração pela pessoa.
 
2. Todo amor humano tem uma dimensão afetiva. 
 Ela se sobrepõe ao primeiro impulso corporal; a descoberta da outra pessoa 
 em seus valores fundamentais nos fazem entender que já não se trata
 somente de atração física, mas que existem também valores espirituais que 
 nos permitem envolver-nos emocional e afetivamente com ela. Assim, passa-se 
da atração ao enamoramento. É somente nesta segunda dimensão que o 
enamoramento surge. 
Tal enamoramento é simplesmente o desejo de apropriação daquilo de bom 
que vemos no outro, alimentado pelo desejo de possuí-lo fisicamente 
mediante a relação sexual.

3. Todo amor humano tem uma dimensão pessoal. 
Isso, claro, entendendo que somos pessoas, ou seja, seres integrais que não 
só estabelecem uma relação afetivo-corporal, mas também um vínculo no qual 
todos os valores humanos, espirituais, emocionais, econômicos e intelectuais nos
 fazem comprometer-nos com o outro. É só neste momento que surge o 
compromisso real e o desejo de permanência para sempre.

4. Todo amor humano tem uma dimensão transcendente.
 Isso significa que somos capazes de compreender que a relação em construção não 
tem como finalidade somente a entrega mútua e a procriação como fruto dessa 
entrega, mas que somos chamados juntos à santidade e à transcendência. 
Trata-se de um amor que não é só intramundano, mas que vai muito além deste 
mundo, porque tem suas raízes em Deus. Esta dimensão surge quando cada 
um possui uma relação com Deus séria, íntima e disciplinada.
 

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Quando não se consegue superar as duas primeiras dimensões, então as 
pessoas ficam presas à dependência mútua e se tornam viciadas uma na outra
buscando simplesmente saciar suas próprias necessidades afetivas, sem 
conseguir ir além dos sentimentos expressados mediante a genitalidade.
 
Só a integração dessas 4 dimensões permite que o amor seja para sempre. 
Pelo contrário, sua desvinculação só traz como consequência a infidelidade, a 
criação de necessidades e de apropriação do outro, a exploração afetiva dos demais.
 
Nem na dimensão biológica nem na afetiva podem dar-se a escolha e o 
compromissoé necessário ir à dimensão pessoal, à totalidade do que se é como 
pessoa, como humano, à vinculação da liberdade inteira, à superação do próprio 
egoísmo ao despojamento das próprias necessidades afetivas e da exploração
 ou coisificação do outro, para começar a amar de verdade.
 
A última das dimensões acrescente um “plus” de sobrenaturalidade, que 
permite aos (futuros) esposos aprender a amar-se no Senhor.
Texto: Juan Ávila Estrada
Sacerdote colombiano especializado em Matrimônio e Família.

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